Ele voltava do bar e andava desconfiado pelas ruas. Sempre o fora. São quatro horas da manhã, as ruas estão tranquilas e os ônibus começam a reiniciar o tráfego. Pouquíssimos carros e o dele era um desses. Como a rua é linda nesse horário e com essas doses de Whisky, parece que foi fabricada pra ele, para seu único e exclusivo deleite. As luzes, os semáforos e todas as casas e prédios apagados dão uma ar maior de beleza. E a noite então? Nem se fala. Ele adora. Observa aquele céu escuro e sente a brisa gostosa da madrugada. A brisa que nos inspira, que nos acalma e conforta.
Ele chega em casa. Luzes apagadas e todos dormindo.
Ele pára e pensa, como as pessoas não aproveitam essa solidão, essa inspiração e essa beleza escondida da noite.
É, não iria adiantar. Elas nunca entenderiam o fascínio da noite.
Memórias
Há 14 anos
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