Pra início de papo acesse o link aí da notícia.
Então vamos lá.
A mais nova polêmica Igreja X Governo trata-se do anúncio da prefeitura de Recife de que irá distribuir as pílulas do dia seguinte durante o carnaval. A igreja Católica, é claro, chiou e o ministro da saúde saiu em defesa da prefeitura. Bate e rebate e não chegam a lugar algum.
***
Eu gosto de carnaval, antes não gostava, mas acho que esses quatro dias (ou cinco ou seis ou tantos que for) devem ser curtidos e aproveitados ao máximo. Ao máximo, mas respeitando seus limites e responsabilidades como ser humano. A "peleja" atual, pra mim, é uma perda de tempo total. Todos erram.
Erra a prefeitura de Recife em distribuir algo que, na minha opinião, deve ser tomado em ultimíssimo caso. A chamada pílula do dia seguinte faz muito mal a mulher, seu efeito é equivalente a de uma cartela inteira da anti concepcional simples. É uma dose violenta de hormônio de uma vez só, desregula todo o organismo e causa muito mal-estar, enfim, beira a crueldade. Acho que a prefeitura poderia distribuir a pílula somente em caso extremo, como os de abuso sexual e/ou estupro, ou então, usar a verba que vai gastar com as pílulas em outros programas de conscientização mais interessantes e baratos.
Erra a Igreja ao querer se meter em assunto externo ao dela. Sua doutrina prega o amor e a vida e renega métodos anti- concepcionais. Ok. É seu pensamento, eu discordo, mas respeito. Mas a Igreja Católica deveria se preocupar com assuntos do seu âmbito ou então em ajudar a sociedade de forma participativa a resolver problemas mais graves.
Erra o ministro em comprar a briga da prefeitura contra a Igreja. O ministro deveria se preocupar com a campanha a favor da camisinha, contra a febre amarela e outras doenças da época do império que insistem em existir no Brasil.
Ninguém é obrigado a nada. A pílula está lá e toma quem quer. Assim como a camisinha, usa quem quer, o sexo faz quem quer e até o carnaval, curte quem quer.
O negócio é ter responsabilidade!
Vamos aproveitar a nossa vida, mas sabendo que ela não acaba agora. Temos muito pela frente e muitos carnavais também.
Memórias
Há 14 anos