sábado, 30 de agosto de 2008

Como pode

Ah, tudo é tão simples e complicado.
Somos tão voláteis e tão firmes.
Somos tão amáveis e tão odiados.
O maluco estava certo.
Somos uma metamorfose ambulante.

Nossas opiniões, paixões, dificuldades são firmes como gelatina.
Morremos, vivemos e marchamos todo santo dia!
Como pode isso?

Como pode a gente lutar feito doido por um punhado de papel com valores ou números fictícios em uma fictícia conta bancaria?
Como pode, as pessoas que amamos não viverem para sempre?
Por que nunca aproveitamos elas como se deve e só sentimos falta quando se vão?
Aliás, como pode nós não termos o DIREITO de amar e ser amado por quem a gente ama?
Vidinha estranha essa nossa de gado pensante.

Como pode eu amar tanto alguém e esse alguém me tratar feito lixo?

sábado, 23 de agosto de 2008

O "fracasso" olímpico brasileiro


No país do futebol, fomos disciplinados com a máxima ignorante de que o que importa é vencer. Se o atleta tem o respeitável 2º lugar, ele não é nada. É a mesma coisa que o último colocado. Há quem profira ainda outra pérola da estupidez tupiniquim, principalmente em jogos coletivos: "Prefiro ganhar o bronze porque é fruto de uma vitória do que a prata que é uma derrota"

Sim, quem ganhou a prata perdeu o ouro, mas provavelmente quem ficou com o bronze perdeu na semi final para a equipe que ficou com a prata ou com o ouro. Portanto, é um derrotado também.

Mas o texto em questão, não vai discutir isso. Vamos falar do "fiasco" olímpico do Brasil.


Como se sabe rola muita grana para o esporte nacional. Para o esporte não, para o futebol! Esporte das massas, que muda a vida das pessoas, cujo nosso país é a super potência absoluta com 5 títulos mundiais, muita mídia, enfim, é incomparável. Nossos campeonatos internos são, em sua maioria, ricos, cheios de patrocinadores, celeiros de craques, mas no entanto nunca conseguimos uma medalhinha que fosse de ouro nas olímpiadas.


E os outros esportes? Bem, se não fosse o apoio governamental e de umas poucas empresas eles seriam nulos no país. Os atletas ganham pouco, treinam muito, alguns têm que trabalhar e treinar, prejudicando a dedicação. As condições são precárias, os ginásios estão caindo aos pedaços, campeonatos nacionais e estaduais (quando existem), são vazios de público ,mídia quase não há. Mas no entanto, ganhamos uma porção de medalhas de ouro e campeonatos mundiais.

O que acontece, então?


Outros países como EUA e os da Europa têm mais que um esporte de preferência nacional. Aqui no Brasil não. Só se fala em futebol. Só se respira futebol. Não existe espaço e dinheiro para outro esporte? Porque não prestigiar nosso vôlei campeão olímpico, nossa maravilhosa ginástica, nossos atletas do atletismo, judô, vela, handebol, basquete e tudo mais?


Por causa dessa mentalidade idiota do brasileiro somos obrigados a ver pela telinha atletas batalhadores, esforçados, que estão nesses esportes por puro amor, chorando e "pedindo desculpas" em rede nacional. Meus caros, isso pra mim é humilhação. O atleta não tem que pedir desculpas de nada. Nós é que temos que pedir desculpas.

Desculpas pela nossa ignorância, pela nossa cegueira esportiva, pela falta de apoio e pela falta de compreensão de que ganhar um bronze ir para a final olímpica é uma vitória e tanto.


Essa semana o nadador César Ciello passou pela Avenida Paulista, todo orgulhoso em cima de um carro de bombeiros exibindo sua medalha de ouro. Poucas pessoas o reconheciam e cumprimentavam. Passou despercebido o melhor atleta brasileiro da natação nesses jogos. E isto, eu falo porque estava lá, eu vi!

Repito a pergunta: O que acontece, então?

Eu dou um salve aqui a todos os atletas brasileiros e ilustro o texto com a foto das campeãs olímpicas de volêi feminino. Nossas meninas.


Ah se o brasileiro tivesse toda essa gana de ser o vencedor, não só nos esportes, mas sim na vida!
Seríamos primeiro mundo há muito tempo! Muitíssimo.

domingo, 17 de agosto de 2008

Domingo é dia de churrasco

O brasileiro e suas manias. Tem "o" dia de lavar o carro, "o" dia de feijoada, "o" dia de visitar a mãe, "o" dia de comer macarronada e até uns têm "o" dia de transar.
Pois é, domingo ensolarado é dia de churrasco.
Sempre foi assim.
Hoje constatei isso.

Ao meio-dia saí para comprar algo na farmácia e na churrasqueira do prédio aquela conversa toda, rádio ligado e a indefectível fumaça com aquele cheiro de churrasco.
Paro o carro em um farol, numa rua comercial, sem casas e pasme!Aquele cheiro bom impesteando a rua.
Ao ir na farmácia, o que encontro? O cheiro de um churrasquinho no ar.

Churrasco é bom demais. Mais para conversar, reencontrar velhos amigos e brindar a nossa falsa liberdade de todo fim de semana. No sábado mesmo, rolou um churrasco da minha finada sala. Bando de jornaleiros.

É! O brasileiro e suas manias...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Metrô

Na época da inauguração do metrô (1974) uma estação da Linha Azul era assim. Vai lá e veja se não continua do mesmo jeito.


Pode ser um assunto tanto quanto clichê, ou com pouca imaginação, quem sabe paulista demais. Não importa. Eu adoro o metrô de São Paulo e ele merece um texto aqui.

Primeiro lugar, o que seria da caótica paulicéia sem ele? Seria intransitável! Se com ele já é, imagina sem. O metrô pode ser lotado, demorar, mas é melhor do que nada. Afinal, de carro ou de ônibus você conseguiria ir do Jabaquara para a Avenida Paulista em 25 minutos? Acho difícil hein.

Outra coisa interessante é que notamos de tudo e de todos um pouco no metrô. É a miscigenação geral! É mendigo, é engravatado é maluco e é freira. Todos dentro de um 'buraco de tatu' indo para algum lugar qualquer da capital.
Lendo livros, ouvindo música, pensando no nada ou simplesmente dormindo. É o retrato da metrópole!

E o que falar das estações então? Lindas! As da linha verde são as mais recentes e as mais bem cuidadas. Todas tem esculturas, belos ladrilhos e também possui os trens mais modernos (o péssimo e super faturado Alstom, um "forno" total". As da Clínicas e da Vila Madalena possuem um tubo de passagem gigante, parece que você sairá na China de tanto andar.
As da linha vermelha não seguem muita temática. Cada uma de seu jeito e com suas características.
O que falar da loucura da Sé? Milhões de pessoas passam lá por mês. E na medonha estação República, que tem vãos estranhos e uma estação 'secreta'? Falando em estação secreta e o vão no meio da Pedro II? Seria uma linha que o Maluf ia construir lá. Sem contar o charme de passar em estações como "Anhagabaú" e "República" e claro, é a linha que começa com Palmeiras - Barra Funda e termina com Corinthians - Itaquera, ou vice-versa se preferir.

A linha azul é a mais antiga de todas e foi inaugurada em 1974. Todas as estações tem a mesma padronização. Painéis azuis que mostram o nome da estação e gigantescas faixas coloridas. Um detalhe é que são as mesmas faixas desde a inauguração. Pode ver, em fotos antigas e vídeos como o da propaganda de inauguração do metrô (que tem no youtube), as estações da linha 1 estão iguaizinhas!
Paraíso é a maior de todas dessa linha (atrás da Sé, claro) e lá possui mais um mistério. Quem já foi no piso "sentido Tucuruvi", já deve ter visto uma parte da estação fechada e também uma linha amarela do nada no meio do chão. Atrás da madeira do Metrô estão os trilhos do Ramal Moema. Projeto de interligação do metrô feito nos anos 70 até a zona sul que não saiu de 200 metros de trilhos, e aquela linha amarela seria a divisória. Medonho.

E os trens também. Andamos nuns veículos de quase 40 anos! Mas o pior é que o danado é o melhor dos trens. É o mais amplo e refrigerado. Bem melhor que os apertados da refinada linha verde.

Pesquisando a história do metrô, descobri que em 10 anos, eles fizeram a linha 1 e 3 inteiras! Como pode isso? Os governos atuais fazem 1 estação a cada 4 anos! E olha que naquela época não tinha tatuzão e as condições eram precárias. Para se ter uma idéia abriram a avenida Jabaquara inteira pra construir o metrô. Fora que, as estações Sé e São Bento são verdadeiras obras de engenharias. Afinal, como construí-las sem abalar a estrutura de prédios da era cenozóica?

Eu, se fosse você pesquisava sobre o metrô. Uma das caras de São Paulo. Você vai deixar de vê-lo apenas como meio de transporte. Verás como mais uma atração.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Office-old

Já dizia o general francês De Gaulle: "O Brasil não é um país sério"
Uma outra frase cujo autor (genial, por sinal), desconheço: "O Brasil não é para amadores"

Nosso querido país definitivamente não gosta do passado. Não preserva suas antiguidades, não se ensina bem sua história, não possui grandes heróis do passado e trata mal seus idosos.
Quando não estão jogados em algum asilo pulguento por aí, estão aposentados e trabalhando.
Sim, em alguns países isso soaria paradoxal e o é! Mas aqui no Brasil é normal pessoas aposentadas, com 60, 70 anos tendo que trabalhar para complementar a renda e sobreviver.

Uma prática muito comum em São Paulo, pelo menos, é de usar esses idosos como office-boy. A vantagem é que eles conhecem bem as ruas e , por se tratarem de aposentados, não há a necessidade de registro profissional. Só nesse aspecto o empregador já economiza uma boa grana.

Hoje andando no metrô paulistano notei vários desses senhores. Aparentando 70 anos ou mais, com uma aparência cansada e uma pasta cheia de documentos e contas, lá iam com destino sabe Deus aonde. Não foi a primeira vez que vi, mas dessa vez resolvi escrever algo. No instante em que os vi fiquei pensando se era justo isso para uma pessoa que trabalha desde criança, às vezes, que contribuiu e muito com a cidade, com o país, se sujeitar a isso ainda?
Vá lá, que alguns deles gostem de trabalhar, de se sentirem úteis etc, mas mesmo assim isso é válido?
A pessoa na 3 idade, tem mais é que se divertir, fazer o que gosta e viver intensamente.
Aqui não conseguimos isso.
Pobre pátria que não respeita a idade, a sabedoria e o seu passado.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

E piriri e pororó



Morreu hoje Felisberto Duarte, o Feliz, aos 70 anos de depressão. Pois é, Pedro de Lara, Homem do Sapato Branco e agora o Feliz se foi. Os ídolos da velha TVS (SBT) estão indo nessa...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

China não merece sediar olímpiada




Amanhã inicia-se oficialmente as olimpíadas de Pequim. Adoro os jogos, conheço um pouco de sua história e sempre assisti. Claro que, como leigo no assunto, mas sempre achei um barato a competição entre os grandes e também acompanho com entusiasmo a participação brasileira. Afinal, poucos sabem o quão difícil é um esporte que não seja o futebol, ter dinheiro e condições para se desenvolver por aqui.

O único problema das Olimpíadas é o uso político dela. Como por exemplo, Moscou em 1980, quando os EUA boicotaram os jogos aí em 1984 a URSS e o bloco comunista deu o troco não indo a Los Angeles. Com esses desvios a parte, a olimpíada para mim é mais importante que a copa do mundo. Todos os países participam e há a grande celebração do esporte. Nestes jogos porém, eu não assistirei com tanto ímpeto.

O motivo? Os jogos serão na China. Na "comunista" China. O país que desrespeita os direitos humanos, que mata e espanca os opositores políticos, que proíbe as famílias de terem mais de um filho, que censura a população, que vive em uma ditadura há 60 anos, que cresce e enriquece a custa da pobreza de milhões de trabalhadores, que polui o meio ambiente como ninguém, enfim um país autoritário e desrespeitador.

Olimpíadas é festa, é paz, é harmonia entre povos. E a China não representa nada disso. Pelo contrário. Esses jogos servem apenas para eles tentarem limpar sua imagem perante ao mundo.
Não merecem crédito.
Torcerei como sempre pelo espetáculo, pelo Brasil e seus sofridos atletas. Que seja um belo torneio. Mas que a China não merece, não merece!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Revival de quê?

De tanto algumas pessoas me chamarem de "velho" e "museu", eu já acabei me convencendo disso.
E com orgulho. Chamam de "velho" porque eu conheço coisas do arco da velha, quando nem meus pais eram nascidos. Isso se chama cultura geral. Informação. É estar antenado com o futuro, mas sabendo o que rolava ontem por aqui. Pra falar a verdade eu nem ligo quando me chamam dessas coisas. Primeiro, porque é sempre em tom de brincadeira e segundo , modéstia a parte, tem um "quê" de admiração.

De uns tempos pra cá, voltei a ouvir feito doido músicas nacionais dos anos 80. Aqueles rockzinhos new wave da época. Coisas como Leo Jaime, Metrô e etc..
Eu tenho uma relação de amor e ódio com essa década. Acho ela - culturalmente falando - tosca demais. E não participo dessa admiração e esse revival todo que o pessoal da minha idade faz. Poxa, eu nasci em 1984, você vê o pessoal que nasceu em 1985, 1986 revivendo essa década?! Bem, reviver não é a palavra, eu não revivo nada eu curto apenas.

Mas o engraçado é ouvir músicas dessa década e sentir saudades. Sentir uma nostalgia. Músicas da época que eu tinha meses ou poucos anos. O que será isso? Será que só eu sinto, ou é normal?
Com a palavra os psicanalistas.

Pergunta

Tô fugindo de tentações.
Com medo de me esfacelar novamente.
Devo fugir mesmo?

Às vezes acho que por essas coisas que a nossa vida é sempre mais ou menos...

A nossa vida mais ou menos

Dia desses lendo blogs por aí, vi um post bem antigo. Da época em que o Lula foi reeleito. Nele a pessoa lamentava a reeleição do presidente dizendo assim: "E a nossa vida vai continuar mais ou menos". E é bem verdade.

A vida é bem difícil. Pra alguns é dura, pra pouquíssimos é ótima e pra maioria é mais ou menos.
Por que tem que ser assim?

Analisa comigo: Nós vivemos muito mais ou menos. Se estamos em um emprego legal nos sentimos solitários sem amor e vice-versa. Comemos alimentos mais ou menos. Uns fazem mal. Nós não temos tempo pra fazer o que a gente quer. Somos escravos de relógios e compromissos.
A nossa idade adulta é mais ou menos. A velhice então, nem se fala.

Por que tem de ser assim? Por que não podemos viver tudo intensamente, ter do bom e do melhor, ter amor, carinho, dinheiro e saúde em abundância? Não, é uma coisa ou outra. É tudo mais ou menos por aqui. Até o nosso sorriso é mais ou menos.

Isso pra mim é questão histórica. Seja a religião que ensina que a felicidade plena não existe na Terra. Seja as desigualdades sociais. Sei lá, sei que o Brasil é o país do mais ou menos.

domingo, 3 de agosto de 2008

Vivo lutando contra mim.
Contra as coisas que quero fazer. Acho que pega mal.
E em nome dessa falsa moralidade idiota eu perco tempo e oportunidades em vários aspectos da minha vida.
O pior não é fazer isso. O pior é fazer e ter a consciência de estar fazendo.
Pois é. Acabou.

Falastrão, radical, impositivo e às vezes chato.
Acabava afastando pessoas e amizades ao meu redor.
Será?
Acho que sim (às vezes).

Pois é. Acabou.

Esse sujeito acabou.
É um novo sujeito.
Não há nada a se dizer
Apenas o ciclo natural das coisas
É triste, eu sei.

Sem lenço branco, sem choro e nem vela
Da sua parte sei que não, mas da minha também
Vamos nos reencontrar em alguma curva da vida
Ou nas lembranças tortuosas de nossa mente

Vou cuidar do meu maior patrimônio
Sempre levando você junto

sábado, 2 de agosto de 2008

Eleição no Rio virou guerra por território

O Rio de Janeiro é uma das cidades mais belas e mais importantes do país. Ex-capital federal, potência econômica, efervescência artística e cultural e cartão postal do Brasil lá fora, o Rio sofre nas últimas décadas a ação do tráfico de drogas e do crime organizado. Muito bem organizado diga-se de passagem.
A questão é: Como se chegou a esse ponto?
Fácil. Conivência, estado fraco e relações 'próximas' entre o tráfico e o governo estadual. O tráfico começou a se tornar mais forte e competir com o poder oficial em meados dos anos 80, a partir do governo Brizola. Mas o problema, no Rio e em todo o país, é de modo social e muito mais antigo.
Data desde 1500, como os pobres, negros e minorias foram tratados pela elite e burguesia local. Na época da abolição da escravatura por exemplo, simplesmente "abriram a senzala", libertaram todo um povo que em sua maioria era analfabeto e não tinha muitas habilidades profissionais se oferecer um mínimo de estrutura e apoio. Eram cidadãos (como muitos ainda os são) de 2a classe.

Voltando ao assunto do "estado paralelo" carioca, o fato é que agora os caras estão impedindo candidatos de fazerem campanha em "seus territórios". Ou seja, querem influir no processo eleitoral. Logo, querem tomar o poder.
O governo fluminense, como sempre, recorreu ao poder federal. Requisitando tropas do exército para assegurar o bom andamento das eleições. Com essa atitude o governo estadual mostra sua incompetência. Exército não para ronda na rua, é para defender a nação de outras nações, mas não de uma facção criminosa. Os militares não tem treinamento para isso.

Governo estadual joga a bomba pro Federal que joga para o Judiciário que devolve a bomba para o estadual. Ninguém resolve nada e assim segue a vida na "cidade maravilhosa".
Pobre Rio...

Nada mudou

Ela me dá um beijo na testa
E quer que eu tenha um dia legal
Mas se quiser eu posso ver nas ruas
Senhores, escravos, nada é real
Todo mundo me diz: bom dia
Todo dia sempre igual
Crianças pedem nas janelas do carro
Até nas noites de Natal

Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou

Se ela quer o sétimo céu
Vai ter de subir degrau por degrau
Os melhores momentos do mundo
Não são manchetes de jornal
Os velhos jogam damas na praça
Professores de tudo que é dor
Fingindo esconder a falta
Que faz viver um grande amor

Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

É pau em Obama!

Já deixei bem claro aqui que, se pudesse votar nos Estados Unidos votaria em Barack Obama para presidente. Não que ele vá mudar as coisas, mas é uma chacoalhada nas arcaicas estruturas americanas. Obama vencer, seria como o P-SOL vencer as eleições aqui no Brasil. Não iriam mudar nada, mas pelo menos dava uma animada.
O candidato democrata lidera as pesquisas com uma boa vantagem sobre o republicano John McCain.
A chance da vitória de um negro, descendente de muçulmano sobre o caucasiano, veterano do Vietnã e tradicionalista é real.
E o que acontece?

A mídia de lá e o 'establishment' começaram a criticar ferozmente Obama. Leiam os sites hoje. Uma revista diz que Obama irá mudar leis e causará desemprego, em um comício negros protestaram contra o candidato, a CNN divulgou pesquisa em que parcela dos eleitores acredita que Obama tem relações com o islã, ou seja, é a campanha para desconstruir Obama. É porrada nele.
McCain é o candidato do lamentável George W. Bush. Obama é oposição. Oposição a Bush, mas não aos interesses americanos, como muitos insistem em acreditar.

Pode ser que Barack Obama vença, apesar dessa desconstrução. Pode ser que McCain vença.
O fato não é esse. O deplorável é nós vermos a imprensa americana agindo de forma tendeciosa e de forma anti ética. Lá, é como cá.

Descontrução de imagem, preconceito e boatos infundados? Hummm já vi isso em um certo país da América do Sul...

Começou Agosto!

Teve início o temido mês para os supersticiosos de plantão. Agosto, o mês do cachorro louco.
Para mim, um dia normal.
Que venha e venha fervendo!