Sem dúvida nenhuma, ele foi o Pelé da minha geração (e da dele também), o grande ídolo. Lembro-me dele em 1993/1994 tocando o terror no Cruzeiro. Depois do tetra, foi para a Europa e aí foi só alegria. Mas vieram as frustrações, as contusões. Tal qual uma fênix ressucitou em 2002 para nos trazer o penta. E nova queda. Nova lesão e novos escândalos.
Confesso que, no fim do ano passado, quando foi anunciada a contratação de Ronaldo pelo Corinthians desdenhei e achei que era apenas uma ação de marketing. Boa para ambos. O Timão pois estava acabando de subir novamente para a 1 ª divisão e para Ronaldo, que fora de campos aparecia nas páginas dos jornais pelos seus escândalos particulares.
Depois de muito treino, uma recuperação lenta (e que ainda está em curso), o Fenônemo voltou aos gramados. Sempre jogando a metade final do 2º tempo. E sua estrelha brilhou justo na hora que precisava brilhar. Palmeiras X Corinthians, o clássico dos clássicos paulistas. Nos acréscimos e buscando o empate, um escanteio, bola na área e ela vai para a cabeça de Ronaldo, tal qual um objeto atraído por um imã. Cabeceio e gol! O jogo está empatado. O eterno número 9 marca seu primeiro gol pelo Timão e justo em cima do aqui-rival. Ele mudou a história do jogo, se tornou assunto nacional e provou, mais uma vez, que é um predestinado. Que sabe jogar bola. Que é diferenciado.
Dane-se a vida pessoal do cara. E que venham mais jogadas geniais. Só me resta dizer: "Joga bola, jogador! Joga!"
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