sábado, 26 de julho de 2008

Melancolia

Ando melancólico, ouvindo músicas calmas. Tão calmas que me dão sono. E o sono é a fuga. A fuga da situação. A situação que me consome. O que me consome além da situação? Ela. Sempre irá me consumir.

Mas deixando de lado o jogo de palavras barato, a melancolia é um barato estranho. Não é alegre e nem triste. É meloso, choroso tem um quê de tristeza mas uma ponta firme de esperança. A última que morre. Aquela que lhe faz brilhar os olhos, levantar o rosto e dizer: "Tudo vai dar certo".

A melancolia está presente nos momentos apropriados. Nos momentos de solidão, introspecção e reflexão necessárias. A tristeza ou a alegria não. Essas a gente controla menos e às vezes podem surgir em horas inconvenientes.

Para alguns, a melancolia é 'teatrinho'. Bando de insensíveis. Viver a plenitude dos sentimentos não é para qualquer um. Não é qualquer pessoa que consegue sentir um sentimento de verdade. Todos, absolutamente todos, acham que amam de verdade, se apaixonam de verdade, estão tristes de verdade. Puro engano. Não sabem aproveitar, dominar e curtir o sentimento. Apenas se deixam levar.

Eu, me deixo levar também, mas consigo sentir, perceber bem o que se passa comigo quando estou melancólico. É a luz ali, sozinha iluminando o nada. Sou eu, pensando em coisas e pessoas que não estão nem aí para mim. É meu cachorro se lambendo feito louco. Ele sim, não controla nada. Mas não reclama também.
Na janela, vejo ruas escuras, pessoas encaixotadas em veículos correndo para lá e para cá. E mais luzes. Casas apagadas, casas acesas, deve-se ter mais pessoas por aí acordadas a esse horário.
Vejo camas vazias, quartos vazios, me vejo no espelho. Um fio branco ali e outro aqui, uma cara cheia de espinhas.

No fundo, me toco que estou dependente nesse momento de um computador. Que nada mais é do que placas com código binário.

Uma música toca. O silêncio da rua também é fascinante. Isso é solidão e solidão é melancolia.

Talvez você nunca vá me entender. E não é porque você é melhor ou pior do que eu. Nós somos diferentes, só isso. Eu quero entrar no seu mundo, mas você não entra no meu. Ou será que eu consigo entrar nele e você não consegue entrar no meu?
Sei lá. Pouco importa.

Acho que não consegui dizer nada nesse texto. Ou muito pouco do que queria expressar.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

São duas horas da madrugada de um dia assim...

E aqui estou eu sozinho, largado e contando as horas para nada.
E você, por onde anda? Onde estará nesse exato momento?
O que estará fazendo?
Procuro não imaginar.
Saudades demais.

Foca e sua conotação pejorativa

Foca é um dos animais mais bonitos que existem. Geralmente cinza, brincalhão, pode ser visto em grandes parques aquáticos ou na natureza mesmo, brincando com bolas, pulando de lá pra cá e sempre fazendo coisas engraçadinhas para os turistas e se mostrando. Pois é, isso é foca no reino animal. No meio jornalístico também existe o termo "foca".
É aquele jornalista recém-formado (ou estagiário), jovem e ávido por mostrar serviço. Na ânsia, às vezes, ele acaba por pura inexperiência cometendo alguns erros. Como quer mostrar serviço, ele acaba se destacando mais, errando mais (afinal, está aprendendo) e - em outras ocasiões - desempenhando um serviço melhor do que alguns jornalistas mais antigos. Por isso surge o apelidinho infame, foca.

Não sei se deu pra notar, mas eu detesto essa expressão. Acho-a jocosa, preconceituosa, corporativista e elitista. Usa-se a para justificar eventuais erros ou falta de experiência. Como por exemplo: "Ah, liga não! É foca!"
Mas espera lá, se a pessoa nunca tiver a oportunidade de aprender ela não vai ter experiência e, como ninguém nasce sabendo, por essa lógica, todos um dia foram "foca"?

Ah, eu não! Detesto ser rotulado, ainda mais com expressõezinhas bem preconceituosas como esta. Nesse caso, eu não gosto de focas. Prefiro aquelas dos parques aquáticos mesmo. Bonitinhas e equilibrando bolas com o focinho.

sábado, 19 de julho de 2008

Fala Dercy!



Escuta aqui, o cara! Eu morri. É, muita gente pensou que isso não ia acontecer, não. Mas eu morri.
Eu não falava que todo mundo era feito de porra? Então. Uma hora essa carcaça ia toda pra puta que pariu, mesmo.

Esse pessoal aí de imprensa, de TV, de jornal e tal é tudo estranho mesmo né? Quando eu era mais nova, fazia teatros e cinemas eu era taxada por todos de puta. Isso mesmo, cara. P-U-T-A.
Aí, fui ficando velha, comecei a fazer novela, me tornar a velhinha engraçada né?

Você sabia que eu, o Silvio Santos e o Chacrinha levantamos a Globo? É, cara! Quando ela começou era uma merda danada, o meu programa dava 70 pontos de audiência. Aí depois me botaram pra fazer participação em novela,em novela. Porra!! Chega de tanta novela!!

Aí o Silvio Santos me contratou, fiz um programa lá, mas ele não quer que eu trabalhe. Fiquei lá, recebendo minha grana e gastando tudo no bingo. Vou fazer o quê? Cansei de falar com ele: "Eu quero trabalhar caralho!"

Filmes? Ah, cara. Eu fiz muitos. Eu era uma das poucas vivas daquela época ainda lá da Chanchada e tal. Mas nem me lembro de muitos não. Era tudo aquela putaria de Atlântida, Vera Cruz e o caralho a quatro.

E agora nem eu mesmo acreditei, ô cara! Quarta eu comemorei meus 103 anos. 103! Não é 100 porra nenhuma, é 103. Meu pai me registrou atrasado. Como eu tava dizendo, na quarta eu fiz show, apaguei vela e tudo e agora me dá uma merda dessa?

Como vou fazer agora? Voltar pra aquela porra de cidade que eu nasci? Madalena, esse nome mesmo. Tem um túmulo meu lá. Mas que porra? E meu bingo? E as minhas perucas? E meus palavrões?
Aliás, vai pra puta que o pariu que eu não falava palavrão, não. Palavrão pra mim é fome, é inflação. Desde quando caralho, filho da puta é palavrão? É nada, ô cara! Isso tá na mente das pessoas.

E quem diria hein? Eu, que era tratada como uma puta. Uma atriz menor e marginal, envelheci , agora morri e virei dama da cultura nacional.
Ah quer saber? Não mereço isso não. Vão a merda!

Homenagem do Blog para a grande Dercy Goncalves. Com ela se vai boa parte da história da arte brasileira. Dercy vai em paz e sempre será lembrada pelas pessoas que tentam fazer algo de bom nessa merda, porra!

Justiça seja feita com "Pantanal"!



Tenho que fazer justiça aqui. Quando a reprise de "Pantanal" começou, no SBT, escrevi um post extremamente preconceituoso e vazio sobre a novela. O antigo texto foi escrito baseado em impressões que tinha, bem ao estilo "não vi e não gostei". Como não costumo apagar as coisas que escrevo , vou deixar aí para quem quiser ler. Algumas coisas de lá são aproveitáveis.

Quando "Pantanal" passou pela primeira vez, em 1990, eu tinha algo como 5 anos de idade. Não lembro bem da novela. Lembro do grande sucesso que foi. Principalmente entre o pessoal de um pouco mais idade. Meus pais não assistiram a novela. Talvez eram "fiéis" a Rede Globo, vai saber.
Lembro bem de alguns personagens. Três para ser exato. Jove, Juma e José Leôncio. Lembro também que, com o estrondoso sucesso da novela, a Manchete esticou "Pantanal" ao máximo e criou filhotes. Um deles, era um programa chamado "Pantanal - Por de trás das câmeras", que mostrava o making of da novela. Aliás, por onde anda essa jóia da TV? Deve estar apodrecendo no prédio falido da TV Manchete assim como várias outras coisas.
E o último "lembro" da série é que a Globo para combater "Pantanal" lançou uma novela em seu horário com Tarcisio Meira e Christiane Torloni, escrita pelo grande Dias Gomes. Falo de Araponga. Esta sim eu assistia e era bem engraçada. Mas foi um verdadeiro fracasso. Caiu no esquecimento.

Aí a novela de Benedito Ruy Barbosa foi reprisada em 1992 (ignoro essa reprise, não lembro) e na agonia da Manchete em 1999. Nessa reprise é que eu peguei asco da novela. Imagem tosca, mal gravada, mal iluminada e ao certo ponto exploradora da beleza natural da região. Resultado: A reprise nem terminou, a emissora faliu primeiro. Assisti a um ou dois capítulos aleatoriamente e formei (pré) conceito, tanto que nunca via algo demais nela e nem toda essa pompa que fazem em cima dela.
Não via, agora eu vejo.

Com essa reprise do SBT, comecei a assistir e dar mais uma chance a novela. Não mudei meus conceitos em relação a parte técnica. Mas entendo que em 1990 gravar uma novela - ou qualquer obra - em ambiente externo não deva ser fácil. Mas a história, posso afirmar com certeza, é linda.

A saga de José Leôncio é a saga de vários brasileiros por aí. Um homem rico, bom e que só tem perdas em sua vida. Seu pai sumiu no mato. Casou com uma burguesa carioca, que lhe deu um filho e depois sumiu com o mesmo. Quando se reencontram, o filho rejeita o pai. Ele, que sempre amou a mãe de seu filho, a perde em um acidente de avião e por aí vai. Cláudio Marzo interpretou tão bem que parece que ele sofria mesmo. Uma novela impecável. Burra foi a Globo que não quis fazê-la.
A trilha sonora é linda. Os personagens são intensos e fortes. As imagens da natureza, eu não gosto, acho-as desgastadas, mas também tem sua beleza e importância.

"Pantanal" é o brasilzão velho de guerra. É o Brasil que vive, que pulsa, que faz. É o Brasil mais brasileiro possível. Realidade distante talvez, para nós que moramos nas cidades, mas coisas que nossos avós lembram e que continuam acontecendo cada vez mais nos pantanais desse Brasil por aí.
Que sorte tenho em poder assistir a esse clássico da TV.



quinta-feira, 17 de julho de 2008

Já faz 1 ano...

Caramba! Amanhã fará 1 ano que eu realizei um de meus sonhos. Foi há um ano que tive a honra de conhecer o meu maior ídolo. O mestre Silvio Santos.
Passa rápido hein...
Amizades como essa são falsas.
Duram até haver um interesse conflituante entre as partes.
Dinheiro, outras pessoas e poder são exemplos disso.
Será que você não enxerga isso?
Ou, como várias outras coisas na sua vidinha, você finge não ver?

Nada e nem ninguém dura pra sempre.
E neste caso menos ainda.
Você é uma pessoa convencida.
De certa forma prepotente.
E vai pagar por isso.

Como pode uma coisa dessas??


Nem comento nada...

Repouso Absoluto...

Isso é triste. Quando fui ao hospital na madrugada fria e nada amigável de sábado, a médica plantonista (e louca para ir embora, convenhamos), me fez um rápido exame e decretou.
"É repouso absoluto."

Esse repouso não poderia vir em pior hora por questões profissionais, mas por outro lado pensei: "Ah! É só descansar uns 3 dias que tudo melhora." Ledo engano.

O escriba aqui não faz outra coisa na vida nesses últimos dias a não se repousar. Repousa, repousa e repousa. Literalmente um moço bom de cama e caseiro. E mesmo assim nada da minha cara desinchar. Tudo bem, é a recuperação e ela é lenta mesmo.

Não sabia que repouso absoluto é tão chato. Fico querendo sair de casa, trabalhar e passear. Passo os meus dias lendo, repousando, tomando remédio, navegando na internet e escrevendo. Escrevendo loucuras, trolhas e dramalhões como esse de agora.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Amy Winehouse: Talentosa e auto-destrutiva

Amy quando ainda não estava nessa 'bad trip' atual


Deixando de lado esses assuntos chatos, sem importância e ao certo ponto ridículos aí de baixo, protagonizados por pessoas egocêntricas, que gostam de massagem no ego e não pensam duas vezes em pisar nos corações alheios e depois repetir frases clichês, como se fosse um robô.
Vamos falar de novidades, de gente nova, interessante e talentosa. Falo de Amy Winehouse, uma das mais surpreendentes noticias musicais dessa primeira década do século.

Amy, é londrina, tem 24 anos e ao contrário da maioria do pessoal dessa idade. Não faz danças sensuais, músicas de baixa qualidade e nem fica mostrando suas curvas por aí. A cantora faz uma mistura de blues e soul maravilhosas. Algo como aqueles das divas americanas dos anos 40 e 50.

É música de muitíssima qualidade. Sempre com letras fortíssimas, de acordo com a realidade amorosa. Claro, como a maioria dos jazz, os seus são de letras que beiram a fossa ('Love is a Losing Game, por exemplo). Mas é uma fossa classuda. Uma fossa bem cantada, muito bem tocada e com uma letra bem escrita. Não é esses "mela cueca" que a gente vê aqui na 'terra - brasilis'. Ando pirando em Amy Winehouse e pelo jeito, ela está pirando também..

Amy é milionária, casada e tem uma vida muito desregrada. Bebe feito doida, usa todos os tipos de drogas possíveis, seu marido já foi preso e ela já protagonizou e protagoniza os maiores escândalos públicos da música. Já foi internada numa clínica anti-tóxicos, mas não surtiu efeito nenhum. Continua bebendo, cheirando e fumando. Sua saúde está indo pro ralo. Sua aparência já esquálida, agora está cadavérica. Sua voz está ficando fraca. Ou seja, é saúde e carreira sendo detonados.
Coisas de estrelas da música. Amy pode ter uma trajetória curtíssima desse jeito.

Mas e daí? Isso é problema dela. A música é ótima e nada vai fazer eu deixar de ouví-la e concordar com ela que o amor é um jogo perdido e que eu sempre acordo sozinho.

domingo, 13 de julho de 2008

Diagnósticos

Sábado, 12 de julho, 5h da manhã.

Caio Bruno no hospital, parecendo o Fofão, com as bochechas inchadas e febre. Recolhem o sangue, dão uma bela injeção de anti-iflamatório e mandam aguardar numa sala a parte. "Isso é sintoma de caxumba e se for mesmo, é altamente contagiosa", diz a médica. Fico isolado que nem um bicho do mato, tomando medicação e esperando o resultado do hemograma. O resultado sai e eu chego em casa às 9 da manhã. Dopado de remédio, durmo o dia inteiro.
Diagnóstico: Parotedite (a popular Caxumba)

Segunda, 14 de julho, 1 da manhã.

Caio Bruno continua com as bochechas inchadas. Deixou a barba crescer para disfarçar. Pouco adiantou. Não sente dores físicas e nada. Está bem disposto até. Jogado na cama, com seu computador portátil e pilhas de CDs a volta. Ele escuta um por um.
Não sente dores físicas conforme eu já disse. Mas sente uma sensação horrível. Quer gritar, surtar e morrer. Depois apertar o 'restart' e apenas dormir um pouco. É dor de coração, mas não no coração. É um sentimento horrível. É a pior sensação que um homem pode ter. Inutilidade, incompetência e derrota. É uma falta imensa dela e do que ela representaria de felicidade na sua vida. Triste por ela preferir um cara que não chega e nunca vai chegar nem aos seus pés. Nem perto de você, ele chega. E triste também por amá-la demais, de ser capaz de fazer tudo por ela e ela não acreditar.
Diagnóstico: Fossa Style. (até quando essa merda?)

Desabafo

Existem determinadas épocas de nossa vida que nós percebemos que é preciso mudar.
Mudar.
Seja o corte de cabelo, o comportamento, a roupa, os amores e amizades.
Sim, o círculo social.

É necessário analisarmos bem quem está ao nosso redor.
O que querem com isso? O que agregam em você isso? Você agrega neles?

Amizade, é isso. É doação, é sentir-se bem com a pessoa. É ter sempre assunto. É não ter inveja.
É como diz a música "O sorriso e abraço festivo da minha chegada". É você ficar contente, abrir um sorriso, se emocionar com o amigo. É ficar dias e dias sem falar com a pessoa, mas quando encontrá-la agir como se estivéssemos juntos o tempo inteiro. Resumindo: É confiar e gostar da outra pessoa.

Existem pessoas que a ciência não explica bem (a maioria, diga-se de passagem) , que gostam de você, mas só vão dar valor e sentir falta quando perdê-lo!

Por que toda essa explanação fuleira e vagabunda?
Porque começo a sentir isso. Começo a sentir que para um grupo determinado de pessoas, sou visto como chato, como uma pessoa 'tolerável'. Não vejo mais o agrado em minha presença, em meus assuntos, em minhas intervenções, enfim, na minha pessoa.

Começo a achar que caminhos distintos tomados pelas pessoas requerem tomadas de atitudes de minha parte.

No começo desse ano perdi um "amigo" assim. A pessoa sumiu, sem motivos, do nada, eu tentei por alguma tempo contato, mas como vi que a pessoa se esquivava eu parei. Não fui atrás. Claro, não vou negar, sinto falta de conversar com ele. Era uma pessoa que tinha lá algumas afinidades comigo, mas vou fazer o quê? Paciência.
O pior não sei nem se é a falta dele, mas é o fato de que me indispus com outras pessoas que gostava e gosto muito por sua causa. Erro. Aprendi que não se deve fazer isso com ninguém. Valeu a pena? Não.

(...)

O caso agora é que não sinto reciprocidade nos atos com algumas pessoas que tiveram um grande relacionamento comigo. Tanto profissional como pessoal.
Eu falo algo, responde secamente.
Eu ligo, tratam-me formalmente demais.
Eu visito-os e e tratam como se eu fosse uma má companhia. Meio que o Bush visitando o Chavez.

Eu sempre sou solícito com todos. Me dá prazer e não me custa nada, ajudar meus amigos. Mas o mínimo que espero é amizade verdadeira e se tiver algum problema comigo que fale, resolva.

Sinto-me inconveniente, chato, perturbante. Não ouço palavras carinhosas, nem gestos carinhosos. Um quê de obrigação no ar.

Bem, nessas horas eu me pergunto. Para quê continuar com isso? Ganho o quê com isso? Meu afastamento será bom para ambas as partes.

Posso estar sendo o mais injusto de todos? O mais errado? Posso estar.
Por isso que não vou tomar nenhuma providência nesse momento.
Vou ficar quieto na minha.

Mas estou triste. Triste por não merecer isso. Triste porque, modestamente, sou um cara legal. Triste porque faço de tudo e dou muito valor para os meus amigos. Triste porque só quero ser feliz e que todos também o seja. Só isso.

Por isso, às vezes é chegada a hora da renovação. Pessoas vão e vem da nossa vida. Elas fazem opções, repito, e nessa hora basta a gente respeitar as opções das pessoas.

E não adianta porque não citarei nome algum e nem darei indícios sobre quem estou falando.
Não, você não vai me achar nas esquinas mais bem iluminadas
E muito menos em restaurantes luxuosos

Não, não fale nada que possa te comprometer
É bem mais cômodo manter esse jogo de aparência

Se quiser me encontrar vá ao puteiro mais próximo
Ao beco da rua de baixo e ao boteco mais mal iluminado da cidade

Você não vai me encontrar em salões de beleza e nem em recepções sociais
E muito menos em trabalhos dignos com profissões indignas

Meu projeto de vida é outro, baby
É a vida roubada, curtida a laço

Se você tentar me achar em escritórios e de terno e gravata
Dará com a cara na porta

Eu não estou na sorriso do bebê e nem no abraço falso da igreja
Estou aonde você menos espera

No ponto de ônibus de madrugada, no olhar pedinte do mendigo
Nas coxas das putas e no copo de álcool jogado por aí

Eu estou do seu lado e você finge que não vê

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eu fico triste ao saber qualquer coisa relacionado a você e saber que eu não estarei ao seu lado. Pior: Outro estará.

Um outro que não te ama como eu. E isso eu posso provar. Aliás, devo ser a pessoa que mais te amo.
Fico triste em saber que não estou junto com você na maioria dos momentos.
Queria estar ao seu lado sempre, uma vida a dois. Diversão, sítio, parque, show, bar,restaurante,enfim tudo.
Por que não dá?
Por que não nos permitimos isso??

Um saco isso!
Aperto no coração e tristeza imperam nesses momentos.

A gravidez de Cláudia Leitte afetará sua carreira




As pessoas podem discutir( e com certa razão) o talento musical de Cláudia Leitte.
Também podem questionar (e com certa razão) que ela não tem carisma, que ela força simpatia e que imita dona Ivete Sangalo.
Mas é inegável que é linda.

Depois de alguns anos comandando o "Babado Novo", Cláudia saiu com estilo. Gravou um CD e DVD ao vivo e luta para se consolidar como cantora solo. Fez algumas alterações no repertório, amadurecendo-o e "ivetilizando" - o mais. Sua nova música de trabalho "Extravasa" podia ser bem cantada por Sangalo, e "Pássaros" lembra bem aquelas baladas açucaradas de Ivete.

Pois bem, em pleno mês em que ela lança seu primeiro CD solo e estava começando a divulgá-lo com apresentações e show, a moça engravida.
Má notícia? Para mim é indiferente. Para Cláudia, ótima. Mas para a carreira dela, não.

A musa já vinha sofrendo comparações e tentativas de colar nela a fama de "imitadora" de Ivete Sangalo. Cláudia vinha tentando com certa dificuldade emplacar seu primeiro CD solo. E justo nessa fase de mudanças e adaptações, a gravidez surge na parada. E gravidez, como se sabe, vai requerer tempo e uma pausa em sua rotina.

Isso não é bom para Claudia, que pode cair muito de 'cartaz' e ficar com seu circuito restrito a Bahia. O futuro dirá.

A imitadora

Não defendendo Cláudia Leitte, mas Ivete Sangalo está para a música moderna baiana como Silvio Santos está para os apresentadores de TV e Roberto Carlos para a música como um todo. Ou seja, é ícone, e querendo ou não todas as cantoras vão tentar seguir seu bem sucedido estilo.
Lembro bem, quando Ivete Sangalo surgiu, que logo todos a tratavam de 'cover' de Daniela Mercury. Logo isso se desfez. Mas porque no caso de Claudia isso não se desfaz?
Simples. O tom de voz das duas é parecidíssimo. E isso alimenta as intrigas.
Caso semelhante aconteceu nos anos 60 com o cantor Paulo Sérgio e Roberto Carlos.

Paulo surgiu em 1968, com o sucesso "A última Canção". O cantor se vestia igual, tinha músicas e letras iguais e tinha um tom de voz idêntico ao do já Rei Roberto.
Por um momento falaram que ele decretara o fim de RC (assim como falaram do fim de Ivete)
Resultado: Foi malhado, malhado e por mais que ele negasse a intenção, era taxado como "mais um imitador de Roberto Carlos".
Paulo Sérgio caiu no ostracismo e faleceu em 1983, no esquecimento e deprimido.
Já Roberto Carlos? Bem, esse podemos ver até hoje.

Usei este exemplo para dizer que, imitadora ou não de uma outra cantora,Cláudia não é caso isolado e também não é a única. Resta a ela, assim como Ivete fez, provar que é talentosa e se desprender dessa rótulo.
A questão, é que isso depende de tempo e de reposicionamento de imagem. Coisa que uma gravidez pode atrapalhar...

O todo poderoso Daniel Dantas

Daniel Dantas foi preso, solto, preso e solto esses dois últimos dias pela Polícia Federal.
A maioria das pessoas não sabe quem é essa figura e outros podem confundi-lo com o ator global de mesmo nome.
Nada disso.
Dantas é um banqueiro, mega-empresário e conhecidíssimo nos meios influentes por seus métodos 'não republicanos', de convencimento e com fortes laços em todas as esferas de poder e na mídia.

DD, é acusado de corromper juízes, presidentes, imprensa e polícia. É um homem-bomba. Sabe de todos e de tudo. Hoje li num site que ele ameaça 'detonar' tudo. Se detonar mesmo, fará um estrago geral.

O dado é que Dantas é poderoso, praticamente um presidente não eleito. Deveria ser bem investigado e, se for o caso punido da forma adequada.

Agora, figuras estreladas do judiciário, do governo e da mídia, parecem ter "medo" dele.
Medo do quê? Quanto valem seus silêncios?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Trecho de "Você Não soube me amar" (Blitz)

- Amor, o que você tem que tá tão nervoso?
- Nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada (intermináveis NADa em eco e em fade out)
Eu ia escrever a segunda parte do conto do Victor Marrentinho. No fim, não escrevi a segunda (e última) e ainda apaguei a primeira.
Ia escrever também sobre Daniel Dantas, o homem que tem facilidades em todos os locais e esferas. Praticamente um presidente não eleito.
Mas também não escrevi.

É a porra do sistema límbico.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Sonho

Hoje sonhei com ela
No sonho, caminhávamos sobre uma rua cheia de muros e árvores
E nos beijávamos muito durante o caminho
Se o beijo dela for bom, como no sonho
Eu estou feito

Acordo.
E tudo se torna um pesadelo pra mim de novo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O copo já esfriou
As lágrimas escorrem
O pique já cessou
A espera não me cansa

Este sou eu.

Ando sozinho, sem rumo
Beiro estradas vazias
Encontro pessoas desamparadas
Me junto a elas

Este sou eu.

Paradoxo total
Metamorfose ambulante
Assuntos desinteressantes
Já não sei muito bem o que penso

Este sou eu.
'Detalhes', ganhou companhia como música-tema disso que eu não sei mais como classificar.
"Só Pro Meu Prazer", divide o posto agora.

Pelo menos no meu ponto de vista.

domingo, 6 de julho de 2008

Ela gosta de teatro.
Ela gosta de conversas estranhas.
Ela gosta da brisa estranha e mágica da noite
Ela gosta de rock, de se vestir como quer e de falar palavrões

Com ela, eu não teria uma vida normal
Com ela, as coisas seriam mais emocionantes
Emocionantes, legais e bizarras

Sabe porquê?
Por que...

Eu tô é cansado do marasmo, do pote de mel e de motoqueiros fantasmas
Eu tô é cansado de perder o meu precioso tempo com quem não perde 1 segundo comigo.
Eu tô é afim de me embebedar na loucura dos tempos finais

E no final quero olhar pra ela e rir. Rir muito. Na cara dela, dela e das outras.

Eu quero ser jogador de futebol, tesoureiro-presidente,liberal, puto e maldito!!

Costume (By...)

Eu te ofereço qualquer coisa.
Daquelas bem toscas e ridículas mesmo.
E você, acostumada, aceita.
Vai aceitando e vai se enganando.
Ou melhor: Vou te enganando

É o costume, é o costume.

Vou fazendo promessas baratas
Comprando coisas sem graça
E você se ilude, me dá uma chance
Afinal, posso ser o amor da sua vida
E já foram tantos anos desse nosso caso né?

É o costume, é o costume

Eu te xingo, te escorraço
Eu falo as piores coisas de você.
Você vai e sai com outros caras
Eu pego e me vingo
E no final, tudo fica bem num beijo falso.

É o costume, é o costume

Eu vou continuar te enrolando
E te comprando com as coisas mais absurdas
E você vai cair, vai sempre cair
Você se vende por pouco
Click Click

É o costume, é o costume

Sabe o que me deixa seguro?
E o medo de quebrar isso?
Você está acostumada.
Existem trouxas por aí, eu sei.
Com eles você ganha bajulação

É o costume, é o costume

O trouxa você tem como quer
E a hora que quer, quando quer
Ele te ama
É mais fácil deixar ele na sua mão
E ficar com o bonzão aqui, mesmo não me amando

É o costume, é o costume

Conclusão

Os relacionamentos sociais são podres. Falsidade, inveja, hipocrisia, cinismo e rancor
Mas os relacionamentos amorosos são piores ainda. Interesses obscuros, traições, falsidade e tudo se resolve com um presente surrado aqui ou numa cama de motel ali.

Podre e falso!

Coisas de seres humanos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Texto equilibrado

Prometo que vou tentar escrever esse texto com o cérebro e com emoção, claro, mas na dose certa. Sem rompantes ou exageros emocionais.

O primeiro pensamento do meu dia é nela. Isso é um péssimo sinal. Eu gosto de acordar e pensar no dia lindo que vou ter, mas esse é o meu segundo pensamento. Primeiro, ela. Sinal de paixão.

Nos primeiros momentos do dia, eu começo a me sentir muito só. Tenho minhas preocupações, mas sempre sem desligar da sua imagem. Por enquanto eu ainda estou meio bem.

Passa-se algum tempo e eu começo a ficar meio ruim. É uma música que toca que me faz lembrar dela na hora, outro adereço qualquer ou coisa assim. O ruim não é lembrar dela. Lembrar dela é ótimo, é maravilhoso, é emocionante e lindo. Mas lembrar dela sem eu, ou pior, dela com outro é a morte. É a morte para um homem não ter o que deseja. No caso, o que desejo é ser feliz. E ela é minha felicidade (ou parte dela).

E aí fico o restante do dia inteiro assim. Sofrendo, querendo gritar pra todo mundo e a ela, claro, que a AMO MAIS QUE TUDO. Que quero ficar com ela a qualquer custo. Não posso fazer isso. A vida por enquanto não me permite essa sensação maravilhosa.

E esses são meus dias. Uma merda. Sem ela. Sem conseguir esquecê-la. Aliás, cada dia querendo-a mais e mais.

Ainda bem que agora estamos numa fase legal de relacionamento. Não brigamos já faz um bom tempo. Quando brigamos, é o fim. Choro feito doido. Choro nos cantos escuros e aonde ninguém vê. Choro por ela, por amor e não tenho vergonha nenhuma de dizer isso.

O meu amor eu já declarei de todas as formas. Do que sou capaz, também. Mas a minha vontade maior é chegar e falar olhando naqueles olhos lindos dela que a amo, que posso fazer e vou fazer dela a mulher mais feliz do mundo. Que tudo que estiver no meu alcance e o que não estiver também, eu farei pra ver aquele sorriso perfeito dela vindo daqueles dentes lindos e aquela boca então? Sensacional.
Tenho vontade de embalar seu sono, de ser o pai, o protetor, o amigo, o homem e o amante. Ser tudo.
Vontade de pegá-la em casa, sair, passear, fazer todas as suas vontades, tudo o que ela quiser. Fazê-la feliz. Porque ela feliz sou eu feliz.
Amo muito ela.

Ela lerá isso. Não sei se vai gostar, mas queria apenas que ela soubesse que é tudo verdade e pensasse na hipótese de um dia transformar meu sonho em realidade.
Amo,amo,amo e tenho vontade de gritar isso!!!

Sei que errei. Mas se tivesse mais uma chancezinha só eu não iria desperdiçar. Talvez eu possa estar perdendo a mulher da minha vida, já pensou?
Aquela que, irá me acompanhar quando todos se forem. Vai ficar eu e ela só.
Aquela que quero que seja a mãe dos meus filhos, a minha eterna namorada e comanheira.

Sei lá, se faço papel de bobo escrevendo isso. Acho que não. É o que eu sinto. É o que o meu coração está falando. Do fundo dele.

Ela lerá isso. Não sei se vai gostar, mas queria apenas que ela soubesse que é tudo verdade e pensasse na hipótese de um dia transformar meu sonho em realidade.
Amo,amo,amo e tenho vontade de gritar isso!!!

Sofro demais por não ter ela comigo, me fazendo companhia, rindo e tudo mais.

Amo demais!

Alguém falou que esse texto era equilibrado? Era nada. Se tratando dela. Nada é imparcial. É sempre a seu favor.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O dia

Meus dias são repetições de uma história sem a mínima graça.
Em lugares que eu ando, em qualquer lugar que eu vá a sua lembrança é muito viva.
Não é algo que eu cultive. Acontece.

Ah! É horrível e eu sinto demais a falta dela.
Minha cabeça entra em pane.
Em pane por causa dela.
A mulher da minha vida.


Todo dia é assim.
Todo dia tem a sua agonia e a agonia do meu dia é sempre pensar em você e não te ter.

terça-feira, 1 de julho de 2008

All I Need is love.

Quando tinha 15 anos, me apaixonei pela primeira vez. Antes eram apenas flertes que logo passavam. Mas com 15, não! Aí foi pra valer. Fiquei 4 anos apaixonado pela pessoa, sendo que apenas 5 meses junto dela. E não vou entrar em detalhes porque a história é muito longa. Sei que não tenho mais notícias dela. Por onde ela anda hoje?
Se quiser saber, pergunte diretamente que eu falo.

Depois, com 19, veio outra. Fulminante. E essa foi pior porque não deu em nada. Há não ser em mais quatro anos perdidos. Aliás, perdidos não, a próxima da lista diria que não devemos se arrepender de nada e ela tem razão. Mas esse caso era peculiar, ela tinha namorado e eu sabia que não ia dar certo mesmo. Por onde ela anda hoje?

Chegamos aos 22 e veio a atual. Mais fulminante ainda. Parecia e começou como uma brincadeira. É como quando a gente joga fogo num papel e depois apaga. Nesse caso, eu coloquei fogo e perdi o controle do fogo. Muito álcool, talvez. E nessa situação a gente vai levando. Um não aqui, um não ali, um burro de um lado, uma teimosa do outro. Sei lá quando isso vai acabar (se for pra ficar sem ela que não dure nem mais 1 mês, se for pra ser com ela que dure mais, muito mais que quatro anos...).

O concreto mesmo, é que a partir dessa última paixão, comecei a sentir a necessidade de namorar. De companhia, de rir junto e de compartilhar alegrias e problemas.
Ando me sentindo cada vez mais sozinho.
Seja em casa, seja na rua, seja no carro, na balada, no trabalho. Enfim, falta sempre algo ou alguém.
Isso é carência certeza.
A 'pegação' é boa? É!
Mas cansa.
Sei lá se estou ficando velho, ou pra titio, mas meu lema é aquele da música do Cazuza:
"Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida"