domingo, 13 de julho de 2008

Não, você não vai me achar nas esquinas mais bem iluminadas
E muito menos em restaurantes luxuosos

Não, não fale nada que possa te comprometer
É bem mais cômodo manter esse jogo de aparência

Se quiser me encontrar vá ao puteiro mais próximo
Ao beco da rua de baixo e ao boteco mais mal iluminado da cidade

Você não vai me encontrar em salões de beleza e nem em recepções sociais
E muito menos em trabalhos dignos com profissões indignas

Meu projeto de vida é outro, baby
É a vida roubada, curtida a laço

Se você tentar me achar em escritórios e de terno e gravata
Dará com a cara na porta

Eu não estou na sorriso do bebê e nem no abraço falso da igreja
Estou aonde você menos espera

No ponto de ônibus de madrugada, no olhar pedinte do mendigo
Nas coxas das putas e no copo de álcool jogado por aí

Eu estou do seu lado e você finge que não vê

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