O Brasil de 1989 ia eleger seu presidente, pela primeira vez em 30 anos. De um lado o senhor à esquerda na foto. Barbudo, mal vestido e sem instrução. Representava o povo, os trabalhadores. Do outro lado o senhor da direita. Bonitão, jovem, elegante, cheio de retóricas e críticas a corrupção e aos "velhos" políticos. Um odiava o outro. Eram como àgua e óleo. O nosso galã de plantão acabou vencendo por pequena vantagem.
E o restante é história das boas...
Passados 20 anos, o barbudo - que não é mais tão barbudo assim - é o presidente da vez e o caçador de marajás é senador. Um está aliado ao outro. Um defende o outro.
No circo legislativo de Brasíllia onde um velho conhecido de bigodes dá as cartas, o senador se elegeu para importante comissão. Como que renascido das cinzas. Depois de cassação, ostracismo, eis que surge com sua bela cabeleira castanha como presidente da Comissão de Infra Estrutura do Senado. E com apoio (velado) de quem? Sim, dele mesmo do outrora comedor de criancinhas.
Nossa política é sempre muito ágil e rápida (quando querem). Inimigos se tornam amigos e vice-versa sempre colocando, claro, os interesses do distinto público acima de tudo.
Que beleza né?
E enquanto o molusco e o Collorido confraternizam, o Sr. Burns e Mãe Dilma, vão disputar apenas o volante do trem. Que é sempre dirigido pelos vagões, que atendem pelo nome de PMDB.
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