terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A pílula, o carnaval, o ministro e a igreja

Pra início de papo acesse o link aí da notícia.
Então vamos lá.

A mais nova polêmica Igreja X Governo trata-se do anúncio da prefeitura de Recife de que irá distribuir as pílulas do dia seguinte durante o carnaval. A igreja Católica, é claro, chiou e o ministro da saúde saiu em defesa da prefeitura. Bate e rebate e não chegam a lugar algum.

***

Eu gosto de carnaval, antes não gostava, mas acho que esses quatro dias (ou cinco ou seis ou tantos que for) devem ser curtidos e aproveitados ao máximo. Ao máximo, mas respeitando seus limites e responsabilidades como ser humano. A "peleja" atual, pra mim, é uma perda de tempo total. Todos erram.

Erra a prefeitura de Recife em distribuir algo que, na minha opinião, deve ser tomado em ultimíssimo caso. A chamada pílula do dia seguinte faz muito mal a mulher, seu efeito é equivalente a de uma cartela inteira da anti concepcional simples. É uma dose violenta de hormônio de uma vez só, desregula todo o organismo e causa muito mal-estar, enfim, beira a crueldade. Acho que a prefeitura poderia distribuir a pílula somente em caso extremo, como os de abuso sexual e/ou estupro, ou então, usar a verba que vai gastar com as pílulas em outros programas de conscientização mais interessantes e baratos.

Erra a Igreja ao querer se meter em assunto externo ao dela. Sua doutrina prega o amor e a vida e renega métodos anti- concepcionais. Ok. É seu pensamento, eu discordo, mas respeito. Mas a Igreja Católica deveria se preocupar com assuntos do seu âmbito ou então em ajudar a sociedade de forma participativa a resolver problemas mais graves.

Erra o ministro em comprar a briga da prefeitura contra a Igreja. O ministro deveria se preocupar com a campanha a favor da camisinha, contra a febre amarela e outras doenças da época do império que insistem em existir no Brasil.

Ninguém é obrigado a nada. A pílula está lá e toma quem quer. Assim como a camisinha, usa quem quer, o sexo faz quem quer e até o carnaval, curte quem quer.
O negócio é ter responsabilidade!
Vamos aproveitar a nossa vida, mas sabendo que ela não acaba agora. Temos muito pela frente e muitos carnavais também.

Ideais firmes como geléia

A pessoa nasce, cresce, desenvolve e se evolui. Dado momento começa a ter opiniões, gostar de umas coisas e desgostar de outras, enfim, ter personalidade. E isso quando se é jovem é tudo. A pessoa é turrona, ela está sempre certa, nunca erra e não adianta: Tudo que o outro gostar ou falar e ela discordar, é abominável e ponto final.

Aí os pais começam a empurrar o dito cujo (a) para o mundo lá fora e o mundo não é como no quarto dele. É meu caros, aí entra o argumento mais infalível de todos. O vil-metal, a bufunfa, o papel moeda, ou seja, o dinheiro.
A luta e a necessidade de se ter dinheiro faz o maior dos radicais se tornar o mais fiel dos flexíveis.
E as idéias do radical se tornam "discutíveis", "contornáveis".
***

Fiz essa introdução para comentar sobre uma pessoa que conheço que até há um certo tempo detestava qualquer tipo de música que não fosse o que ele ouvia, gostava e tocava. O que ele gostava? Eram uns rocks melódicos, hardrocks estranhos e um tal metal progressivo. Coisas de gente 'alternativa', sabe?
Falar em música nacional ou em uma música um pouco mais comercial era um crime! Logo vinham adjetivos como: 'Lixo' 'Porcaria' etc.

Pois bem a tal pessoa hoje em dia por razões até financeiras toca e ouve com orgulho e sem desfaçatez coisas que, para mim por exemplo, sempre foram boas e eram tratadas como sub música por ela. Grupos como "Ira!", "Paralamas", "Audioslave" etc.

Não que a gente tenha que ter a mesma opinião sempre. Mas, como se tratamos de seres que evoluem, pensam, nem sempre o que pensamos hoje vamos pensar amanhã. Portanto, é essencial respeitar as diferenças, os gostos e não ter opiniões tão fortes, pois assim, não nos queimamos por aí e nem geramos atritos. Nossos ideais são firmes como geléia mesmo, então pra quê tratarmos como se eles fossem de pedra?

Como diz aquela música. "Vivendo e aprendendo a jogar"

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Músicas que marcam...

Já disse uma vez Erasmo Carlos. "A música e o orgasmo são as coisas que mais nos aproximam de Deus". Eu não sei.
O que sei é que a música mexe muito com nosso cérebro, inclusive com a memória afetiva. Quem de nós não tem aquela música que lembra da infância, da adolescência, de amores, frustrações, enfim, de fases da nossa vida?

Existem algumas canções pra mim que são fatais nesse aspecto. Eu não posso ouvir, por exemplo, "Mila" do Netinho e não lembrar de quando tinha meus 12 anos de idade e ia pra escola naqueles tempos. Ou então ouvir "Garota Nacional" (Skank) e não lembrar de como eu era feliz aos 10 anos de idade. Chegava em casa da escola, pega um pacote de bolacha, ligava a TV e sonhava. Indo mais fundo ainda. Ouvir aquelas músicas da Xuxa me trazem as mais remotas lembranças. Festas de aniversário, o nascimento do meu irmão e todas aquelas coisas boas de quando somos crianças. Dias desses ao ouvir "Doce Mel", que era o tema de abertura do "Xou da Xuxa" me arrepiei todo e quase chorei. As músicas nos trazem todas aquela sensações de volta e, ao mesmo tempo traz a frustração por não voltar aquele tempo.

As amizades que se foram? É infalível ouvir "Radio Ga Ga" (Queen) e não lembrar de um amigo meu de escola, impossível não ouvir "Torn" (Natália Imbruglia) e não lembrar de uma amiga que perdi no tempo.

Situações também. Como poderei esquecer as madrugadas diagramando meu TCC regadas a café e Secos e Molhados? Pra ser mais exato a música "Primavera nos Dentes". Inesquecível. Eu não posso ouvir "Mar de Gente" e "Rodo Cotidiano" (O Rappa) que eu me lembro do meu primeiro ano de faculdade.

E os amores? São um caso a parte. Não dá pra ouvir Backstreet Boys e não lembrar de uma, ouvir "Uma Partida de Futebol" (Skank) e não lembrar de outra, ouvir Ivete Sangalo e não lembrar de outra acolá.

As músicas ficam, o tempo não volta e a saudade ás vezes pega pesado. Mas chega de nostalgia, vai! Haverão músicas que ainda nem foram escritas e que eu, lá na frente, irei ouvir e lembrar de fatos e pessoas.

(Na cabeça nesse instante uma música. "Chiclete com Banana - Diga que Valeu", então valeu demais!)

O caso Jango

Deu na Folha de São Paulo de ontem, dia 27, que o presidente João Goulart (1961-1964), morto em 1976, teria sido envenenado a mando do governo brasileiro e não falecido de ataque cardíaco como diz a versão oficial. Quem declarou isso foi um ex- agente do serviço secreto uruguaio, que teria efetuado o "serviço".

O agente uruguaio teria recebido a ordem do - detestável - delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury (um troglodita torturador que morreu por razões estranhas em 1979) e este por sua vez teria recebido as ordens diretamente do presidente da época, Ernesto Geisel.

Ora bolas, algumas perguntas devem ser feitas aí.
Primeiro: O porquê de ressuscitar esse caso depois de 32 anos?
Segundo: O ex-agente uruguaio tem provas?
Terceiro: O que isso muda na história?

Todos os brasileiros com um mínimo de consciência política sabem como foi a ditadura militar do Brasil e também sabem que existe muita coisa daquela época mal explicada.
Eu mesmo, acho muita coincidência a morte de 3 líderes pré-1964 em menos de 1 ano.
Primeiro foi o ex-presidente Juscelino Kubitschek, do centro, em 1976 num obscuro acidente de automóvel na Via Dutra. Depois Jango, da centro-esquerda, também em 1976 de ataque cardíaco. E por último em 1977 Carlos Lacerda, o nosso reaça-mor, de direita, também de problemas cardíacos. Ou seja, em 1 ano se foram os maiores líderes brasileiros pré 1964 dos espectros políticos.
Só Brizola escapou, graças ao exílio nos EUA do então presidente Jimmy Carter.

Para entender a série de 'coincidências' temos que entender a situação da época. Em 1976 Geisel prometia a abertura política do país. Abertura esta, que seria 'lenta' 'gradual' e 'segura'. Pois bem, para evitar um 'caça ás bruxas' depois de entregar o poder aos civis, os militares teriam que tirar de campo os líderes pré 1964 que foram prejudicados pelo regime?
Quem seriam?
JK, que foi cassado, Jango, que foi deposto, Carlos Lacerda que foi cassado e Brizola, o agitador golpista, que também fora cassado.
Daí se entende quê?

Bem, a pergunta fica pro leitor.

Eu acho que isso não vai levar nada. Os personagens principais dessa história morreram todos. Talvez ainda não seja a hora de mexer em um passado tão traumático para o país.

Psiu!

O blog agora aparentemente tem leitores. Então vamos nos comportar, ok?
Hahahahahahahahahahahahahahahahahahaha

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Li essa pergunta em um fórum de discussões sobre o metrô paulistano e realmente é de se pensar em uma resposta convincente pra ela:
Os metrôs da Cidade do México e de São Paulo tiveram suas construções iniciadas quase que ao mesmo tempo nos anos 70. Como pode a capital mexicana ter 440Km de trilhos e São Paulo apenas 70Km??

Parabéns São Paulo!

Ontem foi aniversário de São Paulo. 454 anos.
Não poderia deixar de homenagear aqui a cidade. Poderia escrever um texto falando da minha relação com a cidade. Mas não estou muito inspirado agora, talvez depois. O que posso falar é que cada dia que passa me apaixono mais pela cidade. Consolação, Anhagabaú, Bixiga, República, Paulista, Sé...Ahhh são muitos lugares. Muitos mesmo.
O que são aqueles prédios do centro? A Paulista, o corredor financeiro? A boca do lixo e sua cena alternativa? O Metrô? Os restaurantes? O sotaque? Muita coisa.

Poderia resumir com esse vídeo que é simplesmente a cara de São Paulo.
Adoniran Barbosa e Elis Regina cantando 'Iracema', 'Samba do Bixiga' e 'Saudosa Maloca' em um autêntico boteco paulistano na Bela Vista (Bixiga).
Viva São Paulo!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

"Eu acredito é na rapaziada..."

Débora Nascimento é Andréia Bijou em "Duas Caras" (Globo)

Não poderia deixar de escrever algo sobre essa mulher aí da foto. Ela é Débora Nascimento e interpreta a suburbana Andréia Bijou na novela "Duas Caras" da Rede Globo. Seu personagem é herdeira do terreiro da favela e seu sonho é ser madrinha de bateria no Carnaval.
Débora tem 22 anos é modelo, filha de delegado de policia e noiva de um estudante de engenharia. Ela tem futuro.

Além disso, é simplesmente uma das mulheres mais lindas que vi nos últimos tempos. Morena, olhos claros, seios fartos naturais, curvas esculturais. Ah, eu ia fácil.
Está aí uma boa razão para assistir a trama de Aguinaldo Silva.

Morre Paulo Patarra



Revista Realidade e Paulo Patarra: A Criatura e o criador.


Faleceu na tarde de ontem, segunda feira, o jornalista Paulo Patarra de 74 anos. Patarra tinha câncer na garganta descoberto em 2006, passou por cirurgia para a retirada das cordas vocais e desde então lutava contra a doença.

Não cheguei a conhecer Paulo Patarra, mas admirava e admiro sua história e seu ideal jornalístico.
Inquieto, ateu e revolucionário, o jornalista trabalhou em diversas revistas e emissoras de TV como por exemplo: Globo, SBT, Última Hora e Editora Abril. Nesta última, foi onde marcou seu nome na história, participando da louca redação da Quatro Rodas no começo dos anos 60 e depois liderando e criando a melhor revista da história do Brasil: A Realidade.

Patarra, foi o inventor da revista. Criou o projeto, montou a redação (a melhor de todos os tempos) ,vendeu a idéia para os Civita e fez 'Realidade' ser a revista mais vendida e mais influente de sua época (vendendo 500 mil exemplares de 1966 a 1968). Com a decretação do AI-5 e a pressão de Brasília sobre os donos da revista. A redação original (inclusive Patarra) se demite, a revista perde seu objetivo e vaga pelo espaço até encontrar seu fim em 1976.

Durante meu TCC ano passado (que foi inspirado na Realidade), tentamos contato com Paulo Patarra. Para nossa surpresa, ele já não falava e se encontrava muito debilitado.Uma pena.
Vai-se o espírito, fica a lição de um bom jornalismo. Fica a lição de um jornalista autêntico, romântico. Fica o mito, o exemplo, a escola e a história. Boa viagem Patarra.

Para quem quiser se informar melhor, deixo o link de 3 matérias.

1 - A última entrevista de Paulo Patarra, para o site ABI OnLine em abril do ano passado.
2 - Texto do ex-repórter de "Realidade" Carlos Azevedo sobre Paulo Patarra
3 - Artigo de José Carlos Marão, também egresso de "Realidade" sobre Patarra

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O que é isso 2?


Wagner Manc...digo digo Montes dançando algo que ele chama de "Dança do Capiroto"em seu programa 'Balança Geral' exibido apenas para o Rio de Janeiro pela Record. Provavelmente ele deve seguir a doutrina da emissora e virou evangélico. O gingado de sua perna direita é incrível.

ATENÇÃO: Ele pode ser o novo prefeito do Rio de Janeiro.

O que é isso?


Pelo que eu descobri essa menina aí se chama Maísa, deve ter de 5 a 7 anos, era cantora no "Programa Raul Gil" e foi contratada pelo SBT para apresentar o programa "Sábado Animado".

O fato é que a menininha é muito inteligente, ativa e sincera. Ela tira sarro de participantes que falam errado, diz coisas desconexas, foge da 'pauta' do programa e recebe orientações de uma voz do além. Essa voz por sinal é da diretora do programa, Sílvia Abravanel (sim, filha dele mesmo). Como Maísa não deve se adaptar ao ponto eletrônico, Sílvia dá as ordens em público mesmo. Com o áudio indo ao ar e tudo.

Eu fico me perguntando como os pais da menina a expõe desta maneira? Ela pode até gostar e tal, mas acho muito precoce. Pior, como Sílvio Santos permite uma coisa dessas na sua emissora? Bem, o programa deve dar audiência, então pra ele, sem problemas.
Já vi essa história de meninas prodígios na TV. Lembram da Simony? É, né?

A tal aliança de compromisso.


A coisa mais comum de se ver atualmente em casaizinhos de namorados, dos 12 aos 20 e poucos anos, é uma indefectível aliança de bijuteria (geralmente prateada) na mão direita. Sim, como aquelas de noivado, mas não são as ditas-cuja. São alianças de compromisso. Compromisso do quê?
Bem, vamos la.

Teoricamente eu não gosto de alianças. Nem de casamento e muito menos as de noivado (acho noivado uma besteira só, coisa feita apenas para cumprir o 'script'). Por mim não usaria. É um símbolo pagão, tribal, que serve apenas como uma algema, como um sinal para a sociedade que este homem pertence a uma mulher e esta mulher pertence a um homem. Portanto, pretendentes, caiam fora! Ele (a) já tem dona (o).

Essa aliança de compromisso é usada pelos casais de namorados adolescentes e também pelos mais velhos com o objetivo oficial de 'selar a seriedade do relacionamento'. Eu disse oficial, mas não o real.

Com a banalização do ato de beijar na boca, qualquer um 'pega' qualquer um sem compromisso nenhum. É o famoso 'ficar', e aí é que entra a simpática aliança. Quando você está em uma festa, balada, etc e porta o simpático acessório isso significa para algum possível pretendente que? Sim, isso mesmo. Que a pessoa é comprometida e que com ela não tenho chance.
Trocando em miúdo: Ele (a) tem dona (o).

Geralmente quem faz isso são casais cujo o homem ou a mulher não tem segurança plena do parceiro (a) e, com a aliança além de mostrar a sociedade que a pessoa namora, também (ledo engano) acreditam que podem comandar a (o) parceira (o).

Bobagem e hipocrisia. Assim como em um casamento, não é uma simples alge.. digo digo aliança que vai definir o grau de fidelidade de uma pessoa.
O negócio está na cabeça e nas atitudes e não em um artefato de metal.

Bloglog. Gostei!

Foi lançado há pouco tempo pela Globo, um site que reúne diversos blogs de personalidades,principalmente do meio artístico e globais. O Bloglog. O site reúne - como eu já disse - blogs de artistas e somente deles.
Tem muita coisa interessante por lá. Cito aqui de cabeça, os blogs do José Wilker, do Ney Latorraca, do Boni, do Chico Anysio e do Aguinaldo Silva. O Blog desse último, por sinal, merece um comentário melhor. Aguinaldo, apesar de entretido em escrever a atual novela das 21h, não deixa seu diário virtual sem atualizações por muito tempo, além disso, ele usa o espaço para responder as críticas e pelo pseudo 'fiasco' de sua novela. Vale a leitura pela soberba e pelo delicioso texto de Aguinaldo, que pra mim é um dos maiores dramaturgos desse país.

Evidente que no Bloglog tem muita coisa menor e - por que não? - descartável. Os blogs da filha caçula do Renato Aragão, da Hebe Camargo e da Carolina Dieckmann por exemplo, são exemplos de diários nada interessantes feitos com o mero intuito de atrair page-views.

Mas o resultado final é interessante. Boa idéia da Globo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Que ânimo hein Lula?!

Lula no momento em que decidiu nomear Edison Lobão (PMDB-MA) para Ministro das Minas e Energia.

Foi nítido durante esses últimos dias que Lula não queria nomear Lobão e o PMDB o empurrou guela abaixo. A pergunta é: Quem está mais animado na foto? Lula ou o Cristo crucificado?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Desbalanço Geral

O apresentador e o cenário do "Balanço Geral": Até o cenário lembra o "Cidade Alerta"


Outro dia liguei a TV na Record ao meio-dia e me deparei com um programa 'jornalístico' de prestação de serviços chamado "Balanço Geral". O programa é apresentado por Geraldo Luís, um homem que deve ter lá seus 40 anos e fisicamente lembra - e muito - o sumido Jorge Kajuru.
O programa consiste em uma mistura do velho "Cidade Alerta" com o também velho "Disque Record".
Sensacionalismo e exibição de mazelas humanas pura e simplesmente, sem nenhuma ação efetiva. O programa concorre com o SPTV, pois é no mesmo horário e também é regional (cada estado tem o seu 'Balanço'...).
Essa atração lembra o jornalismo dos anos 90 na TV ('Aqui Agora', 'Cidade Alerta' etc.).

O apresentador fala com entonação radiofônica(ele deve ter muitos anos de rádio) e seu estilo é um misto de Datena com Ratinho. Vive falando que no programa 'o povo tem vez' e também vive elogiando a Record, talvez querendo ganhar pontos com a emissora da Barra Funda.

Em resumo: É o mais do mesmo. Aquilo que você já viu a Record, o SBT e tantas outras fazerem desde a época do "Povo na TV".
Caia fora porque é um desbalanço só

sábado, 12 de janeiro de 2008

O apagão

Estão falando na imprensa que pode ocorrer um apagão energético esse ano ou em 2009.
Não sei se isso é verdade ou não, pois a má vontade da grande imprensa com o governo atual é enorme.
Enquanto isso, tudo indica que o Presidente vai indicar o Senador (e puxa saco-mor do Sarney) Edison Lobão (PMDB - MA) para o Ministério das Minas e Energia.
Lobão, entende tanto de Minas e Energia quanto eu entendo de fisíca quântica. Sua nomeação será apenas para agradar o PMDB velho de guerra.

Bem, desde 2003, ouço falar que existem relatórios do governo alertando para maiores investimentos nessa área afim de afastar o risco de apagão.
Se realmente houver o racionamento ou coisa assim, serei obrigado em 2010 a não votar no candidato do Presidente Lula.
Empurrar com a barriga "companheiro", é uma das coisas mais ridículas e que deveriam ser extintas da cultura nacional. Não dá.

A vontade de ser jornalista

Pois é. Me lembro quando comecei a me interessar por jornalismo e querer ser um jornalista. Vamos voltar no tempo 12 anos (pôxa, tudo isso?), lá para 1996.

Nessa época eu tinha 11 anos e era um menino como qualquer outro dessa idade. Qualquer outro não! Eu tinha hábitos meio estranhos para um quase pré adolescente dessa idade. Eu lia jornal (inteiro, menos economia, porque aí seria demais), revista ('Veja' (argh!)), assistia telejornais com ímpeto, adorava aulas de História, Geografia e uma matéria chamada PV (Projeto verde), que era sobre meio ambiente. Além disso tudo, eu também não gostava muito de jogar futebol e essas brincadeira de rua. Gostava mesmo era de video-game, televisão e me permitia um álbum de figurinhas do Street Fighter também.

De tanto ler jornal e revista (Folha de S.Paulo, principalmente), despertou em mim uma vontade de escrever mais do que as redações e os deveres da escola. Aí um belo dia, achei um bloco de papel, caneta e escrevi um texto comentando a programação noturna das televisões. Não mostrei pra ninguém. Eu nunca mostrava nessa época. Se bem me lembro, era um texto prosaico (um pouquinho mais que este), extremamente opinativo, assim como os outros que se seguiram e que eu escrevia religiosamente às segundas, quartas e sextas. Escrevia como se tivesse prazo pra entregar. De junho de 1996 a fevereiro de 1997 eu produzi uns 40 textos (claro que durante esse período tirei 'férias' também, como todo bom trabalhador), sempre dando minhas opiniões sobre um fato de relevância e também soltando a imaginação e criando situações. Apelidei carinhosa e inocentemente, esses textos de "Crônicas". No futuro iria descobrir que o nome não estava tão errado.


Me lembro muito bem de uma saga que fiz sobre as férias (O lado ruim das férias em 3 partes), que chegou a fazer sucesso entre as pessoas que leram. Essas sagas mostravam a ida e a volta de uma família para uma casa de veraneio e todos os seus problemas (carro quebrado, falta do que fazer, chuva etc). Me lembro até hoje do nome do personagem principal: Gumercindo.

Esses textos não existem mais. Adoraria relê-los . Vou ficar na saudade, porque em uma dessas mudanças de casa, o envelope com eles, se perdeu.


Nessa época eu adorava escrever e as idéias fluíam de forma fácil. Não tinha responsabilidades e também não conhecia as regras do jogo, então tudo era uma grande brincadeira. Meio incomum, mas uma brincadeira e naquele tempo eu estava tão empolgado e achava o mundo jornalístico tão legal e tão bom que pensava: "Quero ser jornalista!"
É, 12 anos depois, eu continuo querendo ser...

Aliás, ser não, porque já me formei. Mas adoraria exercer. Ser de fato. Será que consigo?
Ou será que as circunstâncias e o sistema me empurrarão para uma profissão qualquer, onde serei mais um burocrata chinfrim, com o único objetivo de receber uma grana no fim do mês?
Chove. Chove demais. Choveu o dia todo.
E eu adoro a chuva, principalmente nesse horário (a noite).

Além daquelas coisas clichês todas (e que eu concordo com a maioria, diga-se de passagem), eu adoro a chuva pois faz lembrar da infância.
Lembra o tempo em que eu ficava assistindo desenho na TV, na casa da vovó. Luz acesa, cortinas fechadas, 5 horas da tarde. Eu tomava café com leite e comia rosquinhas. O mundo lá fora caía em água. Pouco me importava.

Agora mesmo eu olho a janela e tá tudo escuro, uma meia dúzia de luzes e só ela reinando na rua. A chuva. Que venha para nos renovar.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Em paz com a piauí...

Depois de 1 ano, voltei a comprar e ler a revista piauí. Confesso que o que me chamou a atenção para a edição desse mês foi o perfil de José Dirceu feito pela revista. A repórter ficou na cola de Dirceu 1 semana e conseguiu boas revelações do ex chefão do governo Lula. Fiquei atiçado, comprei a revista e li aquelas 12 páginas de matéria em 20 minutos.
Muito bom. Texto impecável e com uma característica que hoje está se tornando um diferencial no jornalismo (e deveria ser uma obrigação) : Imparcialidade.

Pois bem, a edição desse mês tem outras matérias boas. Um outro texto que achei interessante foi sobre o Maestro Neschling da Orquestra do Estado de São Paulo.
Acho que piauí está no caminho certo. Com matérias bem apuradas, bem escritas e com temas relevantes. Acho louvável que a publicação esteja saindo aos poucos daquele papinho cabeça demais, com matérias nonsenses, dispostas apenas a suprir a necessidade das tribinhos intelectualizadas por aí.

Vida longa!