quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Os tais cartões corporativos

Eis aqui o motivo da mais nova polêmica


Nesses dias pré, durante e pós carnaval tem se ouvido muito falar sobre o uso dos cartões corporativos do Governo Federal. Estes cartões foram criados em 2001 por FHC com o intuito de substituir o talão de cheque (que era a forma de pagamento utilizada), e também de um maior controle e transparência dos gastos públicos. Os cartões são distribuídos para pessoas chave do governo como ministros e outras autoridades, que podem usá-lo para fins profissionais. Todos os gastos têm que ser justificados e - se for o caso - um reembolso é pedido por parte do governo.

O Problema

O Governo Lula tem alguns ministérios 'estranhos' (para ser sutil) aos olhos do grande público e que podem passar uma certa inoperância e mero cabide de empregos. A mais nova polêmica se deu quando descobriram que a ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, havia utilizado junto com assessores o cartão corporativo de forma não muito profissional, digamos. Gastos com bares, restaurantes e outras coisas chamaram a atenção para a farra. A ministra, com toda a razão, caiu e com a mesma velocidade que ela perdeu o emprego começou, pela imprensa e pela oposição, uma varredura nos gastos do governo com seus cartões. Gastos esses feitos com dinheiro público.

Ministra exonerada: "Foi preconceito"

A ministra Matilde em sua carta de demissão declarou que sofreu 'muito preconceito' das pessoas e que essa teria sido uma das razões de sua queda. Ora, ministra! Francamente! AO invés de se apegar a clichês que não condizem com a verdade, porque não usa o espaço para explicar os gastos exagerados e também suas ações no ministério? Ações essas que poucas pessoas sabem.

A CPI

Nós temos uma péssima oposição. Uma oposição udenista que não se conforme em estar fora do poder e não aceita a eleição e a reeleição de Lula. Nossa oposição é hipócrita e só quer azucrinar (e quicá derrubar) o governo. O que ela propôs? Uma CPI, é claro. O governo, esperto, resolveu assumir as rédeas da CPI e decidiu criá-la só que com um porém. Investigaria os gastos da gestão FHC também. É o sujo querendo jogar o mal lavado na briga.

A Imprensa

A coluna de apoio de tucanos e 'demos' chama-se imprensa. A grande imprensa. A mesma que na época do 'Mensalão' criou factóides como dinheiro de Cuba na campanha de Lula e outras palhaçadas irresponsáveis. Diariamente os jornais, revistas e sites, bombardeam nossos olhos com mais cartões e gastos. É claro e evidente que o DEVER da imprensa é noticiar, fiscalizar, mas um mínimo de isenção é necessária. E algumas figuras da imprensa não o tem.

A Hipocrisia da Oposição

Esse papo de investigar os gastos dos cartões corporativos não é coisa recente. Desde a época da primeira crise do atual governo que se fala nisso. Só se falava, mas nenhuma ação. Agora, pelo jeito, vão agir. O que é hipócrita na verdade é o fato da oposição desconfiar do mal gasto dos cartões e mesmo assim empurrar a investigação para quando lhe convir. Isso tem nome. É politicagem. E mais: Por que não investiguemos também os cartões corporativos estaduais? Vamos passar esse país a limpo!

O Governo trapalhão agora vai aguentar a CPI

Quando Lula assumiu, em 2003 ele disse: "Nós não podemos errar e ainda menos na política"
Pois é. É o que o governo dele mais faz. Errar na política.
Cartão corporativo serve para gastos estratégicos, como segurança, translado e outras coisas importantes e que toda a corporação necessita. Mais uma vez alguns ' companheiros' de Lula não entenderam o recado e gastaram com bares, chopes, mesa de sinuca, tapioca...
Assim não dá! Que sejam exonerados todos os que gastaram de forma irresponsável e, não só demitidos, mas que devolvam o dinheiro gasto. Agora o governo vai aguentar uma CPI, uma agenda negativa. Isso pode ser bom ou ruim. Bom pela transparência e ruim pois pode afetar nossa economia. Já dizia o ex senador Jorge "Herr" Bornhausen (DEM-SC): "CPI a gente sabe como começa mas não sabe como termina"
Transparência, meus caros é essencial em todos os aspectos da vida. Ainda mais quando o dinheiro não é seu e sim dos outros.

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