Nós não temos tempo para fazer tantas coisas que gostaríamos de fazer.
Somos sobrecarregados de hora disso, hora daquilo, compromissos e tal que nos esquecemos de coisas simples da vida.
Hoje ao deixar o carro na oficina para um check-up voltei para a casa a pé.
Passando entre casas e pessoas que a minha vida atribulada de morador do centro não me permite ver.
Esta lá, tudo igual como na minha infância. A panela no fogo, o rádio AM ligado e as vizinhas no portão.
Crianças chegando da escola pelos braços da mãe ou da vó (que nem a minha vó fazia), o cachorro latindo e a bola rolando solta na rua.
Vendedores de tapetes se juntam a pregadores evangélicos de araque e fazem o dia a dia de um bairro.
Quanto bucolismo. Esse é o modo de vida do brasileiro. Fui criado um pouco nele e um pouco nessa loucura urbana.
Até cheguei a pensar que não existia mais esse modo de vida que a gente não encontra em nenhum lugar do mundo. Simplicidade e cordialidade.
Cheguei em casa, me deparei com telefones celulares, notebooks e notei: Voltei a vida moderna que nos atropela.
Memórias
Há 14 anos
Um comentário:
Eu ainda não consigo me decidir se prefiro uma vida pacata de cidade de interior ou a vida agitada da cidade grande.
Sou uma pessoa muito urbana, e acho que o caos se faz tão presente em mim que quando fico em um local um pouco mais pacato sinto falta da agitação.
Acho que prefiro morrer de caos do que morrer de tédio rs
Imagino meus filhos... acho que eles nunca saberão o que é uma cidadezinha pacata de interior e essas coisas que fizeram parte da infância nossa.
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