segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vovós e netos

Vamos falar de temas bucólicos, pacíficos e bonitos. Temas que remetem a nossa infância, a vida cotidiana e a rotina simples de um povo. Nada de desamores, desencontros, amantes que se amam, mas por algum motivo não se encontram. Ilusão e desilusão.

Toda vez que vejo uma relação entre netos e avós (e avôs) fico comovido e saudoso. Bate uma saudade dos meus avôs falecidos a pouco tempo e também da minha vó falecida há 10 anos.

Bate saudade da infância, quando eu não tinha preocupação de nada. Só brincava e ia pra escola. Ficava a maior parte do tempo na minha avó materna, já que meus pais trabalhavam. E era uma farra só. Bicicleta na rua, bola, café da tarde e tudo mais. Voltava pra casa feliz, sabendo que no dia seguinte ia ter tudo isso de novo.

Com o meu avô eu jogava bola, seja na garagem ou no campinho perto da casa. Andava de carro pela vizinhança e os meus problemas se resumiam as lições de casa e a inventar uma nova brincadeira no dia seguinte para não tornar o dia mais chato.

Churrasco no domingo, histórias contadas por eles e , sempre aprendendo e brincando. A vida era uma festa. Eu não tinha problemas em família, não tinha dor de cabeça com empregos e não tinham mulheres deliciosamente atraentes na minha frente para eu me apaixonar e sofrer.

Hoje nada disso restou. Eles se foram e nem a casa existe mais. Só me resta os problemas de "gente adulta".

Dessa saudade toda, resta ainda a minha vó paterna. Toda vez que encontro, que a visito é sempre uma volta no tempo. É o reencontro da criança com o adulto perturbado de hoje em dia.

Por isso quando vejo netos e avós em programas conjuntos me sinto um órfão. E co uma saudade incrível de tudo.
Não sei se terei filhos, mas se os tiver quero ser um tremendo pai e um vovô Caio melhor ainda.

No fundo, sou apenas um sonhador querendo ser feliz.

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