domingo, 13 de julho de 2008

Desabafo

Existem determinadas épocas de nossa vida que nós percebemos que é preciso mudar.
Mudar.
Seja o corte de cabelo, o comportamento, a roupa, os amores e amizades.
Sim, o círculo social.

É necessário analisarmos bem quem está ao nosso redor.
O que querem com isso? O que agregam em você isso? Você agrega neles?

Amizade, é isso. É doação, é sentir-se bem com a pessoa. É ter sempre assunto. É não ter inveja.
É como diz a música "O sorriso e abraço festivo da minha chegada". É você ficar contente, abrir um sorriso, se emocionar com o amigo. É ficar dias e dias sem falar com a pessoa, mas quando encontrá-la agir como se estivéssemos juntos o tempo inteiro. Resumindo: É confiar e gostar da outra pessoa.

Existem pessoas que a ciência não explica bem (a maioria, diga-se de passagem) , que gostam de você, mas só vão dar valor e sentir falta quando perdê-lo!

Por que toda essa explanação fuleira e vagabunda?
Porque começo a sentir isso. Começo a sentir que para um grupo determinado de pessoas, sou visto como chato, como uma pessoa 'tolerável'. Não vejo mais o agrado em minha presença, em meus assuntos, em minhas intervenções, enfim, na minha pessoa.

Começo a achar que caminhos distintos tomados pelas pessoas requerem tomadas de atitudes de minha parte.

No começo desse ano perdi um "amigo" assim. A pessoa sumiu, sem motivos, do nada, eu tentei por alguma tempo contato, mas como vi que a pessoa se esquivava eu parei. Não fui atrás. Claro, não vou negar, sinto falta de conversar com ele. Era uma pessoa que tinha lá algumas afinidades comigo, mas vou fazer o quê? Paciência.
O pior não sei nem se é a falta dele, mas é o fato de que me indispus com outras pessoas que gostava e gosto muito por sua causa. Erro. Aprendi que não se deve fazer isso com ninguém. Valeu a pena? Não.

(...)

O caso agora é que não sinto reciprocidade nos atos com algumas pessoas que tiveram um grande relacionamento comigo. Tanto profissional como pessoal.
Eu falo algo, responde secamente.
Eu ligo, tratam-me formalmente demais.
Eu visito-os e e tratam como se eu fosse uma má companhia. Meio que o Bush visitando o Chavez.

Eu sempre sou solícito com todos. Me dá prazer e não me custa nada, ajudar meus amigos. Mas o mínimo que espero é amizade verdadeira e se tiver algum problema comigo que fale, resolva.

Sinto-me inconveniente, chato, perturbante. Não ouço palavras carinhosas, nem gestos carinhosos. Um quê de obrigação no ar.

Bem, nessas horas eu me pergunto. Para quê continuar com isso? Ganho o quê com isso? Meu afastamento será bom para ambas as partes.

Posso estar sendo o mais injusto de todos? O mais errado? Posso estar.
Por isso que não vou tomar nenhuma providência nesse momento.
Vou ficar quieto na minha.

Mas estou triste. Triste por não merecer isso. Triste porque, modestamente, sou um cara legal. Triste porque faço de tudo e dou muito valor para os meus amigos. Triste porque só quero ser feliz e que todos também o seja. Só isso.

Por isso, às vezes é chegada a hora da renovação. Pessoas vão e vem da nossa vida. Elas fazem opções, repito, e nessa hora basta a gente respeitar as opções das pessoas.

E não adianta porque não citarei nome algum e nem darei indícios sobre quem estou falando.

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