sexta-feira, 27 de junho de 2008

O senhor no ônibus

4 horas da tarde e eu chego esbaforido no Terminal Jabaquara, saio da catraca do Metrô e vou em direção ao Trolébus. Sentido: São Bernardo, para minha casa.

Chegando no terminal D, ufa! Ônibus vazio e parado, entro e sento do lado de um senhor com seus 70 e poucos anos. Cabelos brancos, óculos, calças sociais e blusa de lã.
Do nada, ele chega e vira pra mim:
'A vida está muito melhor com esses metrôs e ônibus né?'
Eu disse que sim.

Sou muito, mas muito paciente com idosos. Adoro conversar com eles e tenho toda a calma e paciência do mundo. Os acho fonte de sabedoria histórica. O saco que não tenho com crianças, eu tenho com o pessoal de idade.
Ele quer assunto, vira pra mim e diz: "Quer ver como a viagem vai passar rápida??"

Ele se chama Luiz, eu me apresento e ele me chama de CARLOS metade da viagem, depois acerta meu nome. E fomos conversando sobre várias coisas: São Paulo, Deus, histórias da vida dele.
Conversando não é a palavra, eu só ouvia. Dava atenção. Ele repetia 4 vezes a mesma coisa e eu nem ligava. Era um senho humilde, desses que tem que lutar feito louco a vida inteira. Trabalhou na Mercedes e em 1975 se converteu à Igreja Testemunha de Jeová, conta sobre a pintura na casa, os hábitos do dia-a-dia.

É a história. É um choque de gerações. São outros hábitos, outros costumes. Troca de experiências.
Não sei se vou encontrar este senhor alguma vez mais na minha vida, mas a vida é cheia desses encontros e desencontros. O tempo une e afasta pessoas.

Passou-se o tempo e quando vi era a hora de eu descer, falei ao senhor Luiz isso, o cumprimentei e ele falou:
"Viu como passou rápido. Nem vimos o tempo passar."

Não mesmo.

O que você lê por aí?

Acordar cedo, se preparar para mais um dia de trabalho e pegar condução lotada. Geralmente se pega duas ou mais, ou uma somente mas, que demora tanto quanto que parecem que não vamos chegar nunca. O que você faz?
Umas pessoas dormem, outras de uns tempos pra cá recorrem aos MP3, tem aquelas que - coitadas - ficam espremidas e sem opção e ainda existem as que lêem algo para passar tempo.
Pode ser livro, revista ou jornal. O que preferir. O que for mais útil para passar o tempo.

Nessas indas e vindas por aí no transporte público, já vi pessoal lendo de tudo: Veja, Folha de São Paulo, Metrô News, o estranho Folha do Trolébus, Caras, Quatro Rodas, romances daqueles estilo 'Sabrina - Em busca do amor', livros de auto ajuda e - pasmem! - clássicos como Maquiavel e Confúcio.

Eu leio muito durante esses trajetos (mais ainda agora que estou sem MP3) e de tudo! Já li 'Caros Amigos', biografias, 'Quem mexeu no meu queijo? (péssimo, por sinal) e atualmente leio 'Inteligência Emocional'.

Ler é melhor pra passar o tempo do que música, por exemplo. Você se distrai, mergulha naquele universo e logo o tempo passa. Quando você vai ver, já é o ponto que você vai descer, ou às vezes até passou dele.

E aí? O que você lê nos busões, metrôs e trens da vida?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Chororô

Antes quando ouvia a expressão 'chorar por amor', pensei que era uma metáfora.
Mas o tempo vai passando e a gente vai descobrindo que não é bem assim.

Com o meu caso atual, descobri que isso é a pura verdade.
Já chorei de amor por ela umas 4 vezes.
Poderia enumerar e também detalhar às vezes.
Só de lembrar meus olhos se enchem de lágrimas novamente.

Me enchem porque eu não a tenho aqui.

O choro é a expressão do sentimento.
Chorar faz bem.
Eu choro e chorarei toda vez que tiver vontade.
Mas quero chorar um dia de amor, chorar de felicidade.

Chorar nos ombros dela e depois sorrir, sorrir demais.
Meus textos de amor são chatos.
Repetitivos.
Escritos em um estilo rotineiro e com palavreado comum.

Mas são verdadeiros.
O meu amor é verdadeiro.
Ela não acredita.
Eu, sim!

De vez em quando sou acometido por uma sensação horrível.
Hoje, por exemplo, passando nos lugares que ela frequenta
Ou que eu frequentei com ela.

Ouvindo músicas cujas letras são o mais fiel retrato do que sinto.
E eu sinto muita falta dela.
A minha vontade era só uma.

Abraçar, agarrar beijar, sentí-la de todas as formas.
É despejar esse meu imenso amor.
Distribuir.
Ela não quer.

Ela me acha um saco.
Ela me acha insuportável.
Ela me acha inconveniente.
Ela me acha tudo, menos o que eu gostaria que ela achasse.

Eu no fundo sei que não combinamos.
Ou combinamos.
Vai saber?
Ela me atrai demais, demais e demais!

Amo ela e o que recebo em troca?
Nada.
Ou melhor, recebo.
Uma certa indifrença.
Não recebo o amor que eu quero.

Mas mesmo assim a amo.
Demais. Como nunca amei ninguém.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Saudade

Saudade só existe na lingua portuguesa.
Em espanhol o que mais se aproxima é 'recuerdo', que é recordação.
Recordação que em inglês se fala 'remember'.

Ainda bem então, que eu posso falar e escrever saudade.
E eu estou com saudades.
Tenho saudades eternas que nunca sacio.

Saudade do sorriso, do cheiro, do gosto e de um abraço que eu sempre tiro a 'fórcéps'.
Saudades do bom coração. Do caráter, da beleza!
Sinto saudades das horas ao lado, das provocações, da sinceridade e da fala calma.
Ou da fala bruta, tanto faz.


Ela senta saudades de mim?
Duvido.
Ou sente?

Às vezes acho que me engano, mas nunca pensei isso de alguém.
Às vezes acho que ela gosta de mim.
Lá na frente pode dar certo.

Mas o poder é uma suposição.
E isso que me aflinge.
Me corrói.


Mas enfim, sinto saudades demais dela
E acho que só vou poder matá-las de uma maneira
Que talvez não seja possível por enquanto.

Que pena!

Ruth Cardoso: Uma primeira dama, como poucas

FHC e Ruth : Casamento pessoal, político e profissional.

Ruth Cardoso, faleceu ontem aos 77 anos de arritmia cardíaca em sua residência no bairro de Higienopólis em São Paulo.
A ex primeira dama foi uma das mais importantes intelectuais do Brasil e pessoa influente na cena política do momento. Não só porque era esposa do ex presidente Fernando Henrique Cardoso, mas também por ser uma mulher politizada e antenada com o que acontecia no Brasil e no mundo.

Irei por uma linha de raciocínio diferente da comum nesses momentos. Em que a imprensa faz uma retrospectiva da vida da pessoa do ponto de vista profissional. Falarei, claro da antropóloga Ruth, mas usarei como fio condutor, seu comportamento nos mandatos do seu marido Fernando Henrique Cardoso.

Fernando Henrique e Ruth eram recém formados em ciências sociais na USP. Ela em antropologia e ele em sociologia, quando casaram em 1953. FHC virou um dos mais respeitados professores e sociólogos do país logo depois se tornou político. Senador e depois presidente. Ruth, sempre desenvolveu seu trabalho com louvor em sua área. Estudos sobre favelas, grandes cidades, urbanização etc.

Em 1968 foi cassada e exilada junto com o marido e retornando, com a anistia em 1978, sempre manteve uma vida cívica ativa.

Quem me conhece sabe das minhas discordâncias com a era FHC (1995-2002). Um governo que teve acertos e erros. Mas dona Ruth, foi um exemplo de primeira-dama. A melhor que já vi e uma das melhores do mundo.

As primeiras damas no Brasil geralmente são madames egocêntricas, festeiras, corruptas , cúmplices ou então acomodadas. Ruth Cardoso, não!
Talvez por sua formação, ela criou núcleos de incentivo a educação, alfabetização, alimentação enfim, maneiras de se pensar um país a longo prazo sem as amarras de um governo.
Seus projetos estão aí. Até hoje.

A ex primeira dama será lembrada como uma mulher decidida, arrojada e inteligente. Vai fazer falta. Ela falece, e com ela se vai também um pouco da geração de 1968, um pouco do pensamento crítico, um pouco do ideal da mulher ideal.
Entra para a história e fará falta!

Um texto

Um texto como não se vê nos livros técnicos
e também não se vê nas revistas e nos livros de sacanagem.

Um texto que não é igual a notícia quente da internet,
ou aquela meio morna do jornal.

Um texto que não chama a atenção como aquela pichação no prédio público
Ou aquele anúncio gigante no meio da avenida no centro da cidade.

Um texto nada inspirado. Não, como aqueles dos apaixonados, não como aqueles de amor.
E nem como aqueles manifestos enfurecidos contra alguma coisa ou alguém.

Simplesmente um texto. Sem nada pra falar. Sem nada a dizer.
Ocupando espaço.

terça-feira, 24 de junho de 2008

'Tá me dando um sono...'


'Uahhhhhh', um bocejo. Xiii é o sono que está batendo. Hora de ir pra cama. Deixar o que está fazendo e descansar para mais um dia. Aí é que acontece uma das coisas mais rotineiras da vida (e para algumas pessoas chatas), a preparação para ir dormir.

Primeiro é se desprender das coisas que você está fazendo. Claro, a dúvida é grande. Ir dormir ou continuar assistindo TV? Oh! dúvida cruel!

Depois, escovar os dentes. Se olhar no espelho pela última vez ao dia e, com a boca cheia de pasta. Lindo, não?
Pois é. Lavar o rosto, passar cremes e aquele clima de limpeza e de bucolismo.

Algumas pessoas (como eu, por exemplo) tomam água antes de se recolher. Sabem como é, né? Ficar umas 6, 7 horas sem tomar faz mal. Então tomemos uns 2 copos antes de dormir. Faz bem.

Entrando no quarto, vamos trocar de roupa. Colocar o pijama. Alguns homens, dormem de cueca, algumas mulheres dormem deliciosamente com um roupa bem leve (e cá entre nós, bem sensual).
Se a cama está arrumada, ótimo! Se não está, é hora de arrumar. Travesseiros, lençóis, edredons hummmm o sono aumenta mais ainda.
Apaga a luz, liga o abajour, faz uma oração se você acreditar. O camarada vai te dar uma boa noite de sono, acredite.

Deitamos e quando deitamos o quarto se torna tão grande,se torna o nosso mundo. A cama é a nossa aeronave em que pilotamos um belo sono. Nada para nos incomodar, nada para nos interromper, apenas o silêncio. Em alguns lugares, barulhos de grilos, em outros carros e motos passam 'rasgando' o asfalto vez ou outra. É a hora de você dormir. Mas antes, um encontro com uma velha amiga.
A consciência.

Nessa hora, passa um 'filme' na cabeça sobre o que você fez durante o dia. Se fez algo de ruim, ou do que se arrepende, agora é a hora da cobrança interna, meu caro. Se fez algo de bom, vai com certeza lembrar e superestimar aquilo. O pensamento, por último, vai para as pessoas queridas e odiadas. Se você estiver apaixonado, então! Pensar nela (ou nele) será inevitável. Ahhh o amor.

É, agora o sono aumenta, você já começa a viajar e e pensar nada com nada, aí é hora de você pegar e se preparar para amanhã, que como diz a música "será um lindo dia". Um dia duro, mas prazeroso e.....ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

É, você dormiu! Todo dia é assim e sempre será!

Boa noite!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dizem que perco tempo.
Ás vezes acho que sim, outrora não.
Eu não sei o que não é perder tempo nessa vida.
Ela é apenas uma bomba relógio prestes a explodir, não é?
No caso, a explosão é o fim.

Sempre estamos em contagem regressiva.
Esperando sabe-se lá o quê.
Então no fundo, tudo que eu faço é perder tempo.

Com ela eu não perco.
Eu ganho.
Eu sonho.
Eu espero o tempo que for.
A espera é difícil eu sei.
Mas um dia cessará. Acabará.

Aí certamente eu serei mais feliz.
Minha felicidade depende unicamente de mim.
Mas se completa com ela.

E eu aguardo.
Já esperei tanto tempo pra tanta coisa.
E por ela vale a pena.
Ela é alegria, é coisa nova, é beleza!
É sorriso, é jovem, é linda!

E eu? Continuo sendo eu.
Uma figura mítica, quase.
Uma lenda, de tão diferente.
Estranho. Complexo.

Um cara que crítica Deus, mas não consegue dormir e sair de casa sem clamar por ele.
Um cara que critica os namorados e suas manias, mas não vê a hora de ter uma aliança de namoro na mão.
Um cara que odeia e ama as pessoas ao mesmo tempo.
Volúvel.

Mas inflexível quando se fala nela.
Não importa o que pensem e o que falam .
Não importa.

Existem outras por aí, eu sei.
Mas nenhuma como ela.
Nenhuma.

Eu perco tempo com tanta coisa
E com ela eu ganho.
Ou pelo menos nem perco nem ganho.

Eu ganho a esperança e nisso é que eu fico.
Eu ganho amor no coração e é nisso que eu fico.
Fico Esperando.
Amo.
Serei recompensado.

Quase um segundo

Eu queria ver no escuro do mundo
Onde está tudo o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

O erro

Onde foi que eu errei?
O que foi que fiz pra te perder?
O que não fiz?

Sei lá.
Sofro demais por esse erro.
Erro que eu não sei qual é.
Mas sei que houve.

Por precaução demais, por respeito demais
Ou por lerdeza demais.
Sei lá.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu ia ser feliz

O frio

Hoje quando cheguei, às 17 horas, estava um clima agradabilíssimo.
Frio e um entardecer antecipado. O céu estava nublado e naquele cor de anoitecer.
Azul escuro.

Isso atiça algumas lembranças minhas emocionais.
Coisas da infância.
Coisas que a gente marca e assimila com alguma característica. No caso, o frio e o entardecer.

Carro fechado, companhia paterna ao lado, São Paulo, chuva, boa música no rádio.
Esperança no rosto, felicidade, proteção.
Sem responsabilidades, trabalho, amores perdidos e coisas assim.

Ah! O frio!
As pessoas se vestem melhor, comem melhor.
Se protegem mais, tudo é mais aconchegante.
Quer saber?

Quero que você me aqueça nesse inverno e que tudo mais vá pro inferno!
Frio congelante e deliciante.
No som um blues surrado.
Qualquer coisa na TV.
Aliás a TV é qualquer coisa.

O pensamento está nela.
O bolso está no carro.
A barba por fazer.

Aliás blues me lembra noite chuvosa
Noite chuvosa lembra solidão
E solidão lembra eu a qualquer dia e hora.

domingo, 22 de junho de 2008

Garoto perspicaz

Nada como ser um pinto no lixo.
Ou como ser um lixo do Morumbi jogado em Itaquera.
O cara que até pouco tempo era rejeitado, hoje é adorado.
Virou requisitado.

O garoto sempre foi perspicaz.
É difícil enganá-lo.
Só mulheres o engana.
Mas como se diz o ditado:
"NADa dura pra sempre"
Ele espera.

Nosso personagem começou a perceber que a adoração tinha outros sentidos
Sentidos de vingança, de desapego ou então de falta de bem... é isso mesmo!
Nenhuma dessas 'adoradoras' chama a atenção do garoto.
O garoto é perspicaz, ligeiro.
Cai fora dessas 'chaves de cadeia'.
Ou dessas 'tias'.

Mas elas insistem!
E deixa o garoto irritado.
Ele começa a pensar na hipótese de ser mal educado.
Não condiz com ele.

Vai levando em banho-maria e partindo para indiretas.
Talvez adiante, talvez não.
Ele quer que dê certo.

Ele deseja simplesmente continuar sendo um rejeitado.
Isso ele até agora não deixou de ser.
Mas rejeitado e sozinho é melhor do que mal acompanhado.

O reencontro Didi e Dedé


Confesso que foi emocionante a volta de Dedé Santana para a TV Globo hoje e seu reencontro em cena com seu velho parceiro de 'Trapalhões' Renato Aragão.

Para quem não sabe, quando iniciaram a carreira, Renato Aragão e Dedé formavam uma dupla (Didi e Dedé). Eles tinham um programa na TV Rio. Depois disso, é que foram chamando outras pessoas e criaram o grupo humorístico de maior sucesso do Brasil: 'Os Trapalhões'.

Para eu, que não sou da época deles, mas sou um apixonado pela história da TV e que os assisti pelas reprises da Globo já foi deveras bonito. Imagina para quem tem seus 30 anos ou mais, que passavam seus finais de tarde de domingo rindo com as trapalhadas daquele pessoal?
Minha mãe que o diga. Se emocionou. Era a volta da infância

Renato Aragão e TV Globo finalmente fazem justiça a um dos melhores escadas do humor brasileiro. Boa sorte!

Corte de cabelo

Tô cansado do meu corte de cabelo. Mantenho ele assim desde 2005. Mas sei lá, cansei!
Quando ele cresce fica todo arrepiado e sem forma e deixa minha cabeça parecendo uma jaca de tão grande.

Vou pensar em que corte manter.
Talvez Mullets??? uahuahuahuahuahuahuauh

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dose Dupla, por favor!

O Bar estava vazio e solitário.
Praticamente fechando.
Um garçom no balcão e uma música velha tocando
Ele entra no bar.
Pede algo para beber. E toma.
Mais uma dose e ele toma.
Toma!
E vai pensando cada vez mais nela.

E pergunta a si mesmo:
O que é a vida sem amor?
Aliás, num segundo se corrige e diz:
O que é a vida com amor?

Ele olha ao redor e vê o ambiente.
Amarelo e vermelho.
Bebidas expostas na parede
Ao som de 'Sua Estupidez' cantada por Gal Costa
São 3 e meia da manhã.

O garçom irritado começa a recolher mesas e cadeiras.
É uma forma de dispensar o único cliente.
E aí a música toca aquele trecho que só Roberto mesmo pra fazer
"Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo"
É a gota d'água.

Ou melhor: São as gotas d'água.
Lágrimas.
Sensação de fracasso. De inutilidade.
Incompetência.

Nada e nem ninguém a volta para um desabafo.
Para oferecer um ombro amigo.
O copo é apenas um objeto. Não pensa.
Mas a bebida ajuda a refletir.

Refletir sobre o quê?
Sobre a eterna perda?
Sobre seu fracasso?

Nessa hora, com certeza ela estará com outro.
Aos beijos, abraços e na cama.
Ah! Outro cara está se abundando em tudo aquilo que já foi seu.
Aliás seu não. Porque ela nunca foi sua.
No fundo, ninguém é de ninguém

Nessa hora ele só tem uma ação.
Olha bem pro garçom e diz:
"Mais uma dose dupla por favor!"
Eu tenho uma blusa legal.
Ela é azul petróleo, decotada em 'V'.
De marca.
Deve ser caríssima.
Ganhei de presente.

Eu gosto de usá-la.
Ela é meio social.
Mas eu fico parecendo um tiozinho.
Com o óculos mais ainda.

Devo andar com a blusa
Ou ser o novo Tarzan e passar frio?

Descrição do momento

À frente uma Camisa do Corinthians.
Ao lado um pacote de batata fria, uma TV velha e CDs
Do outro lado uma cama desarrumada.

E no espelho eu.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Aperto no coração

Só de imaginar e saber que muito provavelmente eu nunca vou tê-la comigo, sinto um sufoco, um aperto no coração enorme. Uma dor imensa. Uma cicatriz que acho que nunca vou conseguir curar.

Gosto tanto dela assim!

A minha vontade

A minha vontade era agarrá-la ali mesmo, na frente de todo mundo e beijá-la, abraçá-la senti-la.
A minha vontade era dizer mais uma vez e com todas as palavras que eu a amo mais que tudo. Gritar mesmo, EU TE AMO!

Mas não. Lado racional no comando. Não fiz nada. Ela já sabe disso tudo mesmo.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

SBT ressucita 'Pantanal' (e a moda antiga!)

Desde segunda-feira, o SBT está reprisando 'Pantanal'. Produzida pela finada TV Manchete em 1990, escrita por Benedito Ruy Barbosa e com um elenco estelar, a novela foi o maior sucesso. Chegou a ganhar da Globo na audiência. Mas ao contrário do que se fala, não derrubou a audiência da novela das 8 global (na época a boa 'Rainha da Sucata), pois era exibida logo após o término da novela da Globo.
Aliás, era 'Rainha da Sucata' terminar para a Manchete interromper o que passava para exibir 'Pantanal'.

A novela foi uma super produção e tem uma boa história. Mas vendo hoje está muito envelhecida. Desde quando a Manchete a reprisou em sua agonia em 1998, 'Pantanal' está velha, suas imagens naturais chegam a causar medo devido aos finados animais e meio ambiente que aparecem. As imagens estão embaçadas e envelhecidas. Também pudera! Além de ter 18 anos, não se teve lá muito cuidado com a preservação das fitas (estavam jogadas no prédio falido da Manchete, até um empresário comprar).

Pois bem, esse empresário comprou e as revendeu para Sílvio Santos, que começou a fazer uma campanha de marketing bem a là SBT para promover a novela.
Primeiro, montou uma enquete: 'Qual novela você gostaria de rever?' Estranhamente 'Pantanal' ganhou-a.
Depois, começou a prometer uma 'arma secreta' para as noites da semana. E finalmente, na última segunda-feira foi ar a tal 'arma', era a enésima reprise de 'Pantanal'.
A única coisa que mudou foi a medonha abertura. O SBT fez uma, a toque de caixa, cuja tosquice concorre com a original da Manchete.

A reprise começou a dar audiência e o que SS fez? Começou a anunciar que iria exibir 'Pantanal' só depois que a novela da Globo 'A Favorita' acabasse. Repetiu a tática da finada Manchete e também do próprio SBT em priscas eras.
Exemplo: Em 1985 ao exibir com sucesso a série 'Pássaros Feridos', Sílvio anunciava até sem seu programa de domingo: 'Assistam 'Pássaros Feridos, depois de 'Roque Santeiro' (a novela da Globo), a série só vai começar depois que a novela terminar)'

Este é o modo SBT de fazer televisão. Modo antigo e que a emissora paga alto por continuar utilizando.
Quanto a 'Pantanal'? Compare as duas aberturas, a original e a do SBT e veja qual é a mais medonha.



Caramba!

Esse blog foi tomado por uma onda de fossa imensa. Sinto que joguei o coitado no Rio Tietê. Vou retirá-lo. Socorro hein!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Os 'Detalhes' das 'Flores do jardim da nossa casa'

Não adianta nem tentar me esquecer
durante muito tempo em sua vida eu vou viver

Detalhes tão pequenos de nós dois
são coisas muito grandes pra esquecer
e a toda hora vão estar presentes
você vai ver

Se um outro cabeludo aparecer na sua rua
e isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua
o ronco barulhento do seu carro
a velha calça desbotada ou coisa assim
imediatamente você vai lembrar de mim

Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido
palavras de amor como eu falei, mas, eu duvido
duvido que ele tenha tanto amor
e até os erros do meu português ruim
e nessa hora você vai lembrar de mim

A noite envolvida no silêncio do seu quarto
antes de dormir você procura o meu retrato
mas na moldura não sou eu quem lhe sorri
mas você vê o meu sorriso mesmo assim
e tudo isso vai fazer você lembrar de mim

Se alguém tocar seu corpo como eu, não diga nada
não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada
pensando ter amor nesse momento, desesperada, você tenta até o fim
e até nesse momento você vai lembrar de mim

Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada
do tempo que transforma todo amor em quase nada
mas quase também é mais um detalhe
um grande amor não vai morrer assim
por isso, de vez em quando você vai
vai lembrar de mim

Não adianta nem tentar me esquecer
durante muito e muito tempo em sua vida eu vou viver

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As flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudade de você
E as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam a vontade de viver
Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
Não, não, não, não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

As coisas que eram nossas se acabaram
Tristeza e solidão é o que restou
As luzes das estrelas se apagaram
E o inverno da saudade começou

As nuvens brancas escureceram
E o nosso céu azul se transformou
O vento carregou todas as flores
E em nós a tempestade desabou

Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
Não, não, não, não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
Mas não faz mal
Depois que a chuva cair
Outro jardim um dia
Há de reflorir

Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim
Não, não, não, não, não posso mais
Não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

As frases que mais ouvi essa semana...

1 - 'Porra Caio, olha o que você está fazendo consigo mesmo?'
2 - 'Você não precisa disso.'
3 - 'Você é inteligente, bonito e tem postura, pra quê isso?'

Beleza, eu tenho toda essa noção e mais um pouco. Sei que sou foda em algumas coisas. Só que não consigo colocar porra nenhuma em prática. Me perdi em ilusões, em imagens e situações.
Estou a um ponto de mandar tudo e todos pra puta que o pariu, um 'restart' mesmo, e começar mais uma vez do zero. Eu conseguirei, se quiser. Mas e o medo? O medo de tomar decisões?

Assim como estou a um ponto de cometer um 'suicídio' do ponto de vista sentimental, ou seja, assumir de vez minha condição de verme rastejante para ela e mesmo com todas as situações adversas e humilhações constantes continuar declarando meu imenso amor e continuar sendo um step dela.

Falta vergonha na minha cara para tomar uma decisão.
Meu pouco orgulho não deixa eu virar um verme de vez.
E eu estou sem coragem suficiente para mandar tudo pro inferno.

O pior de tudo, é que certas pessoas ainda vão sentir falta disso tudo. Aguarde e verá. O que eu fiz, ninguém faz.

Meu Mundo e Nada Mais



Quando eu fui ferido vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia

Só sobraram restos e eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha

Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer

Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais

Não estou bem certo se ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura

Como ser mais livre, como ser capaz
De enxergar um novo dia

What's going on?

Texto 'chupinhado' do blog da muxiba. Belas palavras, por sinal e aí está na íntegra. É a fossa, é a fossa!


Acho que inicia-se uma depressão em minha pessoa. E dessa vez me parece um sinal real. Tá tudo muito estranho.

To sentindo um vazio, batimentos acelerados, aquela dor de estômago misturada com um injôo, as lágrimas que teimam em cair... minha cabeça tá a mil.
Hoje estou usando meu blog com a finalidade que já tinha citado em um post anterior, a função de terapeutico, de tratamento... sabe quando tá um nó na garganta e você precisa por pra fora de alguma forma? mas percebi que não adianta falar com as pessoas, por mais prestativas e atenciosas que elas possam parecer comigo, acho que elas não devem me entender...
De uns tempos pra cá andava meio angustiada, e agora só tá piorando. Tenho altos e baixos, tem hora que tô muito contente, tem hora q tô na fossa total. Deve ser o tal do humor bipolar ou alguma outra esquisitice.
Queria explicação pra algumas coisas, ou melhor, queria saber aceitar algumas coisas. Pq tem coisas qua nos recusamos a aceitar? Pq é tão difícil aceitar a perda? Aceitar que as coisas nem sempre são do jeito que estávamos esperando?
Aliás, esperar é a palavra maldita, ESPERAR... sempre esperamos alguma coisa, esperamos as coisas dos outros, sempre esperamos que seja do jeito que imaginamos, sempre... esperar traz frustrações, decepções... e quando isso acontece não adianta culpar o outro não... a culpa é sua por criar ilusões e esperanças a respeito do outro... é eu sei, é complicado... mas ngm tem a obrigação de atender as esperanças do outro...
É difícil aceitar isso, é difícil entender, é dificil suportar quando tudo vem abaixo. Quando o teto desmorona sobre sua cabeça, quando não há mais chão sob seus pés, parece que tudo perde o sentido e ficamos sem saber pra onde correr e pra quem correr.
Pra quem? Estamos sozinhos nessa, infelizmente.
Tudo parece tão sem graça, tão superficial...

As vezes penso que o meu mal é me jogar de cabeça quando realmente gosto e me importo com alguém. Talvez se entregar por inteiro de corpo e alma, sem medo de ser feliz seja o problema. Mas aí é que nã entendo, não seria esse o certo? Você se doar pro outro, compartilhar, mostrar que você está alí sempre que preciso... pq então quebrar a cara? Ah já sei, pq esperamos....

As vezes ouvimos coisas e interpretamos de uma outra forma... talvez de uma forma + profunda doq realmente aquelas palavras signifiquem....

Penso que a saída talvez seja ter um coração de pedra, sempre protegido de facas que possam surgir assim repentinamente. Ainda não tentei isso, talvez seja essa a hora.... pq chega um momento que ficamos cansados... e eu cansei... e sei que O MUNDO NÃO VAI PARAR PRA QUE EU CONSERTE O MEU CORAÇÃO!

Arrependimentos? Não tenho. Pois sei que o que eu faço é sempre sincero e de coração aberto.

O que fazer agora eu ainda não sei muito bem, ando meio atordoada... ando vivendo uma falsa felicidade.... visto a minha máscara de riso enquanto por dentro me desmancho em lágrimas. Mas faz parte, quem é que nunca se fez passar por bobo na corte?



Amigos geralmente me procuram com algum problema, eu me considero até que uma boa conselheira, gosto de ajudar as pessoas com suas crises, mas o pior de tudo é não conseguir ajudar a mim msm... é patético! Sei exatamente o que eu tenho que fazer, mas não faço... talvez pq o que eu sinto dentro de mim seja mais forte e tome conta de tudo...

Aprendi que devemos respeitar o caminho dos outros... que temos que deixá-los ir quando eles querem, e não quando a gente quer.... nenhuma pessoa passa na nossa vida por acaso, umas são passageiras, outras vem pra ficar e outras vão embora e deixam uma vontade imensa de ficar.... mas nem sempre a minha vontade é a mesma vontade do outro...

Temos o livre arbítrio, e cada um faz a escolha que achar melhor...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ser solteiro no Dia dos Namorados é...

...deprimente!!! Aliás, namorar no dia dos namorados é deprimente. Ninguém vai conseguir me convencer de que não é deprimente ficar horas numa fila esperando vagar uma mesa de um romântico restaurante ou de um quarto de motel.
Mas o assunto não é namorar no dia dos namorados - por mais deprimente que seja ver a terceira ponte em Brasília repleta de casais de mãos entrelaçadas observando o por do sol ao som de algum cd da Ivete Sangalo ou do Rod Stewart .

O assunto é ser solteiro no dia dos namorados. Existem vários tipos de solteiros. Todos eles são deprimentes no dia dos namorados. Sem exceção.
Aliás, todo o clima do dia dos namorados conspira para a depressão. Propagandas de perfumarias, outdoors de lanchonetes que mostram casais apaixonados servindo sorvete na boca do amado, lojas de sapatos que tentam convencer que um conjunto de sapato social e cinto é um ótimo presente de dia dos namorados. Deprimente.
Ouvir rádio nem pensar. Recomendo aos solteiros de plantão que não saiam de carro sem uma boa coleção de cd´s. Ouvir a programação das rádios no Dia dos Namorados é pedir um tiro na têmpora. Nada pior do que o locutor atacando de cupido ao som Roxette. Deprimente demais.

Mas voltando aos solteiros, esses seres deprimentes. Aliás, eles e essas festas temáticas do Dia dos Namorados só para solteiros. É deprimente usar aquele papinho, no meio da balada, de que está procurando uma namorada no Dia dos Namorados. Só pode ser algum tipo de chacota!! Ou será que alguém já encontrou o par perfeito prometido nos panfletos dessa festa e saiu namorando?

E o pior é que o solteiro não tem prá onde correr. Ficar só em casa no Dia dos Namorados é deprimente demais. E é aí que o solteiro se defronta com uma série de problemas. Se ele resolve chamar uma guria para sair com ele no Dia dos Namorados ele corre sérios riscos.
O primeiro é o da guria não aceitar alegando que tem outro compromisso. Além de ser deprimente tomar um fora no dia dos namorados é deprimente saber que muito em breve a guria estará namorando outro cara. Se o solteiro estiver apaixonado pela guria então, será como se seu pobre coraçãozinho tivesse sido arrancado do peito e arrastado num muro chapiscado. Depressão pura.

O segundo problema acontece no caso da guria aceitar o convite. E um relacionamento que era puro sexo casual, automaticamente assume um status de compromisso, ainda que não tenha sido essa a intenção. O Dia dos Namorados têm esse poder mítico. Se o solteiro estiver apaixonado pela menina e ela aceitar o convite, automaticamente o solteiro perde esse status, ainda que os dois não saibam que estão namorando a partir daquele momento. É deprimente!!!
O terceiro problema ocorre quando a alternativa de chamar uma menina para sair não é viável. Seja porquê toda agenda do solteiro já tem compromisso agendados, seja porquê o solteiro não tem nem um número decente na sua agenda. Você vai ter que aceitar sua sina e ir prá uma dessas deprimentes festas temáticas de Dia dos Namorados. E aí o problema aponta dois caminhos: o solteiro sai e não consegue arrumar ninguém. Deprê total. O solteiro sai e arruma uma pobre coitada que caiu no papinho da alma gêmea ou de que está em busca de uma namorada.

Você vendeu uma farsa e vai ter uma trabalheira danada para convencê-la de que só estava atrás de sexo casual no dia dos namorados. O que é deprimente.
Mas mais deprimente ainda é a situação do recém-solteiro. Esse pobre sujeito que depois de anos vivendo intensamente uma relação que deixou marcas indeléveis em seu coração irá passar seu primeiro dia dos namorados sozinho. É muito deprimente.
Se ficar em casa será consumido pela depressão e relerá todas as cartas apaixonadas que trocaram no auge da paixão e hoje estão guardadas em uma caixa de sapatos no fundo do armário. Ouvindo aquela velha fita cassete que ilustra os momentos tenros passados junto do seu antigo amor.

Se criar coragem e resolver encarar a rua andará sempre atormentado. Olhando para os lados. Angustiado. Imaginando que a qualquer momento pode esbarrar com seu passado. E o que é mais deprimente, seu passado pode vir à tona acompanhado de um marmanjo qualquer. Isso sim ia ser deprimente demais.
Tanto quanto encontrar o passado sozinho, voltar no tempo e tentar reeditar momentos que não voltarão com a naturalidade e ao ardor de antes e que só servirão para angustiá-lo e deprimi-lo ainda mais.
Ao solteiro no Dia dos Namorados, sugiro apenas que pegue o primeiro avião para um destino insólito, onde as pessoas não sejam tão deprimentes a ponto de instituir um troço chamado “Dia dos Namorados”.

O PIB cresce como não crescia há muito tempo, e os jornalões...

O PIB cresceu no último trimestre, 5.8%. Um número alto e incomum no Brasil. Ponto para o governo e para o mercado produtivo.
O que alguns jornais como a Folha de SP e o Estado de São Paulo noticiaram como manchete?

- Folha: PIB cresce 5,8%, mas indica desaceleração

- Estadão: PIB mostra alta nos gastos de governo e freada no consumo

Humm, isto é que é imparcialidade, né?

Aguardaremos a ' Veja' no fim de semana....


segunda-feira, 9 de junho de 2008

'Quando fui ferido...' 2

Pensa em um louco desvairado voltando pra casa em seu carro e embriagado na mistura Caipirinha X Café e Dor de Corno. Pensou?
Agora pensa no louco ouvindo repetidamente 'Meu Mundo e Nada Mais' do Guilherme Arantes, em volume máximo e cantando junto. Cantando, não, gritando?
Já pensou?
Eu realizei.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Obama é o candidato democrata


Barack Obama ganhou a indicação do Partido Democrata e será candidato a presidência dos Estados Unidos. Algumas considerações.

1 - A possível eleição de Obama não mudará nada ou pouquíssima coisa.
2 - A eleição de Obama (se ela vier mesmo, claro), será meramente simbólica assim como foi a de Lula. (um negro presidente, saca?)
3 - Não se esqueçam que ele será, se vencer, o presidente americano e defenderá os interesses dos EUA e os interesses deles sempre batem contra os do mundo.
4 - Obama não mudará pois lá (como cá), o sistema político é podre. Se mudar demais, cai ou morre.
5 - Apesar de tudo, Obama é sangue novo, é renovação e mesmo com esses 'poréns' todos é bem melhor que o republicano John McCain, seu adversário.
6 - Torço e apóio Barack Obama. Vamos ver no que dá!

A 'volta' do Programa Silvio Santos

Silvio Santos e a 'volta' do seu programa. Uma volta, sem ir, afinal ele não sai do ar desde 1962


No último domingo reestreou o Programa Silvio Santos. De novo, convenhamos, não há nada. É uma colagem de várias atrações antigas de SS, que resultaram num mix de 3 horas com o nome de Programa Sílvio Santos. É o bom e velho Silvio Santos de sempre. No meio do auditório, brincando com as 'colegas de trabalho' e também com o dinamismo e improviso. Enfim, nesse programa ele é o Silvio Santos que sempre foi, desde 1962, quando estreou na finada TV Paulista.

Ultimamente, SS vinha fazendo programas estranhos à sua característica. Eram programas bons, mas colocados em péssimo horário e que deixavam Sílvio muito 'amarrado'. Não dando margem à interação com o auditório, ou a improvisação. Resultado: Soava artificial demais ao telespectador.

Mas voltando ao programa. Eu gostei e muito. Senti saudades de outras eras, quando era criança e via o Silvio o dia inteiro quase na TV. Agora vai dar pra matar um pouco a saudade dessa época.
O cenário é claro, florido. Lembra um pouco o do finado 'Hot Hot Hot'. Sílvio à vontade. Auditório animado.
Enfim,o fato é que, esse programa começou e começou bem. Deixou o SBT em segundo lugar e por 10 minutos em 1 lugar. Palmas para Silvio Santos.

Mas estranhamente algumas pessoas e setores da imprensa tratam esse programa como a 'volta' do PSS ,ou pior, a volta de Silvio Santos.
Ora, o Programa Silvio Santos nunca saiu do ar. Só foi se reformulando. E Sílvio não sai do ar desde 1962. A 46 anos!!
Como já disse não é volta nenhuma, apenas um remendo de algumas coisas que ele fez e dentro de um guarda-chuva só, ou melhor, um programa.

Mas não é apenas um programa, é a atração comandada pelo melhor apresentador da história da TV brasileira e que nós ainda temos a honra de contar com ele.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Pele morena

Pele morena, nem negra e nem branca.
Carinha de menina do interior
Cabelos pretos, longos
Narizinho arrebitado
Olhos desconfiados.

Corpo perfeito, sem ser escultural ou chamativo
Roupas discretas, mas sensuais
Andar comum, mas fatal
Sorriso tímido e mortal

Tentações em toda a parte
Socorro!
Tem 19 e é noiva desde os 16
Socorro!

Ela me lembra ela
Ou seria ela que me lembra ela?
E eu lá vou saber?
Sei é que tem pele morena também.

O homem que queria descer a Rua

Ele sempre teve tara por ela.
Lembrava vagamente dela na infância
Começou a andar por ela de vez em quando há pouco tempo
Se fascinou

Descobriu que lá aconteceram grandes coisas
Guerras estudantis, revoluções culturais
E ainda acontecem.
Peças teatrais, manifestações sociais

E de repente ele começou a passar todo dia
E só atravessava ela, infelizmente
Mas o homem começava a olhar toda a hora para aquela descidona
Linda! Se sentia feliz. Queria descê-la

Num belo dia, ele desceu e subiu a rua!
Oh! Quanta alegria!
Ele não cabia em si de tanta felicidade
Buracos, semáforos, trânsito e marginais

Nada disso fazia ele se entristecer
Ele era só felicidade
Como há muito não sentia
Podia morrer feliz.

Eita homenzinho estranho
Quanto barulho por nada
Talvez ele queira agora usar uma gravata florida

Ultra gripado

Tô ultra gripado. De que adianta eu ter tomado a vacina pra gripe, ué? uhauhauhahuauhahuahu

domingo, 1 de junho de 2008

Desabafo

Tô triste. Cansado.
Ela faz muita falta.
Me podaram as opções.
Agora sei o que significa a frase daquela música 'olho o banco do lado e não te vejo. Sinto um vazio imenso'.
Imenso. Enorme.
Por um instante quis acelerar feito doido atrás de você.
Mas pra onde?
Ela me acalma, é a minha paz, a minha alegria, o meu amor.
Como nunca senti antes.
Droga de vida!

Ela se sente honrada ao ler isso? Ao ouvir isso? Ao saber que eu sinto isso?
Ou se acha? Ou tem dó de mim?
Pouco importa.
Aliás, muito importa.
Tudo que venha dela muito me importa.
Até mais que eu mesmo.
Até mais que minhas coisas.

Tô triste.
Não serei feliz.
Sinto muito falta dela.
Demais.

Minha vontade é realizar todos os desejos dela, que consequentemente seriam os meus.
Ela não quer e eu sofro.
Como seria bom tudo junto com ela.
Tudo ao redor dela.
Eu me sinto cada vez mais sozinho.
Cada vez mais solitário.

Amo ela demais. Demais mesmo. Pra cacete. E isso me consome muito.
Até quando?
Chega de escrever.
Vou curtir a solidão de minha cama e a minha solidão de cada dia.
Sem ela pra me animar.
Sem ela.
Sempre sem ela e sempre faltando algo que eu sei bem o que é.
É ela.