quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tudo igual

Tudo repetidamente igual.
Por horas, dias, meses, anos e a vida inteira.

A mesma conversa na hora do almoço.
Os mesmos horários para tudo.

O mesmo programa na TV no horário de sempre
A mesma música.

A mesma atitude
E a mesma reação a ela

O mesmo carro passa na rua toda manhã.
O mesmo elevador sempre no térreo às 7 horas

Todo santo dia o mesmo "bom dia"
Toda santa noite o mesmo "Eu te amo"

A mesma reza, o mesmo pranto
O mesmo sorriso falso e a mesma novela sempre na sala de estar

As mesmas piadas, os mesmos questionamentos
A mesma falta de educação e a mesma alegria

O mesmo filme, a mesma explosão
O mesmo herói e o mesmo bandido

O mesmo palavrão, a mesma revolta irracional
O mesmo rancor e a mesma insensibilidade

Os mesmos amores sempre
A mesma desilusão
O mesmo porre
E a mesma ressaca

A rotina é um saco!

Duas partes

Vivo em constante conflito comigo mesmo (acho tosco esse "mesmo', é redundante, mas vá lá)
Uma parte quer ser coração
Outra razão

Uma parte vive me estapeando a cara mostrando como sou otário
A outra me fala que o bom é ser assim. Bondoso e solidário até demais

Uma parte chora
A outra ri

Uma parte se desespera com os problemas
A outra sorri, segue em frente com o peito aberto

Uma parte quer te odiar
A outra só quer te amar

Uma parte quer dormir
A outra quer manter olhos e mentes bem abertos e atentos

Tem a parte que é crítica
E a parte que tem compaixão

A parte que se estressa a toa
E a parte que liga o foda-se e desencana

Uma parte é pedra (ou tenta ser)
A outra é pura paixão (ou tenta ser)

Uma parte quer viver tudo o que tem direito
A outra quer deixar a vida passar

Tiros e Tiras

O ser humano resolve tudo na base do tiro e da tira


É tiro na testa
É tiro fatal.
Tiro certeiro
E tiro pela culatra

Tem gente que tira o seu da reta
E gente que tira e põe
O policial é tira
E manda tiro também

Tem a tira que é só um fiapo
E o tiro que é uma rajada só.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sapatadas em Bush

As sapatadas que o presidente de saída George Bush quase levou do jornalista iraquiano encerrem de forma simbólica e melancólica, um dos piores governos da história das democracias mundiais.

W. Bush conseguiu a façanha de quebrar o mais rico país do mundo e com ele, criar uma crise enorme mundial. Não contente com isso, gastou bilhões em guerras sem fundamento nenhum e fizeram os EUA serem odiados em partes do mundo.

Ótimo legado o dele né?

Barack Obama que descasque os abacaxis gigantescos. Pelo menos, um voto de confiança do mundo ele tem.

E com certeza vai haver algum Zé Mané que sugira que alguem dê uma sapatada no Lula. Completamente sem nexo, afinal como ser contra um presidente com 84% de aprovação.
É mole?
Ela surgiu novamente
Quando eu menos esperava
E abriu um leque de ilusões novamente.

Sentimentos guardados em gavetas secretas
Sonhos esquecidos, mas nunca apagados da memória
Ela é linda.

E eu continuo um louco.
Um bobo.
Não crio jeito mesmo.

sábado, 13 de dezembro de 2008

AI-5: 40 anos

O dia 13 de dezembro é um dia histórico e para ninguém se esquecer. Há 40 anos, era promulgado o Ato Institucional número 5. Aquele que oficializava a tortura, a falta de direitos civis e a censura braba. Era a ditadura militar tirando a máscara de democracia e caindo na guerra.

O cenário era tenso. De um lado uma ditadura jovem, de apenas 4 anos, envergonhada. De outro, grupos de luta armada, de tendências comunistas tocando o terror. Os generais, o que fizeram? Resolveram tocar o terror também.

A partir daí: Cassações, prisões, deportações, torturas, censura, desaparecimento etc
Tudo era válido contra os "subversivos" e a favor da "segurança nacional". Era a época do SNI, do DOPS, do " Ame-o ou deixe-o", do "Ninguém segura este país". Os personagens principais? Tempos tenebrosos dos Médicis, Marighellas e Delegado Fleurys da vida.

O AI-5 acabou 10 anos depois, em 1978. Quando a ditadura já agonizava. Ela só veio a falecer no começo de 1985. Mas deixou marcas profundas que até hoje mexem com as pessoas.

A ditadura e seu principal instrumento, o AI-5, são segredos de estado até hoje. Ninguém ousa mexer muito, mesmo com a maioria dos personagens daquela época já mortos ou aposentados.

O mais triste é saber que 82% dos brasileiros nunca ouviram falar do Ato. Pobre país, sem memória. Também não terá futuro.

Durma nas profundezas, aonde quer que você esteja, AI-5.

Fantasma do Passado

Um fantasma de um passado não tão distante veio me atormentar.
Na verdade, ele não veio eu é que deixei.
É sempre assim. Eu é que deixo as coisas acontecerem, as pessoas montarem em cima e os fantasmas voltarem.

De repente, acendeu um facho pequeno de luz verde, de esperança, no meu horizonte.
Comecei a notar o quanto ela é linda.
O quanto é educada e dotada de uma postura incrível para comigo.

O quanto me tratava bem, mesmo em situações adversas.
E aí eu paro para analisar e comparar com o tratamento que eu recebo de uma certa infeliz que me atormenta a vida.
Quanta diferença.

Ela faz parte de um passado fracassado, mas nostálgico.
Onde eu ainda tinha esperanças nos olhos.
E, assim como hoje, eu buscava apenas ser feliz. Nada mais que isso.

Ela é o tipo de fantasma que pode voltar a hora que quiser.
É o passado que eu vivo novamente sem pestanejar.
Quem sabe dessa vez seria diferente?

Acho que eu não mereço essa dádiva.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Capitu

A série "Capitu" que passa nesse momento na Globo é um primor. Retrata o melhor livro de literatura tradicional ficcional que li até hoje. "Dom Casmurro", do mestre Machado de Assis.
Infelizmente a série não será um sucesso. É muito refinado para a população em geral.

Mas vou me ater em Capitu. A deliciosa Capitu. A grande mulher de nossa literatura. Capitu é linda, dissimulada e provocadora. Como todas as mulheres, quase. Machado foi um gênio ao criá-la.

Quantas como ela você já não viu por aí? Acho que todas com quais nos envolvemos.
Capitu é a alma e a representação feminina. A de ser magistralmente maravilhosa e ao mesmo tempo ser a grandessíssima filha da puta. Aquela que ergue e destrói. E ainda assim não conseguimos ter raiva delas.
Viva Capitu!

Nada acontece

Nada acontece na repartição.
Nada acontece por aqui.

Um calor imenso que queima as minhas resistências.
Uma garganta enchendo o meu saco.
E uma droga a mais dentro de meu organismo.

O coração bate rápido. Veias entupidas, paixões avassaladoras e ânimo contido que só é liberado. através de músicas e não de ações. Que pena.

Conheço pessoas novas a cada dia.
Pessoas esquecem de mim a cada novo dia também.
E a cada dia o meu passado morre um pouco e dá espaço ao novo.
Que não sei bem o que é.

(tem muito "dia" aí em cima né? Ah, foda-se a concisão, n estou escrevendo notícia)

O sono bate durante o dia e eu rebato com a raquete musical e café.
Eu não olho com malícia para colegas de trabalho. Não me chamam a atenção.

Pelo computador, recebo convites e estranhamentos.
Ora, isso é bom.

Um joguinho ali, uma trapaça mal feita aqui.

Não tenho vontade de dormir a hora que tenho que deitar e ao acordar o sono joga sua mão de toneladas no meu frágil corpo.

Hum, até que acontecem algumas coisas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Junkie Food

Sinto que estou me estragando comendo quase todo santo dia em fast-food, gostosas porcarias e também em coca-cola. É a famosa Junkie Food. Muitas calorias e pouquíssimo nutrientes.

Preciso criar vergonha na cara (novamente) e cortar refrigerantes e coisas como o suculento Burger King. Preciso comer saladas e coisas saudáveis, tomar apenas águas e sucos. Cortar o álcool nosso de cada sexta e sábado também. Afinal, a pança é algo que não me pertence e eu preciso demiti-la.

Mas, poxa! Olha o meu tamanho. Uma saladinha com suco irá me sustentar por muito tempo? E isso não é lá muito bom. Vai dizer que o gosto de fumaça do hambúrguer dos fast food não agrada? E aquela batata gigante e gordurosa, da Baked Potato? Hmmm

Mas preciso de minha saúde em dia. Sou novo.
Mas acho que sou como o autor daquela música que tudo que gosta é "ilegal, imoral ou engorda".

domingo, 7 de dezembro de 2008

Serra-Burns

Falando no governador, não poderia deixar de comentar uma imagem genial que achei na internet, de um cara chamado Pedro Ewbank. É um desenho que mistura José Serra e o inescrupuloso Sr. Burns. Sempre que possível usarei essa imagem aqui no blog. Muito criativo. Olha aí



Amiguinhos demais




A eleição de 2010 será polarizada mais uma vez por PT e PSDB. Isso é nítido. Assim como, salvo uma hecatombe ou morte de algum dos dois mesmo, é nítido que os candidatos dos dois partidos serão Dilma Roussef pelo PT e Sr. Burns José Serra pelo PSDB.

Se você fizer uma busca rápida na internet, verá que Dilma e Serra só trocam elogios. Um diz que o outro está preparado para ser presidente, trocam confidências e posam para fotos como grandes amigos.

Vejam a foto acima tirada há um mês. Vale mais que mil palavras. Os dois potenciais adversários conversando e Lula rindo. Do quê? Ri, porque dando Dilma ou Serra pra ele tanto faz. Uma irá facilitar seu retorno em 2014, o outro é amigo pessoal seu de longuíssima data.
Quer coisa melhor para um presidente?

E Dilma e o governador de São Paulo? Não estão mais para aliados do que adversários?

Política brasileira é assim.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Namoros e......."namoros"

Antes de tudo gosto de analisar algumas pessoas e as atitudes que elas têm com seus semelhantes.
Assim, posso tirar uma conclusão do que ela é capaz e procuro me prevenir e ludibriá-la, se for o caso. São coisas necessárias nesse "pega pra capar" atual.
Vamos falar aqui de como as relações podem ser extremamente distintas entre pessoas tão próximas. Um diz que diz, um jogo de cena, um amor verdadeiro e um amor pela situação.


A princípio não vou citar nomes e nem dizer se as histórias são reais ou ficção. Não que eu seja um frouxo e tenho medo do que vão dizer, mas acho uma boa postura não citar de quem se trata. Quem sabe, sabe e pronto! Isso se forem histórias reais, podem ser que ficções caibam na vida real, ou a história de diversos casais que caibam nas dos dois representados por aqui.

Amor. Ah, o amor!

O primeiro casal tem um dos amores mais bonitos que já vi. Ela, sempre foi apaixonada por ele e o conquistou aos poucos. Beijos aqui, amassos ali e, depois de um (inútil) joguinho de um dizer que não sentia nada pelo outro, resolveram transformar as "ficadas" em namoro. E dos sérios.
Com direito àquela coisa chamada anel de compromisso e tudo.

Me surpreendi e não me surpreendi. Me surpreendi pelo fato de que ele, era um conquistador nato. Nunca pensei que namorar fosse algo do interesse dele. E não me surpreendi, porque o carinho, a paixão e o amor que um nutria pelo outro era visível demais.

Estes pombinhos tem orgulho do namoro. Exibem fotos no orkut, assumiram pra todo mundo que estão juntos, trocam recados públicos ou não e não se furtam de demonstrarem carinho um pelo outro na presença de outras pessoas. Além claro, das palavras doces e da cumplicidade de ambos.
Terão futuro, creio.

O outro casal...

Já os outros "pombinhos" formam um par que deprime qualquer pessoa que veja o casal. Eles namoram há um certo tempinho já e entre indas e vindas o amor parece ter virado defunto e a paixão parece estar em coma de tanta falta de emoção. Ele, é um sujeito honesto que verdadeiramente ama a moça. Paga tudo pra ela, tenta sempre agradá-la, leva e trás pra todos os lugares enfim, tenta ser um gentleman. Mas o coitado perante aos olhos da opinião pública não passa de um corno manso fantoche nas mãos dela. Tudo bem que o moço não seja muito provido de beleza e tem os "erros do meu português ruim". Mas isso tudo é bobagem quando se trata do amor e da paixão.

Ela é uma pessoa que eu diria espivetada, da "pá virada". Gosta de se sentir desejada por outros homens mesmo que isso não dê em nada, joga seu charme irresistível pra lá e pra cá e tem uma visão liberal sobre essas coisas. Afinal, qual o problema de dar umas "ficadas" por aí?
A moça em questão aparenta gostar mais da situação que o corno manso rapaz proporciona do que dele propriamente dito.

Ele gosta de namoro, ela não faz questão nenhuma de assumir nada. Não existem declarações de amor e carinho públicas, álbum com fotos dele em redes de relacionamento e quando ela coloca fotos junto com ele, é sempre em metáforas. Nunca fica claro, se nosso personagem é namorado, amigo ou apenas um bicão na foto. Ao falar com ele, a doçura passa longe. É sempre patadas e má vontade, e ele coitado, nada faz. Até parece gostar.
Sim, ela é bonita, mas não justifica fazer nada disso com o pobre do corno manso namorado. Ela monta, desmonta, sobe e desce no coitado. Que sempre sai por aí sorrindo com a sua falta de beleza. Pobre moço.

Qual o futuro de um casal desse? Podem casar, mas será de fachada. Hoje vivem no reino da hipocrisia. A falta de amor próprio dela vai tão longe assim? E o corno manso namorado será que é tão ingênuo assim? Não terão futuro. Ou viverão iludidos, quem sabe.

Enquanto isso...

Bem, como diz o ditado "tudo como antes no quartel de Abrantes", nada disso talvez mude. O casal apaixonado e bonito de ser ver, vai continuar se amando, o corno manso continuará sendo o que é, e nossa amiga (namorada do ingênuo rapaz) continuará com suas amizades por aí. Até que alguém corte as asinhas.

E aí? Se identificou com alguém do texto ou conhece alguém assim?
É, meus amigos. Essa foi uma história e quem quiser, que conte outra!

A graça da vida

Já diz um ditado popular: "O que seria do verde se todos gostassem do vermelho?"
E que graça teria a vida se tudo saísse conforme planejado? Se nós sempre soubéssemos de tudo que iria ocorrer? Se não acontecessem surpresas?
No mínimo seria entediante, ociosa e chata.

Eis a graça da vida. Pessoas e situações sempre nos pegando de surpresa. O humor muda de uma tal maneira. Você analisa as coisas como não via. Tem vontade de gritar, de comemorar (isso quando acontecem coisas boas).
Mas mesmo das ruins, tiramos lição.

Acho que essas coisas dão um ar de novela a vida. E no fim, a vida imita a arte ou a arte é que nos imita? Eu fico com a definição que o grande Dias Gomes deu para a telenovela, e que serve para a vida real também: "É tudo um grande novelo de lã que vai se desenrolando aos poucos".

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um português sofrível
Vocabulário limitado
Desprovido de beleza
Orelhas de abano e cara de moleque

Zero de estratégia
Muito pouco de inteligência
Leva golpes e mais golpes
E parece gostar
Pois vive sorrindo na fotografia