terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os Trapalhões na Guerra dos Planetas


Eu não gosto muito de cinema 'blockbuster'. Sou mais chegado a filmes politizados, documentários e tarado por cinema nacional antigo. Desde as chanchadas da década de 1950 até as pornochanchadas dos anos 70 e 80. Aliás, as chamadas pornochanchadas são as minhas obras preferidas. Retratam de uma maneira ímpar a sociedade e as pessoas médias brasileiras. É sair na rua, até hoje e ver todas aquelas situações.

Hoje em dia, o cinema nacional anda elitizado, feito por uma panelinha e não chega ao povo. Não se cria um hábito. Sobre esse tema escrevo depois, o assunto deste texto é um filme dos campeões de bilheterias Os Trapalhões. Pela foto, já deu para notar de qual vou falar. Trata-se do 5 filme mais visto da história do cinema nacional "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978)

A produção é uma sátira ao clássico "Guerra nas Estrelas "(1977). Na história, um príncipe pede ajuda ao quarteto para lutar contra monstros em outro planeta. Nunca havia assistido esse filme, sempre ouvi falar nele, mas hoje graças ao "Canal Brasil" pude ver este "clássico".

O que me motivou a escrever um post sobre ele é a falta de qualidade. É um filme muito ruim em sua produção. Primeiro detalhe: Estranhamente o filme foi gravado em videotape e não em película, além dos créditos todos serem de uma fonte idêntica a que a Globo usava na época. O que me leva a crer que o filme tenha sido produzido para a TV. Mas não foi.

Além disso, a trilha sonora é totalmente 'modernosa'. Cheia de efeitos de teclados e sintetizadores que era um "must" na época, mas que dataram o filme. A influência da Discothéque é nítida também em cenas e músicas. O que contribuiu para o envelhecimento do filme.

Além, disso poucos diálogos e muito efeito visual batido. Destaque para a péssima atuação de Pedrinho Aguinaga, no papel do príncipe, do gigante com uma máscara tosca de Chewbacca e dos soldados com uma máscara mal feita de Darth Vader. O bom mesmo são os "defeitos especiais", que me fez pensar:
"Como pode, fazer a sátira de um filme caríssimo americano, com poucos recursos e não querer que caia no riso?"
Talvez seja esse o objetivo.

É um filme menor dos Trapalhões. Mas se você não assistiu, recomendo que assista. Seja para rir do quarteto, da tosquice ou pra conhecer mais um clássico de nosso cinema que fazia a alegria do povo.

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