quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tudo igual

Tudo repetidamente igual.
Por horas, dias, meses, anos e a vida inteira.

A mesma conversa na hora do almoço.
Os mesmos horários para tudo.

O mesmo programa na TV no horário de sempre
A mesma música.

A mesma atitude
E a mesma reação a ela

O mesmo carro passa na rua toda manhã.
O mesmo elevador sempre no térreo às 7 horas

Todo santo dia o mesmo "bom dia"
Toda santa noite o mesmo "Eu te amo"

A mesma reza, o mesmo pranto
O mesmo sorriso falso e a mesma novela sempre na sala de estar

As mesmas piadas, os mesmos questionamentos
A mesma falta de educação e a mesma alegria

O mesmo filme, a mesma explosão
O mesmo herói e o mesmo bandido

O mesmo palavrão, a mesma revolta irracional
O mesmo rancor e a mesma insensibilidade

Os mesmos amores sempre
A mesma desilusão
O mesmo porre
E a mesma ressaca

A rotina é um saco!

Duas partes

Vivo em constante conflito comigo mesmo (acho tosco esse "mesmo', é redundante, mas vá lá)
Uma parte quer ser coração
Outra razão

Uma parte vive me estapeando a cara mostrando como sou otário
A outra me fala que o bom é ser assim. Bondoso e solidário até demais

Uma parte chora
A outra ri

Uma parte se desespera com os problemas
A outra sorri, segue em frente com o peito aberto

Uma parte quer te odiar
A outra só quer te amar

Uma parte quer dormir
A outra quer manter olhos e mentes bem abertos e atentos

Tem a parte que é crítica
E a parte que tem compaixão

A parte que se estressa a toa
E a parte que liga o foda-se e desencana

Uma parte é pedra (ou tenta ser)
A outra é pura paixão (ou tenta ser)

Uma parte quer viver tudo o que tem direito
A outra quer deixar a vida passar

Tiros e Tiras

O ser humano resolve tudo na base do tiro e da tira


É tiro na testa
É tiro fatal.
Tiro certeiro
E tiro pela culatra

Tem gente que tira o seu da reta
E gente que tira e põe
O policial é tira
E manda tiro também

Tem a tira que é só um fiapo
E o tiro que é uma rajada só.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sapatadas em Bush

As sapatadas que o presidente de saída George Bush quase levou do jornalista iraquiano encerrem de forma simbólica e melancólica, um dos piores governos da história das democracias mundiais.

W. Bush conseguiu a façanha de quebrar o mais rico país do mundo e com ele, criar uma crise enorme mundial. Não contente com isso, gastou bilhões em guerras sem fundamento nenhum e fizeram os EUA serem odiados em partes do mundo.

Ótimo legado o dele né?

Barack Obama que descasque os abacaxis gigantescos. Pelo menos, um voto de confiança do mundo ele tem.

E com certeza vai haver algum Zé Mané que sugira que alguem dê uma sapatada no Lula. Completamente sem nexo, afinal como ser contra um presidente com 84% de aprovação.
É mole?
Ela surgiu novamente
Quando eu menos esperava
E abriu um leque de ilusões novamente.

Sentimentos guardados em gavetas secretas
Sonhos esquecidos, mas nunca apagados da memória
Ela é linda.

E eu continuo um louco.
Um bobo.
Não crio jeito mesmo.

sábado, 13 de dezembro de 2008

AI-5: 40 anos

O dia 13 de dezembro é um dia histórico e para ninguém se esquecer. Há 40 anos, era promulgado o Ato Institucional número 5. Aquele que oficializava a tortura, a falta de direitos civis e a censura braba. Era a ditadura militar tirando a máscara de democracia e caindo na guerra.

O cenário era tenso. De um lado uma ditadura jovem, de apenas 4 anos, envergonhada. De outro, grupos de luta armada, de tendências comunistas tocando o terror. Os generais, o que fizeram? Resolveram tocar o terror também.

A partir daí: Cassações, prisões, deportações, torturas, censura, desaparecimento etc
Tudo era válido contra os "subversivos" e a favor da "segurança nacional". Era a época do SNI, do DOPS, do " Ame-o ou deixe-o", do "Ninguém segura este país". Os personagens principais? Tempos tenebrosos dos Médicis, Marighellas e Delegado Fleurys da vida.

O AI-5 acabou 10 anos depois, em 1978. Quando a ditadura já agonizava. Ela só veio a falecer no começo de 1985. Mas deixou marcas profundas que até hoje mexem com as pessoas.

A ditadura e seu principal instrumento, o AI-5, são segredos de estado até hoje. Ninguém ousa mexer muito, mesmo com a maioria dos personagens daquela época já mortos ou aposentados.

O mais triste é saber que 82% dos brasileiros nunca ouviram falar do Ato. Pobre país, sem memória. Também não terá futuro.

Durma nas profundezas, aonde quer que você esteja, AI-5.

Fantasma do Passado

Um fantasma de um passado não tão distante veio me atormentar.
Na verdade, ele não veio eu é que deixei.
É sempre assim. Eu é que deixo as coisas acontecerem, as pessoas montarem em cima e os fantasmas voltarem.

De repente, acendeu um facho pequeno de luz verde, de esperança, no meu horizonte.
Comecei a notar o quanto ela é linda.
O quanto é educada e dotada de uma postura incrível para comigo.

O quanto me tratava bem, mesmo em situações adversas.
E aí eu paro para analisar e comparar com o tratamento que eu recebo de uma certa infeliz que me atormenta a vida.
Quanta diferença.

Ela faz parte de um passado fracassado, mas nostálgico.
Onde eu ainda tinha esperanças nos olhos.
E, assim como hoje, eu buscava apenas ser feliz. Nada mais que isso.

Ela é o tipo de fantasma que pode voltar a hora que quiser.
É o passado que eu vivo novamente sem pestanejar.
Quem sabe dessa vez seria diferente?

Acho que eu não mereço essa dádiva.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Capitu

A série "Capitu" que passa nesse momento na Globo é um primor. Retrata o melhor livro de literatura tradicional ficcional que li até hoje. "Dom Casmurro", do mestre Machado de Assis.
Infelizmente a série não será um sucesso. É muito refinado para a população em geral.

Mas vou me ater em Capitu. A deliciosa Capitu. A grande mulher de nossa literatura. Capitu é linda, dissimulada e provocadora. Como todas as mulheres, quase. Machado foi um gênio ao criá-la.

Quantas como ela você já não viu por aí? Acho que todas com quais nos envolvemos.
Capitu é a alma e a representação feminina. A de ser magistralmente maravilhosa e ao mesmo tempo ser a grandessíssima filha da puta. Aquela que ergue e destrói. E ainda assim não conseguimos ter raiva delas.
Viva Capitu!

Nada acontece

Nada acontece na repartição.
Nada acontece por aqui.

Um calor imenso que queima as minhas resistências.
Uma garganta enchendo o meu saco.
E uma droga a mais dentro de meu organismo.

O coração bate rápido. Veias entupidas, paixões avassaladoras e ânimo contido que só é liberado. através de músicas e não de ações. Que pena.

Conheço pessoas novas a cada dia.
Pessoas esquecem de mim a cada novo dia também.
E a cada dia o meu passado morre um pouco e dá espaço ao novo.
Que não sei bem o que é.

(tem muito "dia" aí em cima né? Ah, foda-se a concisão, n estou escrevendo notícia)

O sono bate durante o dia e eu rebato com a raquete musical e café.
Eu não olho com malícia para colegas de trabalho. Não me chamam a atenção.

Pelo computador, recebo convites e estranhamentos.
Ora, isso é bom.

Um joguinho ali, uma trapaça mal feita aqui.

Não tenho vontade de dormir a hora que tenho que deitar e ao acordar o sono joga sua mão de toneladas no meu frágil corpo.

Hum, até que acontecem algumas coisas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Junkie Food

Sinto que estou me estragando comendo quase todo santo dia em fast-food, gostosas porcarias e também em coca-cola. É a famosa Junkie Food. Muitas calorias e pouquíssimo nutrientes.

Preciso criar vergonha na cara (novamente) e cortar refrigerantes e coisas como o suculento Burger King. Preciso comer saladas e coisas saudáveis, tomar apenas águas e sucos. Cortar o álcool nosso de cada sexta e sábado também. Afinal, a pança é algo que não me pertence e eu preciso demiti-la.

Mas, poxa! Olha o meu tamanho. Uma saladinha com suco irá me sustentar por muito tempo? E isso não é lá muito bom. Vai dizer que o gosto de fumaça do hambúrguer dos fast food não agrada? E aquela batata gigante e gordurosa, da Baked Potato? Hmmm

Mas preciso de minha saúde em dia. Sou novo.
Mas acho que sou como o autor daquela música que tudo que gosta é "ilegal, imoral ou engorda".

domingo, 7 de dezembro de 2008

Serra-Burns

Falando no governador, não poderia deixar de comentar uma imagem genial que achei na internet, de um cara chamado Pedro Ewbank. É um desenho que mistura José Serra e o inescrupuloso Sr. Burns. Sempre que possível usarei essa imagem aqui no blog. Muito criativo. Olha aí



Amiguinhos demais




A eleição de 2010 será polarizada mais uma vez por PT e PSDB. Isso é nítido. Assim como, salvo uma hecatombe ou morte de algum dos dois mesmo, é nítido que os candidatos dos dois partidos serão Dilma Roussef pelo PT e Sr. Burns José Serra pelo PSDB.

Se você fizer uma busca rápida na internet, verá que Dilma e Serra só trocam elogios. Um diz que o outro está preparado para ser presidente, trocam confidências e posam para fotos como grandes amigos.

Vejam a foto acima tirada há um mês. Vale mais que mil palavras. Os dois potenciais adversários conversando e Lula rindo. Do quê? Ri, porque dando Dilma ou Serra pra ele tanto faz. Uma irá facilitar seu retorno em 2014, o outro é amigo pessoal seu de longuíssima data.
Quer coisa melhor para um presidente?

E Dilma e o governador de São Paulo? Não estão mais para aliados do que adversários?

Política brasileira é assim.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Namoros e......."namoros"

Antes de tudo gosto de analisar algumas pessoas e as atitudes que elas têm com seus semelhantes.
Assim, posso tirar uma conclusão do que ela é capaz e procuro me prevenir e ludibriá-la, se for o caso. São coisas necessárias nesse "pega pra capar" atual.
Vamos falar aqui de como as relações podem ser extremamente distintas entre pessoas tão próximas. Um diz que diz, um jogo de cena, um amor verdadeiro e um amor pela situação.


A princípio não vou citar nomes e nem dizer se as histórias são reais ou ficção. Não que eu seja um frouxo e tenho medo do que vão dizer, mas acho uma boa postura não citar de quem se trata. Quem sabe, sabe e pronto! Isso se forem histórias reais, podem ser que ficções caibam na vida real, ou a história de diversos casais que caibam nas dos dois representados por aqui.

Amor. Ah, o amor!

O primeiro casal tem um dos amores mais bonitos que já vi. Ela, sempre foi apaixonada por ele e o conquistou aos poucos. Beijos aqui, amassos ali e, depois de um (inútil) joguinho de um dizer que não sentia nada pelo outro, resolveram transformar as "ficadas" em namoro. E dos sérios.
Com direito àquela coisa chamada anel de compromisso e tudo.

Me surpreendi e não me surpreendi. Me surpreendi pelo fato de que ele, era um conquistador nato. Nunca pensei que namorar fosse algo do interesse dele. E não me surpreendi, porque o carinho, a paixão e o amor que um nutria pelo outro era visível demais.

Estes pombinhos tem orgulho do namoro. Exibem fotos no orkut, assumiram pra todo mundo que estão juntos, trocam recados públicos ou não e não se furtam de demonstrarem carinho um pelo outro na presença de outras pessoas. Além claro, das palavras doces e da cumplicidade de ambos.
Terão futuro, creio.

O outro casal...

Já os outros "pombinhos" formam um par que deprime qualquer pessoa que veja o casal. Eles namoram há um certo tempinho já e entre indas e vindas o amor parece ter virado defunto e a paixão parece estar em coma de tanta falta de emoção. Ele, é um sujeito honesto que verdadeiramente ama a moça. Paga tudo pra ela, tenta sempre agradá-la, leva e trás pra todos os lugares enfim, tenta ser um gentleman. Mas o coitado perante aos olhos da opinião pública não passa de um corno manso fantoche nas mãos dela. Tudo bem que o moço não seja muito provido de beleza e tem os "erros do meu português ruim". Mas isso tudo é bobagem quando se trata do amor e da paixão.

Ela é uma pessoa que eu diria espivetada, da "pá virada". Gosta de se sentir desejada por outros homens mesmo que isso não dê em nada, joga seu charme irresistível pra lá e pra cá e tem uma visão liberal sobre essas coisas. Afinal, qual o problema de dar umas "ficadas" por aí?
A moça em questão aparenta gostar mais da situação que o corno manso rapaz proporciona do que dele propriamente dito.

Ele gosta de namoro, ela não faz questão nenhuma de assumir nada. Não existem declarações de amor e carinho públicas, álbum com fotos dele em redes de relacionamento e quando ela coloca fotos junto com ele, é sempre em metáforas. Nunca fica claro, se nosso personagem é namorado, amigo ou apenas um bicão na foto. Ao falar com ele, a doçura passa longe. É sempre patadas e má vontade, e ele coitado, nada faz. Até parece gostar.
Sim, ela é bonita, mas não justifica fazer nada disso com o pobre do corno manso namorado. Ela monta, desmonta, sobe e desce no coitado. Que sempre sai por aí sorrindo com a sua falta de beleza. Pobre moço.

Qual o futuro de um casal desse? Podem casar, mas será de fachada. Hoje vivem no reino da hipocrisia. A falta de amor próprio dela vai tão longe assim? E o corno manso namorado será que é tão ingênuo assim? Não terão futuro. Ou viverão iludidos, quem sabe.

Enquanto isso...

Bem, como diz o ditado "tudo como antes no quartel de Abrantes", nada disso talvez mude. O casal apaixonado e bonito de ser ver, vai continuar se amando, o corno manso continuará sendo o que é, e nossa amiga (namorada do ingênuo rapaz) continuará com suas amizades por aí. Até que alguém corte as asinhas.

E aí? Se identificou com alguém do texto ou conhece alguém assim?
É, meus amigos. Essa foi uma história e quem quiser, que conte outra!

A graça da vida

Já diz um ditado popular: "O que seria do verde se todos gostassem do vermelho?"
E que graça teria a vida se tudo saísse conforme planejado? Se nós sempre soubéssemos de tudo que iria ocorrer? Se não acontecessem surpresas?
No mínimo seria entediante, ociosa e chata.

Eis a graça da vida. Pessoas e situações sempre nos pegando de surpresa. O humor muda de uma tal maneira. Você analisa as coisas como não via. Tem vontade de gritar, de comemorar (isso quando acontecem coisas boas).
Mas mesmo das ruins, tiramos lição.

Acho que essas coisas dão um ar de novela a vida. E no fim, a vida imita a arte ou a arte é que nos imita? Eu fico com a definição que o grande Dias Gomes deu para a telenovela, e que serve para a vida real também: "É tudo um grande novelo de lã que vai se desenrolando aos poucos".

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um português sofrível
Vocabulário limitado
Desprovido de beleza
Orelhas de abano e cara de moleque

Zero de estratégia
Muito pouco de inteligência
Leva golpes e mais golpes
E parece gostar
Pois vive sorrindo na fotografia

sábado, 29 de novembro de 2008

Jogo da vida

É evidente que tudo isso aqui é um simulacro. Existe uma realidade maior que nós não conseguimos entender. O máximo que é nos permitido saber é que existe outra realidade. Só isso.

Mas aqui no mundinho, nós nos surpreendemos sempre. Tanto para o bem ou para o mal. Essa semana tive provas leais de amizade e também provas deploráveis de como o mundo está infestado de pessoas oportunistas e estúpidas. Vi o quanto a solidão e a carência podem fazer uma pessoa se tornar patética perante outra. Ouvi declarações sinceras de admiração, demonstrações concretas de afeto. O negócio é ampliar os contatos, ser mais conhecido, amado e querido.

Não vou me rastejar por migalhas de ninguém. Eu não nasci pra isso e nem vou me diminuir para conquistar seja lá o que for de quem for.
No jogo da vida, eu sou peça principal, forte e conhecedor das regras. Não pertenço a linhagem dos "cabeças baixas" que respondem a tudo com um "Sim senhor" e "Não senhor".

Viremos a página. Que fique as coisas boas que passou e que tudo mais vá pro inferno, meu bem!

Show do Queen

Nem me falem nos shows que o Queen fizeram em São Paulo essa semana. Quem me conhece, sabe que sou fanático pelos caras. Para mim, foram e são a maior banda de todos os tempos. Tenho todos os CD´s e DVD's. Daria a minha vida para ver um show do Queen original. Isso jamais será possível. Freddie Mercury morreu em 1991.

Mas mesmo assim, iria fácil no show deles atual. Não têm Freddie e nem Deacon, que não quis voltar. Mas tem Brian May e Roger Taylor. O guitarra e o batera estão ali. Sessentões e heróicos junto com Paul Rodgers, um grande cantor, com uma tremenda história no rock. Mas não é Freddie. E ao cantar os clássicos do Queen, a comparação é inevitável, Mercury foi um dos maiores cantores do mundo.

Mas o que se pode fazer? A AIDS o levou. Mas os outros integrantes estão vivos e na ativa. Eles têm o direito de tocar. Como diz uma música nacional "nada será como antes", mas pelo menos é uma parcela da história.

E eu perdi essa oportunidade por falta de grana mesmo, afff.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Garota propaganda

Hoje vi uma das cenas mais bizarras dos últimos dias. E em tempos atuais isso não é nada difícil, mas vejamos essa:

Quando paramos no farol geralmente lidamos com batalhadores do dia a dia. Moças entregando papéis de propaganda de apartamentos, crianças e adultos fazendo embaixadinhas, limpando o vidro do carro, vendendo doces ou simplesmente pedindo trocados. Há os que, com um 38 em punho, levam o eu carro também.

Hoje vi um tipo profissional diferente em um farol aqui perto. Era uma moça feia de rosto, com uma blusinha e um shorts curtíssimo que deixava de fora as duas coxas. Bem, a tentativa ali era parecer ser sensual e gostosa. Depende do ponto de vista. Se você acha celulites, estrias e um corpo tipo o da moribunda Mulher Melancia (por onde anda?) bonito. Ela conquistou o objetivo.

Bem, pensei que era mal gosto mesmo ou que ela fosse apenas exibida. Mas não era. Ela me entregou o papel, todo roxo com letras brancas e fotos insinuantes escrito: "Sweet Dreams American Bar - Ambiente discreto". Em miúdos: Puteiro.

Poxa, evidente que aquilo era proposital. Fiquei apenas com uma dúvida, a moça que entregava os folhetos no farol, foi contratada para isso ou era uma das funcionárias do estabelecimento que são daquele tipo "pau pra toda obra?"

domingo, 23 de novembro de 2008

Eu a amo

Eu não posso ficar aqui com hipocrisias dizendo coisas que até gostaria de pensar e sentir, mas não são verdades.
Não posso continuar falando inverdades e sendo cínico por aí. No fim, eu não engano ninguém a não ser a mim mesmo.

Eu sei também que por causa desse amor sou mal visto por algumas pessoas, vetados em lugares, disso tudo eu sei. Assim como, ela não me agüenta mais. Cansou. Passei dos limites talvez.

Bem, isso tudo eu já disse e redisse aqui. E realmente é muito chato repetir sempre as mesmas coisas.

Mas o fato é que eu a amo. Pronto. Não posso negar isso. Lutar contra isso. Renegar isso seria mais uma bobagem como tantas que eu cometi.

Claro que por tempo indeterminado (ela decidirá isso) eu não comento mais nada do meu amor com ela. Chega. É outra época.

O negócio é que eu não posso deixar de amá-la. Ela como um todo. Uma pessoa completamente diferente de mim, mas que me completa. Faz o meu ser idiota e inquieto mais feliz. Cabelos, sorrisos, olhos, pelos, gosto tudo.

Nada disso vai mudar. Absolutamente nada.

Mas eu apenas queria que ela soubesse que eu a amo muito. Mesmo que não diga mais diretamente à ela. Que a aporrinhe mais. Eu continuo a pensar nela e como seria excelente se ficássemos juntos a toda hora do dia, de todas as semanas, de todos os meses, de todos os anos da minha vida.
Para sempre.

Papai Noel para a criançada de hoje

Depois de um período de vadiagem e de exílio consentido e ciente em bares e choperias que parecem ter saídos dos anos 70, cá estou de volta com mais um texto que será lido por poucas pessoas. Quicá, nenhuma.

Vou reproduzir aqui um diálogo interessante que ouvi no fim da semana passada entre dois garotinhos de 6 anos, creio, dentro do elevador.

Entrei no mesmo com eles, após terem lidos um comunicado ao qual meu condomínio convidava para um bazar de natal com a presença do Papai Noel. Segue o diálogo

Menino 1 - Ah que palhaçada esse negócio de Papai Noel
Menino 2 - Para mim, não existe.
M1 - Nem pra mim.
(eu interrompendo)
Caio - E aquele que fica no shopping?
M1 - É alguém com uniforme.
M2 - É mesmo. Um trabalho apenas.

Fui embora, cheguei ao meu andar, claro que notei pelo tom de voz que eles estavam em dúvida sobre a existência ou não e queriam uma confirmação minha. Não falei nada.

Comecei a pensar se essa geração cresce rápido demais, pelo poder da argumentação daquelas crianças. Se criamos seres humanos, ou pessoas competitivas que lá na frente vão nos destruir e serão destruídos pelos que virão depois.
É medonho e cabe a uma reflexão isso.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vovós e netos

Vamos falar de temas bucólicos, pacíficos e bonitos. Temas que remetem a nossa infância, a vida cotidiana e a rotina simples de um povo. Nada de desamores, desencontros, amantes que se amam, mas por algum motivo não se encontram. Ilusão e desilusão.

Toda vez que vejo uma relação entre netos e avós (e avôs) fico comovido e saudoso. Bate uma saudade dos meus avôs falecidos a pouco tempo e também da minha vó falecida há 10 anos.

Bate saudade da infância, quando eu não tinha preocupação de nada. Só brincava e ia pra escola. Ficava a maior parte do tempo na minha avó materna, já que meus pais trabalhavam. E era uma farra só. Bicicleta na rua, bola, café da tarde e tudo mais. Voltava pra casa feliz, sabendo que no dia seguinte ia ter tudo isso de novo.

Com o meu avô eu jogava bola, seja na garagem ou no campinho perto da casa. Andava de carro pela vizinhança e os meus problemas se resumiam as lições de casa e a inventar uma nova brincadeira no dia seguinte para não tornar o dia mais chato.

Churrasco no domingo, histórias contadas por eles e , sempre aprendendo e brincando. A vida era uma festa. Eu não tinha problemas em família, não tinha dor de cabeça com empregos e não tinham mulheres deliciosamente atraentes na minha frente para eu me apaixonar e sofrer.

Hoje nada disso restou. Eles se foram e nem a casa existe mais. Só me resta os problemas de "gente adulta".

Dessa saudade toda, resta ainda a minha vó paterna. Toda vez que encontro, que a visito é sempre uma volta no tempo. É o reencontro da criança com o adulto perturbado de hoje em dia.

Por isso quando vejo netos e avós em programas conjuntos me sinto um órfão. E co uma saudade incrível de tudo.
Não sei se terei filhos, mas se os tiver quero ser um tremendo pai e um vovô Caio melhor ainda.

No fundo, sou apenas um sonhador querendo ser feliz.

Frase do dia

"Tenho dó desse cara, mas ao mesmo tempo uma puta inveja filha da puta dele"

(Já já um post decente, consciente e com vergonha na cara)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Gosto Amargo

Estou com um gosto amargo na boca
O gosto do ócio e da saudade de alguém
Talvez seja só algo que fez mal ao meu fígado

O gosto amargo de se sentir sub
Sub aproveitado, sub relacionado
Sub amado

O amargo da amargura
Da sensação de inutilidade
E da falsa alegria

Do "tudo bem" e do "estamos aí"
Da nossa vida mais ou menos

Das duas, uma:
Ou eu tomo um anti ácido e melhora
Ou tomo vergonha na cara e também melhoro.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um passeio pela vizinhança

Nós não temos tempo para fazer tantas coisas que gostaríamos de fazer.
Somos sobrecarregados de hora disso, hora daquilo, compromissos e tal que nos esquecemos de coisas simples da vida.

Hoje ao deixar o carro na oficina para um check-up voltei para a casa a pé.
Passando entre casas e pessoas que a minha vida atribulada de morador do centro não me permite ver.

Esta lá, tudo igual como na minha infância. A panela no fogo, o rádio AM ligado e as vizinhas no portão.
Crianças chegando da escola pelos braços da mãe ou da vó (que nem a minha vó fazia), o cachorro latindo e a bola rolando solta na rua.

Vendedores de tapetes se juntam a pregadores evangélicos de araque e fazem o dia a dia de um bairro.

Quanto bucolismo. Esse é o modo de vida do brasileiro. Fui criado um pouco nele e um pouco nessa loucura urbana.
Até cheguei a pensar que não existia mais esse modo de vida que a gente não encontra em nenhum lugar do mundo. Simplicidade e cordialidade.

Cheguei em casa, me deparei com telefones celulares, notebooks e notei: Voltei a vida moderna que nos atropela.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os Trapalhões na Guerra dos Planetas


Eu não gosto muito de cinema 'blockbuster'. Sou mais chegado a filmes politizados, documentários e tarado por cinema nacional antigo. Desde as chanchadas da década de 1950 até as pornochanchadas dos anos 70 e 80. Aliás, as chamadas pornochanchadas são as minhas obras preferidas. Retratam de uma maneira ímpar a sociedade e as pessoas médias brasileiras. É sair na rua, até hoje e ver todas aquelas situações.

Hoje em dia, o cinema nacional anda elitizado, feito por uma panelinha e não chega ao povo. Não se cria um hábito. Sobre esse tema escrevo depois, o assunto deste texto é um filme dos campeões de bilheterias Os Trapalhões. Pela foto, já deu para notar de qual vou falar. Trata-se do 5 filme mais visto da história do cinema nacional "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978)

A produção é uma sátira ao clássico "Guerra nas Estrelas "(1977). Na história, um príncipe pede ajuda ao quarteto para lutar contra monstros em outro planeta. Nunca havia assistido esse filme, sempre ouvi falar nele, mas hoje graças ao "Canal Brasil" pude ver este "clássico".

O que me motivou a escrever um post sobre ele é a falta de qualidade. É um filme muito ruim em sua produção. Primeiro detalhe: Estranhamente o filme foi gravado em videotape e não em película, além dos créditos todos serem de uma fonte idêntica a que a Globo usava na época. O que me leva a crer que o filme tenha sido produzido para a TV. Mas não foi.

Além disso, a trilha sonora é totalmente 'modernosa'. Cheia de efeitos de teclados e sintetizadores que era um "must" na época, mas que dataram o filme. A influência da Discothéque é nítida também em cenas e músicas. O que contribuiu para o envelhecimento do filme.

Além, disso poucos diálogos e muito efeito visual batido. Destaque para a péssima atuação de Pedrinho Aguinaga, no papel do príncipe, do gigante com uma máscara tosca de Chewbacca e dos soldados com uma máscara mal feita de Darth Vader. O bom mesmo são os "defeitos especiais", que me fez pensar:
"Como pode, fazer a sátira de um filme caríssimo americano, com poucos recursos e não querer que caia no riso?"
Talvez seja esse o objetivo.

É um filme menor dos Trapalhões. Mas se você não assistiu, recomendo que assista. Seja para rir do quarteto, da tosquice ou pra conhecer mais um clássico de nosso cinema que fazia a alegria do povo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tão Gostosinha, mas..(Trilha para... )

Este é mais um texto esdrúxulo deste que vos fala.

Uma certa vez um amigo escreveu em seu blog que seu resultado de fracassos com mulheres boas e gostosas era pelo fato do coitado não ter carro e nem ter grana e ainda credita o mal gosto delas à isso.

Hum, não sei se concordo o que sei é que tem muita gostosinha por aí com mal gosto pra tudo.
Mal gosto pra namorado, mal gosto pra se vestir (relativo, hein!) e mal gosto com música.

Andando por ruas quase escuras onde carros passam vi hoje uma baita gostosinha dançando e cantando axé, acho que era "Jeito Moleque" o nome do grupo. Logo pensei, pô que merda é essa? Se quiser rebolar venha rebolar no meu...(Censurado).
Logo pensei numa trilha de motel. Antes, durante e depois.

Antes que tal um Love Of my Life do Queen, ou Is This Love do Whistenake (para fãs de música de motel aí vai um "Como é Grande o Meu Amor Por Você" ou "Proposta" do R.Carlos).

Durante, um "Lady" (Kenny Rogers) ou Lady In Red (Chris de Burgh) caem bem. Também tem para fãs de música de Motel "Cavalgada" ou "Café da Manhã" do "Rei")

Quando estiver bem satisfeito e alimentado. Coloque para tocar um Jazz, Rock, MPB, Latino, Banda Calypso, Inimigos da HP, Jeito Moleque sei lá..o quê. Coloque qualquer coisa, afinal você já comeu mesmo.

E vendo a gostosinha dançando axé, chego a uma conclusão. Não adianta, há os que nascem com sorte, os que nascem sem sorte, há os que gostam de axé por que as gostosinhas gostam, há os que fingem gostar e há os que não gostam.

E quanto ao mal gosto? Ah sei lá...

(texto de 2005)

sábado, 8 de novembro de 2008

Pasta verde

Eu tenho uma pasta verde que fica no armário. Ela está toda empoeirada pela ação do tempo.

Uma boa parcela da minha vida está nela. Tem cadernos e cadernos com o mais bobo romantismo juvenil dos meus 15, 16 anos (e isso só piorou com o passar do tempo). São letras de músicas na época em que eu achava que ia ser um rockstar, tinha ganho o meu primeiro violão e achava que ia mudar o mundo ao som da Legião Urbana. Tem alguns textos homenageando familiares já falecidos (meu avô e minha bisavó) e também jogadas num canto, um punhado de notas antigas de dinheiro. Nem lembrava que um dia colecionei isso.

Mas o que chama mais a atenção e, é maioria na pasta, são os poemas de amor. Como sempre amor não correspondido, amor sofrido. Existem quase 200 textos que fiz para Débora, a primeira garota por quem me apaixonei. Naquela época (99/2000), não haviam blogs na internet. Ainda era a Web 1.0, e eu achava mais bonito escrever com o meu garrancho mesmo. E guardei para mim. Ela não sabe que existe isso tudo até hoje. Qualquer dia eu posto um desses textos aqui.

Relendo os textos, eu sinto algo que não sei explicar. É vergonha, é ingenuidade e é a lembrança de um Caio que nunca se abateu. Que sempre sonhou e acreditou no amor. Mesmo se dando mal.
Ante-ontem era Débora, Ontem foi a Karin, hoje é a pobre N (melhor, pra evitar encheção de algumas pessoas bobas).

Por que pobre? Porque nessa era de blogs, de tudo ao mesmo tempo e agora, eu a bombardeio com bombas de declarações de amor, de presentes e de textos quilométricos. Eu sei que deve ser bom receber essas declarações de carinho (nunca as recebi), mas tudo tem um limite.

O problema é que eu sou uma panela de pressão,um copo d'àgua. Uma hora eu transbordo e não me contento em escrever aqui ou em outro lugar, eu mando pra ela coitada.

São textos sinceros, lindos, que eu me orgulho muito. Ela, eu não sei se gostam. Mas sei lá, tudo tem limite.

O fato é que hoje N é a mulher da minha vida, a que eu quero ficar o resto dos dias, amanhã pode ser ela mesmo ou podem vir outras. Mas o Caio cada vez mais fracassado, romântico e metido a escritor vai sempre existir. Ou não. Nunca se sabe.
É a minha natureza ué!

O post era sobre minha pasta verde não é?
Eu sei. Mas eu me perco nesse labirinto.

O negócio é que sempre vai existir uma pasta verde na minha vida para me estapear com as lembranças...

Pessoas

Pessoas são algo engraçado que vivem nos surpreendendo.
São capazes de coisas loucas. Como matar, esfolar, trucidar e também amar, fazer uma outra pessoa feliz e salvar vidas com solidariedade.

Pessoas sorriem e rangem os dentes.
Lhe estendem a mão gentilmente ou a fecha e acertam a sua cara.

Pessoas não valem nada, são uns lixos imprestáveis.
Outras são mitos ambulantes. Glorificados apenas pelo fato de existir.

Nós vivemos se surpreendendo com elas.
Sejam positivamente ou negativamente.

A primeira impressão é uma grande besteira, cheia de pré conceitos de nossa parte.
Quem diria que aquela deusa pode ser tão fútil e fdp com você?
E quem diria então, que aquele sujeito esquisito, estranho, pode se tornar um amigo e tanto cheio de concordâncias com você, depois de uma bela conversa?

As pessoas podem te dar um tiro ou uma rosa.
De suas bocas podem sair belos beijos e palavras de cortar o coração de qualquer durão, ou podem vir um cuspe e palavras que te humilham e te deixam no chão.

Cada uma, exatamente cada uma. Independente da classe social, credo, cor ou estudo, tem uma história de vida.
Todas elas têm erros e acertos. Já tiveram sorte. Já escaparam da morte. Já fizeram alguém chorar de amor ou de tristeza.

Ah! Pessoas! Como são complexas.
Nunca vamos entender alguém de forma completa.
Nós não entendermos nem a nós mesmos, quem deram os outros.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Por onde anda o SS Global?



Um dos grandes mistérios da humanidade gira em torno da permanência de Sílvio Santos na Rede Globo entre 1965 e 1976. Como se sabe nesses 11 anos, o apresentador era o dono completo dos domingos globais. Das 12h às 20h, só dava SS na tela da Globo. A partir de 1973, o dono do baú entregava o horário para um certo "Fantástico" que permanece aí até hoje.

A questão não é falar sobre o período global, nem dos seus programas na época e nem do feito (louvável) que Silvio de mero apresentador se tornou um concorrente e tanto para sua antiga emissora.
Tudo isso tem às pencas pela internet. Diversos "especialistas" no assunto falam sobre isso e até eu, devo ter escrito já alguns textos sobre esse fato.

O motivo aqui é outro, um pouco diferente. Busca tentar jogar um pouco de luz sobre os tapes de Silvio Santos na TV Globo.
Não foi à toa que coloquei no início do texto a expressão "Um dos grandes mistérios da humanidade". Claro, que exageradamente, mas o paradeiro das fitas é um mistério e tantos.

Há quem diga que eles não existem. Foram queimados, reaproveitados e pronto. Há os que dizem que existem sim e estão com a Globo, que só irá divulgá-los quando SS falecer (???). Há também os que dizem que os tapes estão no arquivo pessoal de Sílvio Santos.

Muita suposição e pouquíssima coisa de concreto. O que realmente é sabido é que alguma coisa existe sim. Seja com a Globo, ou com Sílvio. Nos anos 80 e início dos 90 era comum a TV dos Marinho passar trechos em P&B do "Programa Sílvio Santos", e também já vi no SBT trechos do 'Troféu Imprensa' de 1972 e 1973, ou seja, da época global.

Talvez não interesse a nenhum dos lados desenterrar esse passado. Seja para a Globo, que não costuma nem citar o nome de concorrentes quanto mais exibir vídeos; Seja para Sílvio que, como se sabe, não gosta que reexibam programas seus antigos. Deve ser coisa de vaidade.

O fato é: Só saberemos algo mais desses tapes infelizmente quando Silvio Santos falecer. Aí virão homenagens e mais homenagens. Fora isso, só por um milagre.

Eu fico com a reposta lacônica da pergunta que fiz para a sobrinha de SS, quando participei do programa do seu tio. "Olha, nós temos muita coisa aqui que não sabemos e perdemos um tanto também. Agora veja, ele está com 78 anos, daqui a pouco se vai, imagina o que a Globo vai fazer? Vai transformá-lo em mito!"

É, pode ser. Pode ser também que pra você esse assunto não tenha importância nenhuma, mas para fãs da TV como um todo, esse é um dilema tão grande sobre quem veio primeiro. O ovo ou a galinha?
Eu sempre espero boas notícias
Fico de olho nos e-mails que nunca chegam
No telefone que nunca toca
E na porta que não abre trazendo você

Mas eu sou chato
Persistente
Sei que tenho defeitos
E um deles é de sempre acreditar

Eu vou roubar cada pedacinho da vida e não apenas esperar

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E deu Obama!


Atenção! Vivemos um momento histórico no mundo. A principal potência mundial e com um histórico de preconceito racial profundo acaba de eleger um negro para a presidência da república. Trata-se de Barack Obama, 47, do Partido Democrata.

Como já explicitei em dois posts anteriores aqui no blog, eu modestamente como cidadão democrático e politizado (graças a Deus) do mundo apoiei e , se pudesse, votaria em Obama.

Nos posts anteriores eu também já dei minha opinião, de que nada mudará muito e que o novo presidente, acima de tudo, irá defender os interesses de seu país, mesmo que estes sejam opostos aos o mundo inteiro.

Mas o fato é que a eleição de uma pessoa fora do 'establishment' político e fora dos padrões é algo para se comemorar. É uma barreira quebrada. É histórico.

Desejo toda sorte do mundo ao presidente Obama, aos EUA e ao mundo. Depois de 8 anos de Bush, o mundo precisa de um alento.

Não sei como será o governo Obama, mas sei que presenciei um momento histórico. Mais um: Impeachment, campeonatos mundiais, 11 de setembro, eleição de Lula e agora Obama!
Acho que estou ficando velho...
Eu ando encrostado em neurônios de cérebros fracassados
Na memória alheia de pessoas sem razão nenhuma

E isso demonstra a minha ignorância, preconceito e falta de tato
O medo de se aproximar
O temor da transferência de energias negativas para mim

E olhando por um lado, é pena
Pelo outro, é revolta
Revolta pelo jeito acomodado e reclamão

E assim vamos vivendo
Ora fazendo média, ora cultivando por piedade

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Hoje estou animado
Ao contrário do desânimo de ontem

Também pudera
Era sábado. Dia mundial de sair
E eu estava jogado às traças em plena madrugada
Tem dia que eu gosto e dia que não

Eu tenho um segredo que não revelo para não despertar as bestas de plantão
Afinal, temos que ter cuidado ao dobrar a esquina
Atenção!

Me seguro para não sair falando por aí o que quero
Se tudo sair como planejado, só vai me faltar uma coisa na vida
Ela.

domingo, 2 de novembro de 2008

E ela vai andando jogando seu charme por aí.
É, quem diria! Uma tranqueirinha qualquer.
Mas em tempos secos, vale tudo e todas.

E nessa estrada surgem os mais diversos tipos.
Os que querem só uma noite.
Os que querem só um amasso.
E os que a querem pra vida toda.

Tem os feios de doer.
Os malandros, que acham que com aquela lábia barata estão arrasando.
E os românticos tímidos e desengonçados.

E ela vai por aí.
Um drink ali, um choro aqui.
Ela não tem culpa!
Ela só deixa a vida levar!

Rompeu a algema e agora vai fundo!
Recuperar o tempo perdido.
Pelo menos não se acomodou.

Mas tudo isso é ilusão.
Porque no escuro do quarto ela sempre dorme e acorda sozinha.
Sem ninguém e nada ao lado, a não ser um despertador chato.
É hora de ir.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Bebida inspira?

Há uma teoria aí, dizendo que com umas "doses" a mais conseguimos escrever melhor do que quando sóbrios. Será?

Olha, se fomos analisar isso para o lado pessoal, emocional e intimista isso é muito verdade. Claro, nós não conseguiríamos ser bem sucedidos ao escrever sobre aquecimento global com algumas cervejas na cabeça. Mas escrever sobre nossos sonhos, amores, segredos e planos sai muito melhor na companhia de um aperitivo.

E por que? Coisas de seres humanos, ! O álcool é um desinibidor. Ele nos tira a máscara do pudor, da hipocrisia e nos faz sermos mais sensíveis com nós mesmos. Em outras palavras: Nos "desbloqueia" um pouco.

Eu não costumo escrever com uns "més" a mais. Não que eu não consiga. É que eu não gosto mesmo. Mas isso vai de cada um. Tem gente que escreve maravilhosamente bem sem tomar nada e existem compositores musicais, por exemplo, que se encharcam a vida inteira para ter inspiração.

Respondendo a pergunta do título. Bebida inspira? Sim e não. Te inspira pelos motivos que falei um pouco mais acima. Mas se você não tiver emoção, história de vida e criatividade você vai ser só mais um bêbado falando merda por aí.

Quem sabe escrever, sabe. Se inspirando no menino que passa na rua, na árvore, na tela do computador, no cachorro, naquela mulher que é apaixonado, enfim, na sua própria vida. Há quem se inspire através de um copo de Whisky !
E porque não?

PS: Não me venham com hipocrisia. Não estou fazendo apologia a nada. Quer beber, beba! Não quer, melhor ainda. Eu tomo raramente e com amigos. Mas escrevo com ou sem ela. No caso desse texto, por exemplo, sem.

Quem quer ter um blog?

Quer ter um blog, mas acha que escreve mal ou que não terá assunto suficiente para atualizá-lo com certa frequência?
Primeiro, eu acho que ter um blog pode ser para qualquer um e quanto a escrever bem ou não. Existem duas formas. Ou se nasce com o dom, ou se adquire com a prática. Já assunto? Meu bem, olha a Internet, olha a sua vida, olha o mundo aí fora. Assunto tem e demais. Basta filtrar.

Mas o papo aqui não é comigo, só fiz esse link para recomendar o maravilhoso site: http://queroterumblog.com

Lá tem várias dicas de como tornar atraente e dinâmico seu blog. Bem vindo a blogosfera. Eu descobri essa página agora pouco e li poucas coisas. Vou devorá-la.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu vejo fotos da época em que a gente era feliz. Ou estava na bica de ser.
Eu ouço músicas que fazem lembrar de você a todo instante.
Eu releio os velhos bilhetes, os velhos textos que fiz pra você e você pra mim.
E chego a conclusão, que sou um covarde.

Covarde por não jogar fora as fotos
Covarde por ouvir as músicas e reler tudo aquilo.
E tudo isso me leva a você.
Me faz viajar para o seu mundo.

Ah! O seu mundinho.
Onde tudo é mais fácil.
Se problemas, sem neuras desnecessárias

Eu sou um covarde mesmo.
Um covarde, não!
Eu apenas amo!!

Eleições

Sim, mais um post sobre eleições. É o último sobre o pleito, mas claro que não será o último sobre política. Eu gosto do assunto.

Bem, em São Paulo deu o que já estava na cara. Kassab ganhou bonito. É a direita, o DEM e o quercismo ressuscitando em São Paulo. E tudo graças a José Serra e sua tara por ser presidente da república.

Aliás, reparou como a mídia paulista o trata como um Semi-Deus? É impressionante! Depois que ele "ganhou" a eleição e o PT "perdeu", então! Minha nossa! Desde 2002, quando levou uma sova de Lula, Serra está eleito para 2010, só espera tomar posse. Um absurdo!
Outro dia preparo um post somente sobre isso.

Falando um pouco dos resultados no ABC. Em Mauá, o esperado. Oswaldo Dias ganhou e volta a governar a cidade. Óbvio que seria assim. Mas o que merece um destaque maior é nas duas maiores cidades: Santo André e São Bernardo.

No "A" do ABC, aconteceu o inesperado. Uma zebra. O aventureiro petebista Dr. Aidan, contrariando pesquisas e tudo mais se elegeu em frente ao favorito Siraque (PT). O petista não venceu no 1 turno, por 1 % dos votos e agora caiu 4 pontos, perdendo votos. Aidan, foi para o 2 turno por pouco, sem coligação nenhuma e nem apoios importantes. O vereador conseguiu aglutinar as forças (cegas e visionárias) anti petistas da cidade e se elegeu.

A pergunta é: Porque chamá-lo de aventureiro? Explico: Aidan tem uma carreira meteórica. Está no primeiro mandato de vereador e já trocou de partido 3 vezes. Se candidatou a prefeito, sem nenhum partido apoiando e sem plano de governo. Sua base na câmara municipal é precária e o vereador passou a campanha inteira repetindo chavões.
Já Siraque, tinha uma mega-coligação e um plano de governo extenso. Também tinha experiência de mandatos de vereador e deputado estadual. Perdeu. Perdeu mais uma vez para o preconceito cego. O PT sai do paço pela primeira vez desde 1996.
Boa sorte a Santo André que eu esteja errado e que esses quatro anos de Aidan não sejam perdidos.

O partido de Lula sai de cena em Santo André, mas retorna ao palco de São Bernardo, pela primeira vez desde 1988. Finalmente o PT ganhou em seu quintal. Aonde o partido nasceu. Luiz Marinho é o novo prefeito da cidade (e com o meu voto). Liderando uma aliança de 10 partidos, o hábil Marinho soube aglutinar forças e derrotou a máquina municipal e seu candidato, Orlando Morando.

Vale aqui ressaltar o papel fundamental do Presidente Lula que, desfrutando de altos índices de popularidade na cidade, fez campanha 4 vezes para Marinho e, transferiu com certeza muitos votos ao candidato. Lula lava a alma, afinal sempre disse que ganhar em SBC era questão de "honra".

Bem, com o desalojamento da "quadr..." digo digo do grupo atual do Paço. Eu, como cidadão consciente, na segunda passei em frente à prefeitura, fiz uma "top top" e disse: "Chupaaaa DIB".

Com certeza fizeram um "chupa PT" em Santo André. Tanto faz. Assim é a democracia, é a política.

O importante mesmo é que os eleitos honrem nossos votos. É o Brasil se tornando cada vez mais sério e democrático.

sábado, 25 de outubro de 2008

Noite de choque

Surpresas, tensão, eletricidade, dramaticidade, positivismo e queda do cavalo.

Eu apóio Marta

Amanhã, muito provavelmente neste horário, São Paulo estará consagrando a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM). A campanha dele, foi perfeita. Conseguiu reduzir seus índices de rejeição, o tornou conhecido e o principal: Vendeu a imagem de um bom e preparado gestor. Para isso usou uma linguagem popular, com muitos efeitos, bonecos e jingles. Ponto pra Kassab.

Por outro lado a propaganda do PT foi ineficaz. Muito ruim. No primeiro turno, Marta achava que estava soberana na liderança e fez uma propaganda fraca. Não fez nada para tentar diminuir sua rejeição e usou de linguagem usada por Lula em 2006 achando que ia dar certo. Ledo engano. O eleitorado de São Paulo é conservador, anti-petista e diferente do restante do país , para esse eleitorado, mais precisamente a classe média, a campanha petista não fez nenhum aceno.

E no segundo turno, o PT fez a sua parte na campanha. Tentando demonstrar a inconsistência de Kassab, que sua eleição é o renascimento do DEM, que é um filhote do malfadado malufismo e que seu novo mandato seria completamente diferente deste. Afinal, ele está prefeito com os votos de Serra, a partir de amanhã é com os votos dele. Tudo isso que a campanha falou, é verdade.
Mas a imprensa preferiu tornar polêmica uma pergunta do PT: "Kassab é casado? Tem filhos?"

Pergunta nada capciosa. É o preconceito sobre o preconceito. Existem rumores no mundo político que Kassab é homossexual. Se for ou não, isso só diz respeito a ele. Que espertamente não brecou e até incentivou essa polêmica. Enxurrada de editoriais, textos, artigos e colunas dos vestais da ética de plantão. Os mesmos que sempre chamaram Marta pela péssima alcunha de "Dona Marta".

A opção por Marta

Poderia discorrer aqui um longo texto sobre o perfil conservador e anti progressista dos paulistanos. Para mim, ele não é tucano e nem "demo", ele é anti progressista, no caso representado pelo PT. Então, qualquer que seja a força capaz de derrotar o PT, tem o apoio dos paulistanos. Antes era Maluf, PSDB e agora o DEM. É o malufismo e a direita ressuscitando pelas mãos de José Serra, ávido por ser presidente da república.

Marta se elegeu em 2000, contra Maluf e com o apoio dos tucanos. Pegou uma prefeitura quebrada por 8 anos de Maluf-Pitta. Reconstruiu a cidade e fez uma opção pelo social e pelos mais carentes. Tanto que nas periferias ela sempre teve índices expressivos de votação. Sua gestão teve erros? Claro. Como todos os governos os têm.

Opto e se pudesse votaria em Marta por representar o progresso e as forças democráticas. Eu, no PFL não voto e nunca votei. Kassab é um engodo bem treinado de marketing. Sua equipe de comunicação é excelente. Mas é só. Cheira a um novo Fernando Collor ou a um Celso Pitta.

A campanha petista tentou mostrar isso mas o preconceito contra o partido e Marta foi maior...

O Preconceito

Já dizia o ditado. Ele cega. E cega mesmo. Imagina uma pessoa bonita, rica e que se dedicou aos mais necessitados e à orientar mulheres aflitas sexualmente na década de 1980 ter a ousadia de ser prefeita de São Paulo? Pois é. Essa pessoa, depois de eleita ainda assume uma nova paixão e se separa de seu marido que é considerado quase um semi-deus para alguns e inicia novo casamento? Pois é.

Essas atitudes honestas tiveram um alto preço para Marta. Nesses anos todos, ela teve sua privacidade invadida, foi motivo de apelidos infames e indiretas sofríveis.
A ignorância chegou ao ponto de eu ler em um blog que a eleição desse ano seria decidida entre um "veado" e uma "vaca". O cúmulo do absurdo.

Mas enfim, se nos EUA, um país em tese mais avançado e politizado que o nosso, a conservadora Sarah Palin é vítima de todo tipo de gracejo, imagina "dona" Marta aqui em São Paulo?

Sei lá, senti a necessidade de escrever isso, de "rasgar a máscara", por ser uma pessoa de convicção democrática e progressista. Mas parece que os paulistanos fizeram uma opção.

Resta desejar a Gilberto Kassab um bom governo. E á São Paulo, uma boa sorte.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Aniversário

Hoje é meu aniversário. 24 anos.
O que tive de agüentar de piadinhas pela idade não está no gibi. Mas vai lá. Talvez seja a idade da indecisão mesmo (opa! rs...).

Ganhei manifestações carinhosas de amigos e parentes. Pessoas que eu sempre tive por perto, mas que por falta de visão não dava valor. O dia ainda não acabou e com certeza mais coisa boa virá por aí.

Nesse dia lembro de meus parentes que se foram, de amigos que partiram e de tudo mais que já passei nesses 20 e poucos anos. É legal fazer uma retrospectiva. Fico pensando também em como seria bom se certas pessoas estivessem seguindo o caminho comigo, ou como a vida poderia estar melhor. Ela está boa.

O que eu quero de presente? Eu quero tudo de bom que a vida pode me oferecer. Paz, amor, saúde, sucesso e é claro, dinheiro!

Poderia ficar escrevendo aqui muito e muito. Mas acho que três músicas hoje diriam por mim. Uma é a do Jota Quest, "Amor Maior", só aquele refrãozinho. "Quero um amor maior que eu".
A outra é "20 e poucos anos" do Fabio Jr. Com aquela frase matadora: "Eu não abro mão nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos"

E a outra é "Eu Quero Apenas" do Roberto Carlos. Que resume bem como estou hoje em dia. Essa segue a letra inteira.

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Eu quero apenas olhar os campos,
Eu quero apenas cantar meu canto,
Eu só não quero cantar sozinho,
Eu quero um coro de passarinho,
Quero levar o meu canto amigo,
A qualquer amigo que precisar.

(Refrão)
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero apenas um vento forte,
Levar meu barco no rumo norte
E no caminho o que eu pescar
Quero dividir quando lá chegar
Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar

(Refrão)

Eu quero crer na paz do futuro,
Eu quero ter um quintal sem muro
Quero meu filho pisando firme,
Cantando alto, sorrindo livre
Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar

(Refrão)

Eu quero amor decidindo a vida,
Sentir a força da mão amiga
O meu irmão com sorriso aberto,
Se ele chorar quero estar por perto
Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar

(Refrão)

Venha comigo olhar os campos,
Cante comigo também meu canto
Eu só não quero cantar sozinho,
Eu quero um coro de passarinhos
Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O caso Eloá

Ok, ok. Eu sei que você deve estar careca de saber e cansado de ouvir falar nesse sequestro protagonizado pelo casalzinho de namorados e que terminou de forma trágica.
Mas alguns pontos devem ser considerados.

A morte da menina mexeu comigo. É. Quando eu digo que sou uma manteiga derretida poucas pessoas acreditam, mas eu sou. Gente jovem e inocente morrendo me corta o coração. A garota tinha 15 anos. Sonhos, planos e desejos foram feitos em pedaços pelo idiota do ex namorado.

E por falar no sujeito, por favor, não me venham dizer que ele fez o que fez 'por amor'. Isso não existe. O tal Lindemberg não era criminoso, era um rapaz trabalhador, mas algum distúrbio psicológico existente há tempos o fez cometer o sequestro. O término do relacionamento foi apenas a "gota d`água". Entender seres humanos é complicado, my friend!

A imprensa, como sempre, piorou as coisas. Eu nunca vi se entrevistar sequestrador ao vivo. Quem Britto Jr e Sônia "Urubu" Abrão, pensam que são? Negociadores da PM? Ou apenas serelepes funcionários em busca de audiência para o patrão? Eu fico com a segunda opção.

É óbvio para qualquer pessoa esclarecida que a imprensa NOTICIA e não participa da notícia. Para ser negociador de sequestros, a pessoa faz cursos, testes e tudo mais que a torna gabaritada para isso. Já o jornalista pode falar uma palavra meio torta e o sequestrador entender errado e acontecer uma catástrofe. Já pensou?

Foi o que aconteceu. Depois de dar entrevistas, o senhor Lindemberg se achou o "rei do gueto", o dono da situação e retrocedeu toda a negociação, provocando aquele fim que todos sabemos.

Não sei você, mas aprovo a atitude da polícia em todo esse caso. Podia atirar no cara? Podia. Mas o cara não era bandido e isso ia dar uma péssima repercussão. E quanto a invasão, achei apropriada. Afinal, depois de 100 horas de negociação não há psicológico (e paciência) que aguente. Como o controle racional do sequestrador também foi pro saco, ele cometeu a bárbarie de atirar nas meninas. A namorada, ele matou.

O único erro da polícia foi permitir a volta de Naiara ao cativeiro. Ok. Não foi o combinado. Ela entrou porque quis. Mas mesmo assim, o Gate deveria usar da autoridade para proibir a volta da garota.

Por fim, eu lamento. Pela vida perdida de Eloa e pela vida desperdiçada de Lindemberg. Esse rapaz que tome cuidado, pois senão morre dentro da cadeia.
Cabe ao Estado agora assegurar a vida dele e todo o tratamento psicológico para Naiara. Afinal, passar por um sequestro longo desses e ser a testemunha-chave do caso não é para qualquer um.

Ah! Tem o caso do pai da falecida, que descobriram que era matador lá em Alagoas, não é?
Mas isso é outra história. É muito pano pra manga, viu!

domingo, 19 de outubro de 2008

Alucinação

Preciso urgentemente saber porque é proibido pisar na grama.
Preciso urgentemente encontrar um amigo pra ficar comigo.
Mamãe me ensinou a não ler dois livros ao mesmo tempo porque embaralharia tudo.
Eu leio 3.

Meu teclado não funciona corretamente.
Nem minha mente, quiçá minha vida!

Vida? Ah eu achava ela tão bela.
Ainda acho. De vez quando creio que podia ser bem melhor. Mas tem horas que quero me embebedar pra ver se acho a solução de meus problemas.
Me falta coragem.
Eu deveria fazer que nem uma dessas vagabundinhas falou a um certo tempo: "Fique no seu mundo e beba o que você quiser".
O problema é a ressaca que vai me matar.
Tudo me mata mesmo.

É um fracasso aqui, uma curva ali, uma baianinha-encosto ali e aquele pneu careca que me faz cair os cabelos. Ou melhor: Esbranquiça-os e antes da hora.

Isso é uma alucinação? Ok.
E a nossa vida maluca de cada dia, não é?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dib perdeu a eleição

Analisando os resultados da eleição do último domingo em São Bernardo só pode-se chegar a uma conclusão: O único derrotado nessa eleição é William Dib, seu grupo politico e seu governo.
O primeiro turno da eleição terminou da seguinte maneira (em números arredondados)
Luiz Marinho (PT) - 48%
Morando (PSDB) - 37%
Alex Manente (PPS) 12%
Outros - 3%

Pois bem: Excetuando a votação de Orlando Morando, o governista, 63% dos eleitores de SBC votaram em candidatos de oposição, ou seja, reprovando o atual governo.

O desafio de "Orlandinho"

Durante a apuração, o petista Marinho chegou a beirar a maioria absoluta (49.96%) depois caiu um pouco e encerrou a apuração com 48,27%. A política não é matemática, mas é de se esperar que o candidato do PT mantenha esse percentual de votos e abocanhe mais alguns pontos dos outros candidatos de oposição. É muito difícil que perca a eleição.

Históricamente falando um candidato quando chega a um percentual tão grande de votos (como 47,48 ou 49%), quase nunca perde a eleição no 2 turno. Portanto, o desafio de Orlando Morando é dos gigantes...

E primeiro lugar, o candidato deve trabalhar para abaixar seu alto índice de rejeição. Resultado de sua postura arrogante e do governo mal avaliado liderado por Dib.
Segundo, é buscar os votos dos candidatos derrotados. Difícil também, pois Orlandinho (como é chamado no meio político) está isolado. Todos os outros candidatos já declararam apoio a Luiz Marinho e claro, levam apoio e militância para o petista.
Morando tem como opção também, investir nos votos de Luiz Marinho. Estratégia dificilíssima, afinal quase nunca uma pessoa muda de opinião de um turno para o outro.

O tucano conseguiu empurrar a eleição para o 2 turno ao custo de baixarias, mentiras, boatos e outra$ coisa$ escusas. Dele, pode se esperar tudo. Existe até a chance pífia de ganhar e, mesmo que ganhe, o grande derrotado da eleição é o grupo político de William Dib.

Afinal, para quem se elegeu em 2004 com 79% dos votos, quase perder no primeiro turno, é no mínimo controverso.
O grande vencedor? Bem, dois no caso. Luiz Inácio Lula da Silva e Luiz Marinho, claro. Um por transferir seu empenho pessoal para eleger o 'companheiro' e o outro pela habilidade e construir alianças e levar o PT finalmente à prefeitura da cidade onde nasceu.

sábado, 4 de outubro de 2008

Cheguei a conclusão que não posso deixar as coisas ruins me abaterem.
Tenho que me queixar menos, reclamar menos e agir mais.
Arregaçar as mangas.
Estou otimista quanto à meu futuro.

Esse fim de semana mesmo, acontece algo que me chateia. Ela me ignorar.
Mas o que eu posso fazer?
Ficar enchendo o saco dela?
Não. Cada um sabe o que faz. A moça já é bem crescidinha e sabe bem que atitudes tomar.
Se faz isso é porquê tem algum motivo. Certo ou errado, para ela é um motivo.

Nosso relacionamento com as pessoas é pura e simplesmente a consequencia de nossos atos. Tomamos atitudes sabemos o risco.
O risco de ouvir um não, ou um sim. O risco de depender, de ser insultado, de perder a amizade, acabar o relacionamento etc.

Portanto, eu fico bem tranquilo. Com a consciência calminha, sabendo que nossa vida é um livro aberto e em branco. Talvez com uns marcadores aqui e ali, mas em sua maioria, em branco.
Tudo pode acontecer.

Situação

Saí do emprego. O que não é de todo mal.
O clima era péssimo. Não graças aos colegas. A sua maioria , maravilhosos.
Presentes lá: Um irmão camarada e várias pessoas que a vida nos presenteia.
Outras não cheguei a conhecer, umas queria conhecer e não deu.
Mas vai ficar guardado a beleza das pessoas. A diversidade e a paixão pelo que se faz.

Quem causava o clima ruim era a chefe. Péssima e incompetente. O que tinha de gostosa, tinha de inútil. Humilhava e mal tratava as pessoas. Não sei como virou editora-chefe. Ou melhor, todos sabemos...

Não é do meu feitio sair falando mal da empresa ou dos chefes. É feio. Mas não resisti e fiz isso em forma de desabafo, apenas.

O que importa mesmo é que a vida está cada vez mais maravilhosa pra mim. Ainda tenho uma parte manca, mas NADa que com o tempo melhore também. Estou cada vez mais calmo, tranquilo e sereno. Oportunidades já estão vindo.
E aos invejosos? Bem, fiquem nesse mundinho caquético. Vocês não têm força para sair dele.

E aguarde: Agora com mais tempo o blog voltará a ser mais atualizado.

Eleições

Logo mais, começam as eleições 2008. Vamos eleger prefeitos e vereadores para as cidades brasileiras.

Olha só, política é um dos assuntos que mais me interessam. Está pau a pau com cultura televisiva e música por exemplo. Isso começou lá pelos 15 anos e desde então, mesmo que tente renegar, é um assunto que me excita muito.

Me considero um cara politizado. Voto em partido e não em candidatos. Acho um absurdo a pessoa votar no PT pra prefeito e no PSDB para vereador por exemplo. Na lógica da política, se os dois se elegem, um vai atrapalhar o outro.

Acompanho notícias de bastidores de política e toda a campanha eleitoral com grande atenção. E adoro acompanhar pela TV e pela internet a apuração dos votos.

Vá, lá. Você pode e dizer que quer distância de política, porque todos são corruptos e iguais.
Pode ser, pode ser.
Mas política, pra mim, é paixão. E como qualquer paixão, a gente não controla.

Como havia dito, sou uma pessoa politizada. Rejeito partidos e apóio outros. Eu, por exemplo, não voto no DEM. Nunca votei nesse partido, que é o novo nome da finada ARENA e do velho PDS que apoiavam a ditadura. Em compensação, devo confessar minha predileção pelo PT. É. O mal falado Partido dos Trabalhadores.

O PT tem problemas como qualquer outro partido. Às vezes menos, às vezes mais. Mas sou fascinado pela história e pela origem de seus membros. Acho que o PT personifica uma luta de classes, que deveria estar extinta há tempos. O PT é um vilão para as classes altas.

Não vou ser hipócrita e dizer que sou um proletariado. Não sou. Mas nem por isso que vou me conformar com corrupção, poder para poucas pessoas e outras mazelas. E o PT é a alternativa mais viável para o poder de uma fora digamos, popular e emergente.
Sou mais lulista que petista, é bom lembrar.

Assim como é bom lembrar que ideologicamente me coloco mais próximo do PSDB. Pode ser incoerência, mas não é! Para mim, uma união petista-tucano seria o melhor para o Brasil. Mas não acontece por guerra de poder, pois os partidos estão cada vez mais iguais.

O problema do PSDB, ao meu ver, é essa aliança esdrúxula com o ex PFL. Essa é a principal razão de eu não votar nos tucanos. Aliança com os 'demos', não dá...

Minha posição política a parte e a sua também. O importante é um bom voto nas eleições. Voto consciente. Sabendo bem as propostas, o candidato e também com que grupo de pessoas ele irá governar.

Bom voto!

domingo, 21 de setembro de 2008

Eu não tenho vontade de fazer nada
Eu não tenho fome
Nem sede
Só vontade de dormir.
E acordar desse pesadelo.

Desse espetáculo sem a mínima graça
Aliás, graça?
O que é sorrir?
É só tristeza e muito choro
E o pior: Sem vela

Para quê tudo isso?
Para quê essa importância?

Ah! Não me encham o saco
Eu cometo erros sabendo que os cometo.

Eu repito:

Para quê tudo isso?
Para quê essa importância?

Para nada.
Sempre para ela.
Para nada!!

sábado, 20 de setembro de 2008

E agora, na programação do limbo, o que mais interessa (Ou o que menos). Vou falar de mim:

Ando nesses últimos dias numa 'bad-trip' danada. Não sei porquê. Um baita mau humor e uma canseira que só vendo. Deve ser porque estou meio sem grana, só pode. E no sábado, isso piorou bastante. Por que?
Bem, porque rolou uma micareta aí, ela foi e quem foi junto? Bah! Nem vou perder meu tempo falando desse sujeito aqui. Não mesmo.

Mas o fato é que me incomoda várias coisas nessa situação. Me incomoda esse cara, me incomoda não estar com ela e também o fato dela achar que gosto de outra. Uma velha conhecida do passado.
Gostei muito, amei demais a fulana em questão. Isso eu não posso negar. Mas hoje se tornou apenas uma lembrança incolor e indolor do passado.

E às vezes me pergunto, o que leva ela a pensar que gosto da outra ainda? Sei lá. Eu é que não entendo as pessoas, mas queria que ela entendesse que não sinto mais nada por ninguém...a não ser por ela.

O mau humor me deixa agoniado, ansioso e nervoso com algo que não bem o que é. Estranho isso. Pena que já passou.

Mais um dia descansado, até demais.
Mais um dia solitário, até demais.
Mais um dia sem a sua companhia...

Kassab X Alckmin

Evito falar sobre política no blog porque as leitoras (es) não clamam muito e nem eu gosto. Acho que fica chato.
Mas não poderia deixar de comentar, nem que seja um pouquinho, sobre a delícia que é ver Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab brigando feito cão e gato nesta reta final da eleição.

Já escrevi há um certo tempo sobre a birra de Alckmin querer ser candidato a prefeito a tudo quanto é custo. Ele podia esperar mais 2 anos e seria um forte candidato a governador, mas não, quis porque quis ser candidato e o é.

De outro lado Kassab, sentado na prefeitura, montado em grana e coligações, além do apoio e da simpatia do governador tucano José "Sr. Burns" Serra.

Pois bem, a questão aí é que apenas um deles vai pro segundo turno enfrentar Marta Suplicy (PT). Qual deles vai?

O fato nem é esse, o fato é: Qual não for, independente de cada um, vai ser muito feio.
Se Kassab não for, será um papelão. Afinal, prefeitos e governadores perderem a reeleição acontece, mas o prefeito sequer ir para o segundo turno é um vexame. Com a grana e a máquina que Kassab dispõe, não ir é fazer muito feio.

Quanto à Alckmin? Bem, para um governador reeleito, candidato a presidente não ir para o 2 turno de uma eleição municipal é no mínimo constrangedor e o diminuiria muito politicamente.

E é justamente por isso que um ataca o outro violentamente. Mais Alckmin que despencou nas pesquisa, sejamos justos. O ex governador critica o governo Kassab (que já foi de seu correligionário Serra) e lembra do passado malufista do prefeito. Tudo na busca pelo 2 turno.

E por falar em segundo turno, lá está tudo empatado também. Marta empata com Alckmin e com Kassab. Ou seja: A eleição em SP esse ano não será para fracos.


PS: Porque é uma delícia ver eles brigando? Ah, fala sério. Ninguém merece o DEM. E o PSDB aliado com eles também não dá.

Anúncio no orelhão

Acredite: Este é um orelhão típico das grandes capitais, cheio de anúncio de " mesalinas"....

Andando pela cidade, vemos cada coisa que até Deus duvida. Outro dia, ali no bairro da Saúde, notei um orelhão cheio, mas muito cheio de anúncio de garotas de programa. Já tinha me deparado com vários desses, mas nunca reparei bem nesse "método" de propaganda, mas dessa vez parei e pensei: ISSO DÁ RESULTADO??

Quem será, que em sã consciência iria se convencer e ligar para um anúncio desses?
Sei lá: Isso só mostra a criatividade das moças em conseguir que o negócio, digamos, prospere, e o total desespero dos clientes. Afinal ser convencido por um papelzinho desses sem conhecer quem é a figura ou onde ela mora é sinal de total incompetência.

Mas voltando aos "merchans", eu parei para ler. Para notar se eram diferentes dos de jornal. Pasmem: O negócio é profissional. É bem sintetizado. Praticamente um "lead".
Exemplo: Nicole Peluda, faço tudo sem frescura, 20 a. BB gde Telefone: XXXX

Por aí o sedento do "cliente" já sabe o nome (mesmo que seja o de guerra), quantos anos, alguns atributos físicos, que a moça presta todo o tipo de serviço e como achá-la.
Prático não?

Prático, criativo e indecente (afinal, se uma criança pega e vê um negócio desses?). Coisas do Brasil...

sábado, 13 de setembro de 2008

Ausência do blog

Outro dia a musa inspiradora da minha vida me disse:
"Você não atualiza mais seu blog, não?"

É, pois é! Sabe como é, né? Trabalho o dia inteiro e fico sempre em frente ao computador e fazendo...adivinha? Escrever! O dia inteiro escrevendo. Feito doido. Aí quando chego em casa, na calada (não tão calada assim) noite, quero distância do PC.

Mas esse nem é o maior motivo para o "rareamento" dos posts aqui. Ando sem assunto. Por incrível que pareça. Eu estou em um emprego novo, conhecendo pessoas novas, mas isso nunca me motivou a escrever no blog. Acho que esse espaço deve ser mais bem usado. Para opiniões, compartilhamento e assuntos mais interessantes do que um "diário" deste ser que vos fala.

Aí você pode me perguntar: "Porra, Caio. Você fala isso e escreve toda hora sobre seus amores mal sucedidos? Isso não é "diário"?

É. E eu sei que é. Mas aí, meus queridos, é questão de desabafo, de necessidade. Preciso contar para "alguém", mesmo que esse "alguém" seja a própria pessoa, uma amiga querida ou um qualquer que tenha entrado por engano.

Como eu sei também que lotar o blog de mensagens melosas é um saco. Torna -o pouco atraente. Eu já fechei blogs por causa disso.

Nunca liguei para audiência e acessos. Sei que quase ninguém acessa esse local. Mas e daí?
O que quero dizer é que continuarei a escrever nele e prometo que vou me empenhar pra escrever com mais freqüência.
Palavra de mais um habitante do planeta que acha que é invencível e louco, mas não passa de um bobo.

Agora, escrevo isso num sábado a noite. Jogado as traças. Não peça um texto muito bonito e com conteúdo.
Sábado na madruga é a hora em que eu imagino ela, jogada em camas de motéis ou em garupas por aí com outras pessoas lamentáveis. É triste. Então não vai rolar um bom astral.

Talvez eu escreva algo sobre política, sobre a nossa vida ridícula ou sobre amores frustrados.

sábado, 30 de agosto de 2008

Como pode

Ah, tudo é tão simples e complicado.
Somos tão voláteis e tão firmes.
Somos tão amáveis e tão odiados.
O maluco estava certo.
Somos uma metamorfose ambulante.

Nossas opiniões, paixões, dificuldades são firmes como gelatina.
Morremos, vivemos e marchamos todo santo dia!
Como pode isso?

Como pode a gente lutar feito doido por um punhado de papel com valores ou números fictícios em uma fictícia conta bancaria?
Como pode, as pessoas que amamos não viverem para sempre?
Por que nunca aproveitamos elas como se deve e só sentimos falta quando se vão?
Aliás, como pode nós não termos o DIREITO de amar e ser amado por quem a gente ama?
Vidinha estranha essa nossa de gado pensante.

Como pode eu amar tanto alguém e esse alguém me tratar feito lixo?

sábado, 23 de agosto de 2008

O "fracasso" olímpico brasileiro


No país do futebol, fomos disciplinados com a máxima ignorante de que o que importa é vencer. Se o atleta tem o respeitável 2º lugar, ele não é nada. É a mesma coisa que o último colocado. Há quem profira ainda outra pérola da estupidez tupiniquim, principalmente em jogos coletivos: "Prefiro ganhar o bronze porque é fruto de uma vitória do que a prata que é uma derrota"

Sim, quem ganhou a prata perdeu o ouro, mas provavelmente quem ficou com o bronze perdeu na semi final para a equipe que ficou com a prata ou com o ouro. Portanto, é um derrotado também.

Mas o texto em questão, não vai discutir isso. Vamos falar do "fiasco" olímpico do Brasil.


Como se sabe rola muita grana para o esporte nacional. Para o esporte não, para o futebol! Esporte das massas, que muda a vida das pessoas, cujo nosso país é a super potência absoluta com 5 títulos mundiais, muita mídia, enfim, é incomparável. Nossos campeonatos internos são, em sua maioria, ricos, cheios de patrocinadores, celeiros de craques, mas no entanto nunca conseguimos uma medalhinha que fosse de ouro nas olímpiadas.


E os outros esportes? Bem, se não fosse o apoio governamental e de umas poucas empresas eles seriam nulos no país. Os atletas ganham pouco, treinam muito, alguns têm que trabalhar e treinar, prejudicando a dedicação. As condições são precárias, os ginásios estão caindo aos pedaços, campeonatos nacionais e estaduais (quando existem), são vazios de público ,mídia quase não há. Mas no entanto, ganhamos uma porção de medalhas de ouro e campeonatos mundiais.

O que acontece, então?


Outros países como EUA e os da Europa têm mais que um esporte de preferência nacional. Aqui no Brasil não. Só se fala em futebol. Só se respira futebol. Não existe espaço e dinheiro para outro esporte? Porque não prestigiar nosso vôlei campeão olímpico, nossa maravilhosa ginástica, nossos atletas do atletismo, judô, vela, handebol, basquete e tudo mais?


Por causa dessa mentalidade idiota do brasileiro somos obrigados a ver pela telinha atletas batalhadores, esforçados, que estão nesses esportes por puro amor, chorando e "pedindo desculpas" em rede nacional. Meus caros, isso pra mim é humilhação. O atleta não tem que pedir desculpas de nada. Nós é que temos que pedir desculpas.

Desculpas pela nossa ignorância, pela nossa cegueira esportiva, pela falta de apoio e pela falta de compreensão de que ganhar um bronze ir para a final olímpica é uma vitória e tanto.


Essa semana o nadador César Ciello passou pela Avenida Paulista, todo orgulhoso em cima de um carro de bombeiros exibindo sua medalha de ouro. Poucas pessoas o reconheciam e cumprimentavam. Passou despercebido o melhor atleta brasileiro da natação nesses jogos. E isto, eu falo porque estava lá, eu vi!

Repito a pergunta: O que acontece, então?

Eu dou um salve aqui a todos os atletas brasileiros e ilustro o texto com a foto das campeãs olímpicas de volêi feminino. Nossas meninas.


Ah se o brasileiro tivesse toda essa gana de ser o vencedor, não só nos esportes, mas sim na vida!
Seríamos primeiro mundo há muito tempo! Muitíssimo.

domingo, 17 de agosto de 2008

Domingo é dia de churrasco

O brasileiro e suas manias. Tem "o" dia de lavar o carro, "o" dia de feijoada, "o" dia de visitar a mãe, "o" dia de comer macarronada e até uns têm "o" dia de transar.
Pois é, domingo ensolarado é dia de churrasco.
Sempre foi assim.
Hoje constatei isso.

Ao meio-dia saí para comprar algo na farmácia e na churrasqueira do prédio aquela conversa toda, rádio ligado e a indefectível fumaça com aquele cheiro de churrasco.
Paro o carro em um farol, numa rua comercial, sem casas e pasme!Aquele cheiro bom impesteando a rua.
Ao ir na farmácia, o que encontro? O cheiro de um churrasquinho no ar.

Churrasco é bom demais. Mais para conversar, reencontrar velhos amigos e brindar a nossa falsa liberdade de todo fim de semana. No sábado mesmo, rolou um churrasco da minha finada sala. Bando de jornaleiros.

É! O brasileiro e suas manias...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Metrô

Na época da inauguração do metrô (1974) uma estação da Linha Azul era assim. Vai lá e veja se não continua do mesmo jeito.


Pode ser um assunto tanto quanto clichê, ou com pouca imaginação, quem sabe paulista demais. Não importa. Eu adoro o metrô de São Paulo e ele merece um texto aqui.

Primeiro lugar, o que seria da caótica paulicéia sem ele? Seria intransitável! Se com ele já é, imagina sem. O metrô pode ser lotado, demorar, mas é melhor do que nada. Afinal, de carro ou de ônibus você conseguiria ir do Jabaquara para a Avenida Paulista em 25 minutos? Acho difícil hein.

Outra coisa interessante é que notamos de tudo e de todos um pouco no metrô. É a miscigenação geral! É mendigo, é engravatado é maluco e é freira. Todos dentro de um 'buraco de tatu' indo para algum lugar qualquer da capital.
Lendo livros, ouvindo música, pensando no nada ou simplesmente dormindo. É o retrato da metrópole!

E o que falar das estações então? Lindas! As da linha verde são as mais recentes e as mais bem cuidadas. Todas tem esculturas, belos ladrilhos e também possui os trens mais modernos (o péssimo e super faturado Alstom, um "forno" total". As da Clínicas e da Vila Madalena possuem um tubo de passagem gigante, parece que você sairá na China de tanto andar.
As da linha vermelha não seguem muita temática. Cada uma de seu jeito e com suas características.
O que falar da loucura da Sé? Milhões de pessoas passam lá por mês. E na medonha estação República, que tem vãos estranhos e uma estação 'secreta'? Falando em estação secreta e o vão no meio da Pedro II? Seria uma linha que o Maluf ia construir lá. Sem contar o charme de passar em estações como "Anhagabaú" e "República" e claro, é a linha que começa com Palmeiras - Barra Funda e termina com Corinthians - Itaquera, ou vice-versa se preferir.

A linha azul é a mais antiga de todas e foi inaugurada em 1974. Todas as estações tem a mesma padronização. Painéis azuis que mostram o nome da estação e gigantescas faixas coloridas. Um detalhe é que são as mesmas faixas desde a inauguração. Pode ver, em fotos antigas e vídeos como o da propaganda de inauguração do metrô (que tem no youtube), as estações da linha 1 estão iguaizinhas!
Paraíso é a maior de todas dessa linha (atrás da Sé, claro) e lá possui mais um mistério. Quem já foi no piso "sentido Tucuruvi", já deve ter visto uma parte da estação fechada e também uma linha amarela do nada no meio do chão. Atrás da madeira do Metrô estão os trilhos do Ramal Moema. Projeto de interligação do metrô feito nos anos 70 até a zona sul que não saiu de 200 metros de trilhos, e aquela linha amarela seria a divisória. Medonho.

E os trens também. Andamos nuns veículos de quase 40 anos! Mas o pior é que o danado é o melhor dos trens. É o mais amplo e refrigerado. Bem melhor que os apertados da refinada linha verde.

Pesquisando a história do metrô, descobri que em 10 anos, eles fizeram a linha 1 e 3 inteiras! Como pode isso? Os governos atuais fazem 1 estação a cada 4 anos! E olha que naquela época não tinha tatuzão e as condições eram precárias. Para se ter uma idéia abriram a avenida Jabaquara inteira pra construir o metrô. Fora que, as estações Sé e São Bento são verdadeiras obras de engenharias. Afinal, como construí-las sem abalar a estrutura de prédios da era cenozóica?

Eu, se fosse você pesquisava sobre o metrô. Uma das caras de São Paulo. Você vai deixar de vê-lo apenas como meio de transporte. Verás como mais uma atração.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Office-old

Já dizia o general francês De Gaulle: "O Brasil não é um país sério"
Uma outra frase cujo autor (genial, por sinal), desconheço: "O Brasil não é para amadores"

Nosso querido país definitivamente não gosta do passado. Não preserva suas antiguidades, não se ensina bem sua história, não possui grandes heróis do passado e trata mal seus idosos.
Quando não estão jogados em algum asilo pulguento por aí, estão aposentados e trabalhando.
Sim, em alguns países isso soaria paradoxal e o é! Mas aqui no Brasil é normal pessoas aposentadas, com 60, 70 anos tendo que trabalhar para complementar a renda e sobreviver.

Uma prática muito comum em São Paulo, pelo menos, é de usar esses idosos como office-boy. A vantagem é que eles conhecem bem as ruas e , por se tratarem de aposentados, não há a necessidade de registro profissional. Só nesse aspecto o empregador já economiza uma boa grana.

Hoje andando no metrô paulistano notei vários desses senhores. Aparentando 70 anos ou mais, com uma aparência cansada e uma pasta cheia de documentos e contas, lá iam com destino sabe Deus aonde. Não foi a primeira vez que vi, mas dessa vez resolvi escrever algo. No instante em que os vi fiquei pensando se era justo isso para uma pessoa que trabalha desde criança, às vezes, que contribuiu e muito com a cidade, com o país, se sujeitar a isso ainda?
Vá lá, que alguns deles gostem de trabalhar, de se sentirem úteis etc, mas mesmo assim isso é válido?
A pessoa na 3 idade, tem mais é que se divertir, fazer o que gosta e viver intensamente.
Aqui não conseguimos isso.
Pobre pátria que não respeita a idade, a sabedoria e o seu passado.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

E piriri e pororó



Morreu hoje Felisberto Duarte, o Feliz, aos 70 anos de depressão. Pois é, Pedro de Lara, Homem do Sapato Branco e agora o Feliz se foi. Os ídolos da velha TVS (SBT) estão indo nessa...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

China não merece sediar olímpiada




Amanhã inicia-se oficialmente as olimpíadas de Pequim. Adoro os jogos, conheço um pouco de sua história e sempre assisti. Claro que, como leigo no assunto, mas sempre achei um barato a competição entre os grandes e também acompanho com entusiasmo a participação brasileira. Afinal, poucos sabem o quão difícil é um esporte que não seja o futebol, ter dinheiro e condições para se desenvolver por aqui.

O único problema das Olimpíadas é o uso político dela. Como por exemplo, Moscou em 1980, quando os EUA boicotaram os jogos aí em 1984 a URSS e o bloco comunista deu o troco não indo a Los Angeles. Com esses desvios a parte, a olimpíada para mim é mais importante que a copa do mundo. Todos os países participam e há a grande celebração do esporte. Nestes jogos porém, eu não assistirei com tanto ímpeto.

O motivo? Os jogos serão na China. Na "comunista" China. O país que desrespeita os direitos humanos, que mata e espanca os opositores políticos, que proíbe as famílias de terem mais de um filho, que censura a população, que vive em uma ditadura há 60 anos, que cresce e enriquece a custa da pobreza de milhões de trabalhadores, que polui o meio ambiente como ninguém, enfim um país autoritário e desrespeitador.

Olimpíadas é festa, é paz, é harmonia entre povos. E a China não representa nada disso. Pelo contrário. Esses jogos servem apenas para eles tentarem limpar sua imagem perante ao mundo.
Não merecem crédito.
Torcerei como sempre pelo espetáculo, pelo Brasil e seus sofridos atletas. Que seja um belo torneio. Mas que a China não merece, não merece!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Revival de quê?

De tanto algumas pessoas me chamarem de "velho" e "museu", eu já acabei me convencendo disso.
E com orgulho. Chamam de "velho" porque eu conheço coisas do arco da velha, quando nem meus pais eram nascidos. Isso se chama cultura geral. Informação. É estar antenado com o futuro, mas sabendo o que rolava ontem por aqui. Pra falar a verdade eu nem ligo quando me chamam dessas coisas. Primeiro, porque é sempre em tom de brincadeira e segundo , modéstia a parte, tem um "quê" de admiração.

De uns tempos pra cá, voltei a ouvir feito doido músicas nacionais dos anos 80. Aqueles rockzinhos new wave da época. Coisas como Leo Jaime, Metrô e etc..
Eu tenho uma relação de amor e ódio com essa década. Acho ela - culturalmente falando - tosca demais. E não participo dessa admiração e esse revival todo que o pessoal da minha idade faz. Poxa, eu nasci em 1984, você vê o pessoal que nasceu em 1985, 1986 revivendo essa década?! Bem, reviver não é a palavra, eu não revivo nada eu curto apenas.

Mas o engraçado é ouvir músicas dessa década e sentir saudades. Sentir uma nostalgia. Músicas da época que eu tinha meses ou poucos anos. O que será isso? Será que só eu sinto, ou é normal?
Com a palavra os psicanalistas.

Pergunta

Tô fugindo de tentações.
Com medo de me esfacelar novamente.
Devo fugir mesmo?

Às vezes acho que por essas coisas que a nossa vida é sempre mais ou menos...

A nossa vida mais ou menos

Dia desses lendo blogs por aí, vi um post bem antigo. Da época em que o Lula foi reeleito. Nele a pessoa lamentava a reeleição do presidente dizendo assim: "E a nossa vida vai continuar mais ou menos". E é bem verdade.

A vida é bem difícil. Pra alguns é dura, pra pouquíssimos é ótima e pra maioria é mais ou menos.
Por que tem que ser assim?

Analisa comigo: Nós vivemos muito mais ou menos. Se estamos em um emprego legal nos sentimos solitários sem amor e vice-versa. Comemos alimentos mais ou menos. Uns fazem mal. Nós não temos tempo pra fazer o que a gente quer. Somos escravos de relógios e compromissos.
A nossa idade adulta é mais ou menos. A velhice então, nem se fala.

Por que tem de ser assim? Por que não podemos viver tudo intensamente, ter do bom e do melhor, ter amor, carinho, dinheiro e saúde em abundância? Não, é uma coisa ou outra. É tudo mais ou menos por aqui. Até o nosso sorriso é mais ou menos.

Isso pra mim é questão histórica. Seja a religião que ensina que a felicidade plena não existe na Terra. Seja as desigualdades sociais. Sei lá, sei que o Brasil é o país do mais ou menos.

domingo, 3 de agosto de 2008

Vivo lutando contra mim.
Contra as coisas que quero fazer. Acho que pega mal.
E em nome dessa falsa moralidade idiota eu perco tempo e oportunidades em vários aspectos da minha vida.
O pior não é fazer isso. O pior é fazer e ter a consciência de estar fazendo.
Pois é. Acabou.

Falastrão, radical, impositivo e às vezes chato.
Acabava afastando pessoas e amizades ao meu redor.
Será?
Acho que sim (às vezes).

Pois é. Acabou.

Esse sujeito acabou.
É um novo sujeito.
Não há nada a se dizer
Apenas o ciclo natural das coisas
É triste, eu sei.

Sem lenço branco, sem choro e nem vela
Da sua parte sei que não, mas da minha também
Vamos nos reencontrar em alguma curva da vida
Ou nas lembranças tortuosas de nossa mente

Vou cuidar do meu maior patrimônio
Sempre levando você junto

sábado, 2 de agosto de 2008

Eleição no Rio virou guerra por território

O Rio de Janeiro é uma das cidades mais belas e mais importantes do país. Ex-capital federal, potência econômica, efervescência artística e cultural e cartão postal do Brasil lá fora, o Rio sofre nas últimas décadas a ação do tráfico de drogas e do crime organizado. Muito bem organizado diga-se de passagem.
A questão é: Como se chegou a esse ponto?
Fácil. Conivência, estado fraco e relações 'próximas' entre o tráfico e o governo estadual. O tráfico começou a se tornar mais forte e competir com o poder oficial em meados dos anos 80, a partir do governo Brizola. Mas o problema, no Rio e em todo o país, é de modo social e muito mais antigo.
Data desde 1500, como os pobres, negros e minorias foram tratados pela elite e burguesia local. Na época da abolição da escravatura por exemplo, simplesmente "abriram a senzala", libertaram todo um povo que em sua maioria era analfabeto e não tinha muitas habilidades profissionais se oferecer um mínimo de estrutura e apoio. Eram cidadãos (como muitos ainda os são) de 2a classe.

Voltando ao assunto do "estado paralelo" carioca, o fato é que agora os caras estão impedindo candidatos de fazerem campanha em "seus territórios". Ou seja, querem influir no processo eleitoral. Logo, querem tomar o poder.
O governo fluminense, como sempre, recorreu ao poder federal. Requisitando tropas do exército para assegurar o bom andamento das eleições. Com essa atitude o governo estadual mostra sua incompetência. Exército não para ronda na rua, é para defender a nação de outras nações, mas não de uma facção criminosa. Os militares não tem treinamento para isso.

Governo estadual joga a bomba pro Federal que joga para o Judiciário que devolve a bomba para o estadual. Ninguém resolve nada e assim segue a vida na "cidade maravilhosa".
Pobre Rio...

Nada mudou

Ela me dá um beijo na testa
E quer que eu tenha um dia legal
Mas se quiser eu posso ver nas ruas
Senhores, escravos, nada é real
Todo mundo me diz: bom dia
Todo dia sempre igual
Crianças pedem nas janelas do carro
Até nas noites de Natal

Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou

Se ela quer o sétimo céu
Vai ter de subir degrau por degrau
Os melhores momentos do mundo
Não são manchetes de jornal
Os velhos jogam damas na praça
Professores de tudo que é dor
Fingindo esconder a falta
Que faz viver um grande amor

Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

É pau em Obama!

Já deixei bem claro aqui que, se pudesse votar nos Estados Unidos votaria em Barack Obama para presidente. Não que ele vá mudar as coisas, mas é uma chacoalhada nas arcaicas estruturas americanas. Obama vencer, seria como o P-SOL vencer as eleições aqui no Brasil. Não iriam mudar nada, mas pelo menos dava uma animada.
O candidato democrata lidera as pesquisas com uma boa vantagem sobre o republicano John McCain.
A chance da vitória de um negro, descendente de muçulmano sobre o caucasiano, veterano do Vietnã e tradicionalista é real.
E o que acontece?

A mídia de lá e o 'establishment' começaram a criticar ferozmente Obama. Leiam os sites hoje. Uma revista diz que Obama irá mudar leis e causará desemprego, em um comício negros protestaram contra o candidato, a CNN divulgou pesquisa em que parcela dos eleitores acredita que Obama tem relações com o islã, ou seja, é a campanha para desconstruir Obama. É porrada nele.
McCain é o candidato do lamentável George W. Bush. Obama é oposição. Oposição a Bush, mas não aos interesses americanos, como muitos insistem em acreditar.

Pode ser que Barack Obama vença, apesar dessa desconstrução. Pode ser que McCain vença.
O fato não é esse. O deplorável é nós vermos a imprensa americana agindo de forma tendeciosa e de forma anti ética. Lá, é como cá.

Descontrução de imagem, preconceito e boatos infundados? Hummm já vi isso em um certo país da América do Sul...

Começou Agosto!

Teve início o temido mês para os supersticiosos de plantão. Agosto, o mês do cachorro louco.
Para mim, um dia normal.
Que venha e venha fervendo!

sábado, 26 de julho de 2008

Melancolia

Ando melancólico, ouvindo músicas calmas. Tão calmas que me dão sono. E o sono é a fuga. A fuga da situação. A situação que me consome. O que me consome além da situação? Ela. Sempre irá me consumir.

Mas deixando de lado o jogo de palavras barato, a melancolia é um barato estranho. Não é alegre e nem triste. É meloso, choroso tem um quê de tristeza mas uma ponta firme de esperança. A última que morre. Aquela que lhe faz brilhar os olhos, levantar o rosto e dizer: "Tudo vai dar certo".

A melancolia está presente nos momentos apropriados. Nos momentos de solidão, introspecção e reflexão necessárias. A tristeza ou a alegria não. Essas a gente controla menos e às vezes podem surgir em horas inconvenientes.

Para alguns, a melancolia é 'teatrinho'. Bando de insensíveis. Viver a plenitude dos sentimentos não é para qualquer um. Não é qualquer pessoa que consegue sentir um sentimento de verdade. Todos, absolutamente todos, acham que amam de verdade, se apaixonam de verdade, estão tristes de verdade. Puro engano. Não sabem aproveitar, dominar e curtir o sentimento. Apenas se deixam levar.

Eu, me deixo levar também, mas consigo sentir, perceber bem o que se passa comigo quando estou melancólico. É a luz ali, sozinha iluminando o nada. Sou eu, pensando em coisas e pessoas que não estão nem aí para mim. É meu cachorro se lambendo feito louco. Ele sim, não controla nada. Mas não reclama também.
Na janela, vejo ruas escuras, pessoas encaixotadas em veículos correndo para lá e para cá. E mais luzes. Casas apagadas, casas acesas, deve-se ter mais pessoas por aí acordadas a esse horário.
Vejo camas vazias, quartos vazios, me vejo no espelho. Um fio branco ali e outro aqui, uma cara cheia de espinhas.

No fundo, me toco que estou dependente nesse momento de um computador. Que nada mais é do que placas com código binário.

Uma música toca. O silêncio da rua também é fascinante. Isso é solidão e solidão é melancolia.

Talvez você nunca vá me entender. E não é porque você é melhor ou pior do que eu. Nós somos diferentes, só isso. Eu quero entrar no seu mundo, mas você não entra no meu. Ou será que eu consigo entrar nele e você não consegue entrar no meu?
Sei lá. Pouco importa.

Acho que não consegui dizer nada nesse texto. Ou muito pouco do que queria expressar.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

São duas horas da madrugada de um dia assim...

E aqui estou eu sozinho, largado e contando as horas para nada.
E você, por onde anda? Onde estará nesse exato momento?
O que estará fazendo?
Procuro não imaginar.
Saudades demais.

Foca e sua conotação pejorativa

Foca é um dos animais mais bonitos que existem. Geralmente cinza, brincalhão, pode ser visto em grandes parques aquáticos ou na natureza mesmo, brincando com bolas, pulando de lá pra cá e sempre fazendo coisas engraçadinhas para os turistas e se mostrando. Pois é, isso é foca no reino animal. No meio jornalístico também existe o termo "foca".
É aquele jornalista recém-formado (ou estagiário), jovem e ávido por mostrar serviço. Na ânsia, às vezes, ele acaba por pura inexperiência cometendo alguns erros. Como quer mostrar serviço, ele acaba se destacando mais, errando mais (afinal, está aprendendo) e - em outras ocasiões - desempenhando um serviço melhor do que alguns jornalistas mais antigos. Por isso surge o apelidinho infame, foca.

Não sei se deu pra notar, mas eu detesto essa expressão. Acho-a jocosa, preconceituosa, corporativista e elitista. Usa-se a para justificar eventuais erros ou falta de experiência. Como por exemplo: "Ah, liga não! É foca!"
Mas espera lá, se a pessoa nunca tiver a oportunidade de aprender ela não vai ter experiência e, como ninguém nasce sabendo, por essa lógica, todos um dia foram "foca"?

Ah, eu não! Detesto ser rotulado, ainda mais com expressõezinhas bem preconceituosas como esta. Nesse caso, eu não gosto de focas. Prefiro aquelas dos parques aquáticos mesmo. Bonitinhas e equilibrando bolas com o focinho.