Depois de um período de vadiagem e de exílio consentido e ciente em bares e choperias que parecem ter saídos dos anos 70, cá estou de volta com mais um texto que será lido por poucas pessoas. Quicá, nenhuma.
Vou reproduzir aqui um diálogo interessante que ouvi no fim da semana passada entre dois garotinhos de 6 anos, creio, dentro do elevador.
Entrei no mesmo com eles, após terem lidos um comunicado ao qual meu condomínio convidava para um bazar de natal com a presença do Papai Noel. Segue o diálogo
Menino 1 - Ah que palhaçada esse negócio de Papai Noel
Menino 2 - Para mim, não existe.
M1 - Nem pra mim.
(eu interrompendo)
Caio - E aquele que fica no shopping?
M1 - É alguém com uniforme.
M2 - É mesmo. Um trabalho apenas.
Fui embora, cheguei ao meu andar, claro que notei pelo tom de voz que eles estavam em dúvida sobre a existência ou não e queriam uma confirmação minha. Não falei nada.
Comecei a pensar se essa geração cresce rápido demais, pelo poder da argumentação daquelas crianças. Se criamos seres humanos, ou pessoas competitivas que lá na frente vão nos destruir e serão destruídos pelos que virão depois.
É medonho e cabe a uma reflexão isso.
Memórias
Há 14 anos
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