sábado, 29 de novembro de 2008

Jogo da vida

É evidente que tudo isso aqui é um simulacro. Existe uma realidade maior que nós não conseguimos entender. O máximo que é nos permitido saber é que existe outra realidade. Só isso.

Mas aqui no mundinho, nós nos surpreendemos sempre. Tanto para o bem ou para o mal. Essa semana tive provas leais de amizade e também provas deploráveis de como o mundo está infestado de pessoas oportunistas e estúpidas. Vi o quanto a solidão e a carência podem fazer uma pessoa se tornar patética perante outra. Ouvi declarações sinceras de admiração, demonstrações concretas de afeto. O negócio é ampliar os contatos, ser mais conhecido, amado e querido.

Não vou me rastejar por migalhas de ninguém. Eu não nasci pra isso e nem vou me diminuir para conquistar seja lá o que for de quem for.
No jogo da vida, eu sou peça principal, forte e conhecedor das regras. Não pertenço a linhagem dos "cabeças baixas" que respondem a tudo com um "Sim senhor" e "Não senhor".

Viremos a página. Que fique as coisas boas que passou e que tudo mais vá pro inferno, meu bem!

Show do Queen

Nem me falem nos shows que o Queen fizeram em São Paulo essa semana. Quem me conhece, sabe que sou fanático pelos caras. Para mim, foram e são a maior banda de todos os tempos. Tenho todos os CD´s e DVD's. Daria a minha vida para ver um show do Queen original. Isso jamais será possível. Freddie Mercury morreu em 1991.

Mas mesmo assim, iria fácil no show deles atual. Não têm Freddie e nem Deacon, que não quis voltar. Mas tem Brian May e Roger Taylor. O guitarra e o batera estão ali. Sessentões e heróicos junto com Paul Rodgers, um grande cantor, com uma tremenda história no rock. Mas não é Freddie. E ao cantar os clássicos do Queen, a comparação é inevitável, Mercury foi um dos maiores cantores do mundo.

Mas o que se pode fazer? A AIDS o levou. Mas os outros integrantes estão vivos e na ativa. Eles têm o direito de tocar. Como diz uma música nacional "nada será como antes", mas pelo menos é uma parcela da história.

E eu perdi essa oportunidade por falta de grana mesmo, afff.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Garota propaganda

Hoje vi uma das cenas mais bizarras dos últimos dias. E em tempos atuais isso não é nada difícil, mas vejamos essa:

Quando paramos no farol geralmente lidamos com batalhadores do dia a dia. Moças entregando papéis de propaganda de apartamentos, crianças e adultos fazendo embaixadinhas, limpando o vidro do carro, vendendo doces ou simplesmente pedindo trocados. Há os que, com um 38 em punho, levam o eu carro também.

Hoje vi um tipo profissional diferente em um farol aqui perto. Era uma moça feia de rosto, com uma blusinha e um shorts curtíssimo que deixava de fora as duas coxas. Bem, a tentativa ali era parecer ser sensual e gostosa. Depende do ponto de vista. Se você acha celulites, estrias e um corpo tipo o da moribunda Mulher Melancia (por onde anda?) bonito. Ela conquistou o objetivo.

Bem, pensei que era mal gosto mesmo ou que ela fosse apenas exibida. Mas não era. Ela me entregou o papel, todo roxo com letras brancas e fotos insinuantes escrito: "Sweet Dreams American Bar - Ambiente discreto". Em miúdos: Puteiro.

Poxa, evidente que aquilo era proposital. Fiquei apenas com uma dúvida, a moça que entregava os folhetos no farol, foi contratada para isso ou era uma das funcionárias do estabelecimento que são daquele tipo "pau pra toda obra?"

domingo, 23 de novembro de 2008

Eu a amo

Eu não posso ficar aqui com hipocrisias dizendo coisas que até gostaria de pensar e sentir, mas não são verdades.
Não posso continuar falando inverdades e sendo cínico por aí. No fim, eu não engano ninguém a não ser a mim mesmo.

Eu sei também que por causa desse amor sou mal visto por algumas pessoas, vetados em lugares, disso tudo eu sei. Assim como, ela não me agüenta mais. Cansou. Passei dos limites talvez.

Bem, isso tudo eu já disse e redisse aqui. E realmente é muito chato repetir sempre as mesmas coisas.

Mas o fato é que eu a amo. Pronto. Não posso negar isso. Lutar contra isso. Renegar isso seria mais uma bobagem como tantas que eu cometi.

Claro que por tempo indeterminado (ela decidirá isso) eu não comento mais nada do meu amor com ela. Chega. É outra época.

O negócio é que eu não posso deixar de amá-la. Ela como um todo. Uma pessoa completamente diferente de mim, mas que me completa. Faz o meu ser idiota e inquieto mais feliz. Cabelos, sorrisos, olhos, pelos, gosto tudo.

Nada disso vai mudar. Absolutamente nada.

Mas eu apenas queria que ela soubesse que eu a amo muito. Mesmo que não diga mais diretamente à ela. Que a aporrinhe mais. Eu continuo a pensar nela e como seria excelente se ficássemos juntos a toda hora do dia, de todas as semanas, de todos os meses, de todos os anos da minha vida.
Para sempre.

Papai Noel para a criançada de hoje

Depois de um período de vadiagem e de exílio consentido e ciente em bares e choperias que parecem ter saídos dos anos 70, cá estou de volta com mais um texto que será lido por poucas pessoas. Quicá, nenhuma.

Vou reproduzir aqui um diálogo interessante que ouvi no fim da semana passada entre dois garotinhos de 6 anos, creio, dentro do elevador.

Entrei no mesmo com eles, após terem lidos um comunicado ao qual meu condomínio convidava para um bazar de natal com a presença do Papai Noel. Segue o diálogo

Menino 1 - Ah que palhaçada esse negócio de Papai Noel
Menino 2 - Para mim, não existe.
M1 - Nem pra mim.
(eu interrompendo)
Caio - E aquele que fica no shopping?
M1 - É alguém com uniforme.
M2 - É mesmo. Um trabalho apenas.

Fui embora, cheguei ao meu andar, claro que notei pelo tom de voz que eles estavam em dúvida sobre a existência ou não e queriam uma confirmação minha. Não falei nada.

Comecei a pensar se essa geração cresce rápido demais, pelo poder da argumentação daquelas crianças. Se criamos seres humanos, ou pessoas competitivas que lá na frente vão nos destruir e serão destruídos pelos que virão depois.
É medonho e cabe a uma reflexão isso.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vovós e netos

Vamos falar de temas bucólicos, pacíficos e bonitos. Temas que remetem a nossa infância, a vida cotidiana e a rotina simples de um povo. Nada de desamores, desencontros, amantes que se amam, mas por algum motivo não se encontram. Ilusão e desilusão.

Toda vez que vejo uma relação entre netos e avós (e avôs) fico comovido e saudoso. Bate uma saudade dos meus avôs falecidos a pouco tempo e também da minha vó falecida há 10 anos.

Bate saudade da infância, quando eu não tinha preocupação de nada. Só brincava e ia pra escola. Ficava a maior parte do tempo na minha avó materna, já que meus pais trabalhavam. E era uma farra só. Bicicleta na rua, bola, café da tarde e tudo mais. Voltava pra casa feliz, sabendo que no dia seguinte ia ter tudo isso de novo.

Com o meu avô eu jogava bola, seja na garagem ou no campinho perto da casa. Andava de carro pela vizinhança e os meus problemas se resumiam as lições de casa e a inventar uma nova brincadeira no dia seguinte para não tornar o dia mais chato.

Churrasco no domingo, histórias contadas por eles e , sempre aprendendo e brincando. A vida era uma festa. Eu não tinha problemas em família, não tinha dor de cabeça com empregos e não tinham mulheres deliciosamente atraentes na minha frente para eu me apaixonar e sofrer.

Hoje nada disso restou. Eles se foram e nem a casa existe mais. Só me resta os problemas de "gente adulta".

Dessa saudade toda, resta ainda a minha vó paterna. Toda vez que encontro, que a visito é sempre uma volta no tempo. É o reencontro da criança com o adulto perturbado de hoje em dia.

Por isso quando vejo netos e avós em programas conjuntos me sinto um órfão. E co uma saudade incrível de tudo.
Não sei se terei filhos, mas se os tiver quero ser um tremendo pai e um vovô Caio melhor ainda.

No fundo, sou apenas um sonhador querendo ser feliz.

Frase do dia

"Tenho dó desse cara, mas ao mesmo tempo uma puta inveja filha da puta dele"

(Já já um post decente, consciente e com vergonha na cara)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Gosto Amargo

Estou com um gosto amargo na boca
O gosto do ócio e da saudade de alguém
Talvez seja só algo que fez mal ao meu fígado

O gosto amargo de se sentir sub
Sub aproveitado, sub relacionado
Sub amado

O amargo da amargura
Da sensação de inutilidade
E da falsa alegria

Do "tudo bem" e do "estamos aí"
Da nossa vida mais ou menos

Das duas, uma:
Ou eu tomo um anti ácido e melhora
Ou tomo vergonha na cara e também melhoro.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um passeio pela vizinhança

Nós não temos tempo para fazer tantas coisas que gostaríamos de fazer.
Somos sobrecarregados de hora disso, hora daquilo, compromissos e tal que nos esquecemos de coisas simples da vida.

Hoje ao deixar o carro na oficina para um check-up voltei para a casa a pé.
Passando entre casas e pessoas que a minha vida atribulada de morador do centro não me permite ver.

Esta lá, tudo igual como na minha infância. A panela no fogo, o rádio AM ligado e as vizinhas no portão.
Crianças chegando da escola pelos braços da mãe ou da vó (que nem a minha vó fazia), o cachorro latindo e a bola rolando solta na rua.

Vendedores de tapetes se juntam a pregadores evangélicos de araque e fazem o dia a dia de um bairro.

Quanto bucolismo. Esse é o modo de vida do brasileiro. Fui criado um pouco nele e um pouco nessa loucura urbana.
Até cheguei a pensar que não existia mais esse modo de vida que a gente não encontra em nenhum lugar do mundo. Simplicidade e cordialidade.

Cheguei em casa, me deparei com telefones celulares, notebooks e notei: Voltei a vida moderna que nos atropela.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os Trapalhões na Guerra dos Planetas


Eu não gosto muito de cinema 'blockbuster'. Sou mais chegado a filmes politizados, documentários e tarado por cinema nacional antigo. Desde as chanchadas da década de 1950 até as pornochanchadas dos anos 70 e 80. Aliás, as chamadas pornochanchadas são as minhas obras preferidas. Retratam de uma maneira ímpar a sociedade e as pessoas médias brasileiras. É sair na rua, até hoje e ver todas aquelas situações.

Hoje em dia, o cinema nacional anda elitizado, feito por uma panelinha e não chega ao povo. Não se cria um hábito. Sobre esse tema escrevo depois, o assunto deste texto é um filme dos campeões de bilheterias Os Trapalhões. Pela foto, já deu para notar de qual vou falar. Trata-se do 5 filme mais visto da história do cinema nacional "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978)

A produção é uma sátira ao clássico "Guerra nas Estrelas "(1977). Na história, um príncipe pede ajuda ao quarteto para lutar contra monstros em outro planeta. Nunca havia assistido esse filme, sempre ouvi falar nele, mas hoje graças ao "Canal Brasil" pude ver este "clássico".

O que me motivou a escrever um post sobre ele é a falta de qualidade. É um filme muito ruim em sua produção. Primeiro detalhe: Estranhamente o filme foi gravado em videotape e não em película, além dos créditos todos serem de uma fonte idêntica a que a Globo usava na época. O que me leva a crer que o filme tenha sido produzido para a TV. Mas não foi.

Além disso, a trilha sonora é totalmente 'modernosa'. Cheia de efeitos de teclados e sintetizadores que era um "must" na época, mas que dataram o filme. A influência da Discothéque é nítida também em cenas e músicas. O que contribuiu para o envelhecimento do filme.

Além, disso poucos diálogos e muito efeito visual batido. Destaque para a péssima atuação de Pedrinho Aguinaga, no papel do príncipe, do gigante com uma máscara tosca de Chewbacca e dos soldados com uma máscara mal feita de Darth Vader. O bom mesmo são os "defeitos especiais", que me fez pensar:
"Como pode, fazer a sátira de um filme caríssimo americano, com poucos recursos e não querer que caia no riso?"
Talvez seja esse o objetivo.

É um filme menor dos Trapalhões. Mas se você não assistiu, recomendo que assista. Seja para rir do quarteto, da tosquice ou pra conhecer mais um clássico de nosso cinema que fazia a alegria do povo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tão Gostosinha, mas..(Trilha para... )

Este é mais um texto esdrúxulo deste que vos fala.

Uma certa vez um amigo escreveu em seu blog que seu resultado de fracassos com mulheres boas e gostosas era pelo fato do coitado não ter carro e nem ter grana e ainda credita o mal gosto delas à isso.

Hum, não sei se concordo o que sei é que tem muita gostosinha por aí com mal gosto pra tudo.
Mal gosto pra namorado, mal gosto pra se vestir (relativo, hein!) e mal gosto com música.

Andando por ruas quase escuras onde carros passam vi hoje uma baita gostosinha dançando e cantando axé, acho que era "Jeito Moleque" o nome do grupo. Logo pensei, pô que merda é essa? Se quiser rebolar venha rebolar no meu...(Censurado).
Logo pensei numa trilha de motel. Antes, durante e depois.

Antes que tal um Love Of my Life do Queen, ou Is This Love do Whistenake (para fãs de música de motel aí vai um "Como é Grande o Meu Amor Por Você" ou "Proposta" do R.Carlos).

Durante, um "Lady" (Kenny Rogers) ou Lady In Red (Chris de Burgh) caem bem. Também tem para fãs de música de Motel "Cavalgada" ou "Café da Manhã" do "Rei")

Quando estiver bem satisfeito e alimentado. Coloque para tocar um Jazz, Rock, MPB, Latino, Banda Calypso, Inimigos da HP, Jeito Moleque sei lá..o quê. Coloque qualquer coisa, afinal você já comeu mesmo.

E vendo a gostosinha dançando axé, chego a uma conclusão. Não adianta, há os que nascem com sorte, os que nascem sem sorte, há os que gostam de axé por que as gostosinhas gostam, há os que fingem gostar e há os que não gostam.

E quanto ao mal gosto? Ah sei lá...

(texto de 2005)

sábado, 8 de novembro de 2008

Pasta verde

Eu tenho uma pasta verde que fica no armário. Ela está toda empoeirada pela ação do tempo.

Uma boa parcela da minha vida está nela. Tem cadernos e cadernos com o mais bobo romantismo juvenil dos meus 15, 16 anos (e isso só piorou com o passar do tempo). São letras de músicas na época em que eu achava que ia ser um rockstar, tinha ganho o meu primeiro violão e achava que ia mudar o mundo ao som da Legião Urbana. Tem alguns textos homenageando familiares já falecidos (meu avô e minha bisavó) e também jogadas num canto, um punhado de notas antigas de dinheiro. Nem lembrava que um dia colecionei isso.

Mas o que chama mais a atenção e, é maioria na pasta, são os poemas de amor. Como sempre amor não correspondido, amor sofrido. Existem quase 200 textos que fiz para Débora, a primeira garota por quem me apaixonei. Naquela época (99/2000), não haviam blogs na internet. Ainda era a Web 1.0, e eu achava mais bonito escrever com o meu garrancho mesmo. E guardei para mim. Ela não sabe que existe isso tudo até hoje. Qualquer dia eu posto um desses textos aqui.

Relendo os textos, eu sinto algo que não sei explicar. É vergonha, é ingenuidade e é a lembrança de um Caio que nunca se abateu. Que sempre sonhou e acreditou no amor. Mesmo se dando mal.
Ante-ontem era Débora, Ontem foi a Karin, hoje é a pobre N (melhor, pra evitar encheção de algumas pessoas bobas).

Por que pobre? Porque nessa era de blogs, de tudo ao mesmo tempo e agora, eu a bombardeio com bombas de declarações de amor, de presentes e de textos quilométricos. Eu sei que deve ser bom receber essas declarações de carinho (nunca as recebi), mas tudo tem um limite.

O problema é que eu sou uma panela de pressão,um copo d'àgua. Uma hora eu transbordo e não me contento em escrever aqui ou em outro lugar, eu mando pra ela coitada.

São textos sinceros, lindos, que eu me orgulho muito. Ela, eu não sei se gostam. Mas sei lá, tudo tem limite.

O fato é que hoje N é a mulher da minha vida, a que eu quero ficar o resto dos dias, amanhã pode ser ela mesmo ou podem vir outras. Mas o Caio cada vez mais fracassado, romântico e metido a escritor vai sempre existir. Ou não. Nunca se sabe.
É a minha natureza ué!

O post era sobre minha pasta verde não é?
Eu sei. Mas eu me perco nesse labirinto.

O negócio é que sempre vai existir uma pasta verde na minha vida para me estapear com as lembranças...

Pessoas

Pessoas são algo engraçado que vivem nos surpreendendo.
São capazes de coisas loucas. Como matar, esfolar, trucidar e também amar, fazer uma outra pessoa feliz e salvar vidas com solidariedade.

Pessoas sorriem e rangem os dentes.
Lhe estendem a mão gentilmente ou a fecha e acertam a sua cara.

Pessoas não valem nada, são uns lixos imprestáveis.
Outras são mitos ambulantes. Glorificados apenas pelo fato de existir.

Nós vivemos se surpreendendo com elas.
Sejam positivamente ou negativamente.

A primeira impressão é uma grande besteira, cheia de pré conceitos de nossa parte.
Quem diria que aquela deusa pode ser tão fútil e fdp com você?
E quem diria então, que aquele sujeito esquisito, estranho, pode se tornar um amigo e tanto cheio de concordâncias com você, depois de uma bela conversa?

As pessoas podem te dar um tiro ou uma rosa.
De suas bocas podem sair belos beijos e palavras de cortar o coração de qualquer durão, ou podem vir um cuspe e palavras que te humilham e te deixam no chão.

Cada uma, exatamente cada uma. Independente da classe social, credo, cor ou estudo, tem uma história de vida.
Todas elas têm erros e acertos. Já tiveram sorte. Já escaparam da morte. Já fizeram alguém chorar de amor ou de tristeza.

Ah! Pessoas! Como são complexas.
Nunca vamos entender alguém de forma completa.
Nós não entendermos nem a nós mesmos, quem deram os outros.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Por onde anda o SS Global?



Um dos grandes mistérios da humanidade gira em torno da permanência de Sílvio Santos na Rede Globo entre 1965 e 1976. Como se sabe nesses 11 anos, o apresentador era o dono completo dos domingos globais. Das 12h às 20h, só dava SS na tela da Globo. A partir de 1973, o dono do baú entregava o horário para um certo "Fantástico" que permanece aí até hoje.

A questão não é falar sobre o período global, nem dos seus programas na época e nem do feito (louvável) que Silvio de mero apresentador se tornou um concorrente e tanto para sua antiga emissora.
Tudo isso tem às pencas pela internet. Diversos "especialistas" no assunto falam sobre isso e até eu, devo ter escrito já alguns textos sobre esse fato.

O motivo aqui é outro, um pouco diferente. Busca tentar jogar um pouco de luz sobre os tapes de Silvio Santos na TV Globo.
Não foi à toa que coloquei no início do texto a expressão "Um dos grandes mistérios da humanidade". Claro, que exageradamente, mas o paradeiro das fitas é um mistério e tantos.

Há quem diga que eles não existem. Foram queimados, reaproveitados e pronto. Há os que dizem que existem sim e estão com a Globo, que só irá divulgá-los quando SS falecer (???). Há também os que dizem que os tapes estão no arquivo pessoal de Sílvio Santos.

Muita suposição e pouquíssima coisa de concreto. O que realmente é sabido é que alguma coisa existe sim. Seja com a Globo, ou com Sílvio. Nos anos 80 e início dos 90 era comum a TV dos Marinho passar trechos em P&B do "Programa Sílvio Santos", e também já vi no SBT trechos do 'Troféu Imprensa' de 1972 e 1973, ou seja, da época global.

Talvez não interesse a nenhum dos lados desenterrar esse passado. Seja para a Globo, que não costuma nem citar o nome de concorrentes quanto mais exibir vídeos; Seja para Sílvio que, como se sabe, não gosta que reexibam programas seus antigos. Deve ser coisa de vaidade.

O fato é: Só saberemos algo mais desses tapes infelizmente quando Silvio Santos falecer. Aí virão homenagens e mais homenagens. Fora isso, só por um milagre.

Eu fico com a reposta lacônica da pergunta que fiz para a sobrinha de SS, quando participei do programa do seu tio. "Olha, nós temos muita coisa aqui que não sabemos e perdemos um tanto também. Agora veja, ele está com 78 anos, daqui a pouco se vai, imagina o que a Globo vai fazer? Vai transformá-lo em mito!"

É, pode ser. Pode ser também que pra você esse assunto não tenha importância nenhuma, mas para fãs da TV como um todo, esse é um dilema tão grande sobre quem veio primeiro. O ovo ou a galinha?
Eu sempre espero boas notícias
Fico de olho nos e-mails que nunca chegam
No telefone que nunca toca
E na porta que não abre trazendo você

Mas eu sou chato
Persistente
Sei que tenho defeitos
E um deles é de sempre acreditar

Eu vou roubar cada pedacinho da vida e não apenas esperar

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E deu Obama!


Atenção! Vivemos um momento histórico no mundo. A principal potência mundial e com um histórico de preconceito racial profundo acaba de eleger um negro para a presidência da república. Trata-se de Barack Obama, 47, do Partido Democrata.

Como já explicitei em dois posts anteriores aqui no blog, eu modestamente como cidadão democrático e politizado (graças a Deus) do mundo apoiei e , se pudesse, votaria em Obama.

Nos posts anteriores eu também já dei minha opinião, de que nada mudará muito e que o novo presidente, acima de tudo, irá defender os interesses de seu país, mesmo que estes sejam opostos aos o mundo inteiro.

Mas o fato é que a eleição de uma pessoa fora do 'establishment' político e fora dos padrões é algo para se comemorar. É uma barreira quebrada. É histórico.

Desejo toda sorte do mundo ao presidente Obama, aos EUA e ao mundo. Depois de 8 anos de Bush, o mundo precisa de um alento.

Não sei como será o governo Obama, mas sei que presenciei um momento histórico. Mais um: Impeachment, campeonatos mundiais, 11 de setembro, eleição de Lula e agora Obama!
Acho que estou ficando velho...
Eu ando encrostado em neurônios de cérebros fracassados
Na memória alheia de pessoas sem razão nenhuma

E isso demonstra a minha ignorância, preconceito e falta de tato
O medo de se aproximar
O temor da transferência de energias negativas para mim

E olhando por um lado, é pena
Pelo outro, é revolta
Revolta pelo jeito acomodado e reclamão

E assim vamos vivendo
Ora fazendo média, ora cultivando por piedade

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Hoje estou animado
Ao contrário do desânimo de ontem

Também pudera
Era sábado. Dia mundial de sair
E eu estava jogado às traças em plena madrugada
Tem dia que eu gosto e dia que não

Eu tenho um segredo que não revelo para não despertar as bestas de plantão
Afinal, temos que ter cuidado ao dobrar a esquina
Atenção!

Me seguro para não sair falando por aí o que quero
Se tudo sair como planejado, só vai me faltar uma coisa na vida
Ela.

domingo, 2 de novembro de 2008

E ela vai andando jogando seu charme por aí.
É, quem diria! Uma tranqueirinha qualquer.
Mas em tempos secos, vale tudo e todas.

E nessa estrada surgem os mais diversos tipos.
Os que querem só uma noite.
Os que querem só um amasso.
E os que a querem pra vida toda.

Tem os feios de doer.
Os malandros, que acham que com aquela lábia barata estão arrasando.
E os românticos tímidos e desengonçados.

E ela vai por aí.
Um drink ali, um choro aqui.
Ela não tem culpa!
Ela só deixa a vida levar!

Rompeu a algema e agora vai fundo!
Recuperar o tempo perdido.
Pelo menos não se acomodou.

Mas tudo isso é ilusão.
Porque no escuro do quarto ela sempre dorme e acorda sozinha.
Sem ninguém e nada ao lado, a não ser um despertador chato.
É hora de ir.