segunda-feira, 23 de março de 2009

Senado sem moral nenhuma

José Sarney e o tamanho do pepino que arrumou ao se eleger pela 3. vez presidente do Senado



O Senado Federal é e sempre foi uma casa conservadora, cheia de ritos e tradições. Constitucionalmente, ela representa os "interesses dos estados", ao contrário da Câmara que representa os interesses do "povo". Como só existem 3 senadores por estado e, cada um para se eleger precisa de uma votação quase igual a necessária para eleger um governador. o Senado é dominado por raposas velhas da política. Figuras como José Sarney, Renan Calheiros, Agripino Maia, Tasso Jereissati e tantos outros "carimbados" estão lá, por exemplo. E uns com uma longevidade assustadora. Sarney por exemplo é senador desde 1970, só interrompido quando foi Presidente da República (1985-1990).





PMDB faz a festa; Renan volta com tudo





Não contente com escândalos passados, como compra de votos, violação de painel, ranários, grampos e recentemente a queda de um presidente por pagar pensão da amante com dinheiro de empreiteiro, o Senado iniciou o ano elegendo José Sarney pela terceira vez presidente da casa. Com ele, voltam o ex presidente Collor, como presidente de uma comissão poderosíssima e o outra hora derrubado Renan Calheiros como lider do PMDB e eminência parda do Senado.


Como cérebro da eleição de Sarney, Renan voltou muito poderosíssimo, elegendo aliados em postos chave e se tornando obrigatoriamente um interlocutor do governo


A farra dos cargos e escândalos


Com a eleição de Sarney, Collor e Cia, o clima no Senado se tornou insuportável. O velho clube corporativista formado por amigos, passa por momentos de dossiês, acusações e baixarias de todo o tipo. Os esqueletos resolveram sair do armário e a farrav de cargos e diretorias inúteis vêm a tona. Para "espanto" do presidente Sarney e alegria de Lula...





Legislativo em frangalhos = Executivo forte


Enquanto o Congresso, mas precisamente o Senado, definha, o Presidente Lula sorri. Recordista de popularidade (ainda mais a esta altura do mandato), com um PAC na manga e Dilma para emplacar. O Presidente não faz nada para acabar com a bagunça do poder legislativo. Pelo contrário, se exime da briga em sua própria base governista. Simplesmente porquê não precisa aprovar nada do Congresso e porque sabe também que enquanto o legislativo estiver no fundo do poço, mais forte ele fica.

E enquanto isso nada anda no país tropical abençoado por Deus e bonito por Natureza.

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